Diocese de Cruz Alta

1969 a 1975

 

 

 

Pesquisa por ano de 1969 a 1975

 

 

1969

 

 

 

Passo Fundo, 5 de julho de 1969

 Prezado Mons. Frederico Didonet

 Voltando de Porto Alegre e Viamão, onde tivemos a reunião dos Bispos do Regional Sul 3, encontrei a sua cartinha pela qual me pede a remessa do que a Nunciatura Apostólica pede para a ereção de uma nova Diocese.

Inclusas seguem duas cópias do documento que recebi do próprio Sr. Núncio, o hoje Cardeal Sebastião Baggio – atualmente arcebispo de Cagliari.

Suponho que seja isso o que de mim esperava e que o documento o possa orientar em seu trabalho.

Dom Luiz Sartori, em nossa recém-finda reunião, falou no projeto de ereção da Diocese de Cruz Alta, sendo a ideia aprovada. Eu fui o único a dizer que aprovava a ideia, desde que Cruz Alta não avançasse no restante do território da Diocese de Passo Fundo, visto Selbach e Tapera ser o celeiro único de vocações que fica para Passo Fundo. Erechim tira a nata de Passo Fundo e se Cruz Alta ainda quisesse avançar em Tapera e Selbach poderíamos fechar a Diocese de Passo Fundo.

Outra novidade que nos trouxe Dom Aloísio Lorscheider é de que a Nunciatura quer um plano completo de revisão de divisas diocesanas de todo o Rio Grande do Sul e não projetos isolados de ereção de dioceses… Não sei se isto não virá atrapalhar algo de nossos planos. Eu estou com o projeto de Erechim completamente pronto e o levarei à Assembleia Geral da CNBB, quando espero encontrar-me com o novo Núncio Apostólico.

 Cláudio Colling

Bispo de Passo Fundo

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Santa Maria, 7 de julho de 1969

 Revmo. Sr. Mons. Frederico

 Recebi e agradeço o ofício pelo qual o Clero do Vicariato Episcopal de Cruz Alta pede-se para apresentar aos srs. Bispos do Regional Sul 3, o plano de criação da projetada nova Diocese de Cruz Alta.

Tenho o grande prazer de comunicar-lhe que, tendo levado o assunto à consideração do episcopado do Regional Sul 3, da CNBB, reunido no Seminário de Viamão no dia 19 do corrente, por unanimidade foi aprovado o plano da criação de uma nova diocese com sede na cidade de Cruz Alta.

Ficou assim atendido o requisito básico da Santa Sé para a criação de uma na diocese e aberto o caminho para que sejam tomadas as demais providências exigidas para a consecução do desejado objetivo.

 Do amigo e servo de Jesus Cristo,

Luiz Victor Sartori, Bispo de Santa Maria

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Santa Maria, 7 de julho de 1969

 Ilmo Sr. Américo Macagnan e mais assinantes

 Recebi e agradeço o “Termo de Compromisso” datado de 13 de junho, assinado pelos componentes das Diretorias da Matriz-Episcopal de Cruz Alta, Igreja de Nossa Senhora de Fátima, da Matriz do Divino Espírito Santo e do Monumento de N. Sra. De Fátima, no qual declaram que uma vez aprovado o plano da criação de uma nova diocese com sede na cidade de Cruz Alta, assumem o compromisso de mobilizarem e reunirem os meios necessários para a construção ou aquisição da futura residência do Sr. Bispo e sede do Bispado.

Tenho o prazer de comunicar-lhes que na reunião dos Srs. Bispos do Regional Sul 3 da CNBB, realizada no dia 1º do corrente, no Seminário de Viamão, apresentei o pedido oficial e aprovação do referido plano da criação da nova Diocese de Cruz Alta.

Os Exmos. Senhoras bispos, reunidos sob a presidência de Sua Eminência Cardeal Dom Vicente Scherer, por unanimidade aprovaram o citado plano.

Ficou assim atendido o requisito básico da Santa Sé para a criação de uma nova diocese.

Importa agora elaborar o Relatório sobre a situação geral da Região que deverá constituir a nova Diocese, de acordo com o questionário fornecido pela Nunciatura Apostólica e providenciar as demais condições exigidas para o nobre objetivo.

 Do amigo e servo de Jesus Cristo,

Luiz Victor Sartori, Bispo de Santa Maria

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Santa Maria, 10 de julho de 1969

 Prezado Dom Luiz Victor Sartori, Bispo Diocesano

 Os Presbíteros do Vicariato Episcopal de Cruz Alta vem, pelo presente, agradecer a V.Excia. Revma. O atencioso ofício de 7 do corrente, no qual comunica haver apresentado e ter sido aprovado pelo Episcopado do Regional Sul 3 da CNBB o plano da criação da Diocese de Cruz Alta.

Atendido, assim, o requisito básico para a criação de uma nova diocese, iremos aos poucos tomando as providências exigidas. Entre as iniciativas, desejamos salientar o tríduo de estudos do clero, a realizar-se no Convento São Geraldo de Ijuí, nos dias 25, 26 e 27 de agosto. Após o clero, serão atingidas as Religiosas e grupos qualificados de leigos, formando-se, com isso, o clima espiritual, que tornará mais fácil o cumprimento das exigências de ordem material.

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

 

Santa Maria, 20 de junho de 1969

 Prezado Dom Luiz Victor Sartori, Bispo Diocesano

 O clero do Vicariato Episcopal de Cruz Alta, reunido no curso de renovação sacerdotal, vem solicitar a V.Excia.Revma. haja por bem apresentar ao Episcopado do Sul 3, na próxima reunião do corrente mês, o plano de criação da nova diocese de Cruz Alta.

O clero presente, por unanimidade, julga haver clima para uma nova diocese, estando já marcada a data para três dias de estudo sobre os diversos aspectos que envolvem teologia, vida pastoral e organização de uma diocese.

Vai junto – embora haja outra diocese sem exigência, como Caçador que só tem casa alugada e de madeira – um termo de compromisso de elementos qualificados e responsáveis de Cruz Alta, no sentido de garantir a construção da residência episcopal e respectiva cúria.

Sendo esta apresentação ao Episcopado condição básica para qualquer medida concreta neste sentido, o clero tem a certeza deste encaminhamento, pelo que antecipadamente agradece.

 Ijuí, 20 de junho de 1969.

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

A mobilização do Clero

 Em 17 a 20 de junho de 1969, os Presbíteros do Vicariato Episcopal se reuniram em Ijuí, na Paróquia da Natividade, realizando um curso temário que incluía o estudo sobre a nova Diocese que vinha sendo proposta. De fato, os presbíteros reuniram-se várias vezes para estudar detalhadamente as implicações de da criação de uma Diocese. O Mons. Didonet, Vigário Episcopal acompanhou os estudos e orientou, segundo suas funções.

Alguns padres ficaram desanimados diante de tantas discussões. Foi então que o Bispo de Santo Ângelo Dom Aloísyo Lorscheiter interviu, animando os presbíteros, orientando-os e mostrando os caminhos.

O Clero produziu um documento intitulado: Perspectivas para uma Pastoral Engajada, publicado em 1971, visto como muito avançado para a sua época, e que não foi unânime por ferir os sentimentos dos conservadores:

 1 – Introdução

Nos dias 25 e 26 de agosto de 1969, sob a coordenação do Mons. Frederico Didonet e com a presença de Dom Ivo Lorscheiter, tendo como local o Seminário São Geraldo de Ijuí, o Clero do Vicariato de Cruz Alta, contando também com a colaboração e presença de Dom Walmor Battú Wickrowski, realizou estudos teológicos e pastorais, com a finalidade de prever linhas de ação para tornar a Igreja local presente de maneira mais luminosa e eficaz.

Mais recentemente, isto é, de 27 a 30 de abril próximo passado, o clero desta região, em grande número, estudou o papel da Igreja no que se refere à conversão e à inserção do homem na comunidade eclesial, celebrada pela Eucaristia. As colocações teológicas foram feitas pelo Pe. Maucyr Gibin.

Face a essas colocações e à possibilidade de se concretizar em breve a diocese de Cruz Alta, o clero achou por bem fazer mais um dia de reflexão sobre os mesmos assuntos, para delinear alguns objetivos e perspectivas pastorais e serem assumidas por todos com urgência, fato que aconteceu no dia 18 de maio do presente ano, e Ijuí, e posteriormente em Soledade.

Apresentamos aqui as reflexões a que o grupo reunido foi conduzido, que servirão de modesto anteprojeto de pastoral da nova Diocese de Cruz Alta.

2 – Fundamentação teológica

Sendo Cristo a luz dos povos, tem a Igreja a missão de anunciá-lo a toda a criatura e iluminar todos os homens com a claridade de Cristo, a resplandecer na face da Igreja, que é em Cristo, o sacramento de íntima reunião com Deus e da unidade dos homens (LG n.1).

A missão da Igreja se realiza pela presença do Espírito Santo. Os sacramentos devem conduzir os homens e assumir a edificação da Igreja, bem como celebrar, principalmente na Eucaristia, a caminhada e o esforço do homem que se engajou nesta edificação. Mais do que nunca, hoje, a Igreja deve tomar consciência de que ela não existe para si, no sentido de assegurar-se em suas instituições, mas para o mundo, como sinal e instrumento de salvação. A unidade foi principalmente colocada pelo Senhor como sinal para o mundo: “Para que sejam perfeitos na Unidade e o mundo reconheça que me enviaste” (Jo. 17,23).

Como consequência deve ficar bem claro que:

– O Cristo morto e ressuscitado deve ser anunciado como o Salvador;

– Os homens devem ser concitados à conversão;

– A fé, enquanto é adesão, deve levar ao compromisso de unificar e de edificar a fraternidade, sem o que não é sinal.

Diante disso, parece ser urgente “assumir plenamente a responsabilidade histórica que sobre a Igreja hoje recai”.

“Não basta refletir, conseguir mais clareza e falar. É preciso agir. Não deixa de ser esta a hora da Palavra, mas chegou com urgência dramática a hora da AÇÃO. É o momento de descobrir com imaginação criadora, a ação que corresponde realizar e, evidentemente, deverá ser levada a cabo com a audácia do espírito e o equilíbrio de Deus”

  1. Constatações Pastorais

Temos plena certeza de que estas constatações pastorais exigirão de nós atitudes corajosas, no sentido de abandonar o superado e buscar novas linhas. Também nós nos sentimos, como os Bispos da América Latina, convidados a tomar decisões e estabelecer projetos, somente se estivermos dispostos a executá-los, como compromisso pessoal nosso, ainda que a custo de muito sacrifício. (Medelin – Introdução).

Refletindo sobre a pastoral de hoje, questionamo-nos a nós, como pastores, e às nossas comunidades, da validade de perpetuar um sistema de ação eclesial tradicional e rotineiro no mundo de hoje. Daí chegamos às seguintes constatações:

3.1. – Verificamos que os que vêm às nossas assembleias eucarísticas não tem consciência de que a Igreja tem uma missão no mundo, com a qual devem se comprometer; mas, de modo geral, vêm apenas em busca de uma segurança individual de salvação. Este nível de consciência leva mais a uma atitude de desobriga do que a um compromisso com o mundo que deve ser transformado, o que revela um culto mágico e desligado da vida, fruto de uma pregação individualista. A caridade, a justiça, a paz, em nossas pregações, ainda permanecem apenas numa categoria mental.

3.2.  Como consequência das verificações anteriores, por uma questão de fidelidade à Igreja, afirmamos não ser válido continuar celebrando e administrando os sacramentos na modalidade tradicional. Por tradicional entendemos a administração dos sacramentos a pessoas que: Não têm vivência cristã; Não participam na comunidade e não estão comprometidas com ela; Não aceitam até combatem as instruções, cursos de preparação, Batismo, primeira Eucaristia, Crisa e Matrimônio; Não aceitam e criticam uma pregação mais engajada; Procuram os serviços religiosos apenas por ocasião dos funerais e a “Social” missa do sétimo dia;

Procuram atribuir-se direitos à assistência religiosa ou sacramental como privilégio de sua posição social, econômica, militar ou política. Exigir que os presbíteros continuem celebrando os sacramentos, onde faltam os elementos básicos de infraestrutura da fé, seria reduzi-los a meros funcionários de ritos religiosos, com características de magia, o que inevitavelmente conduz ao cansaço, desânimo ou até mesmo à desistência.

3.3. – A presença do presbítero não pode ser reduzida a erro enfeite social, ou prestígio para a reunião de grande multidão de povo, com o fito de êxito financeiro.

Por isso, colocamos um questionamento e validade de:

Celebração de missas por ocasião de inauguração ou festas de escolas;

Bençãos por motivo de instalações de agências bancárias, clubes esportivos e recreativos, casas comerciais, restaurantes, etc;

Missas por ocasiões de datas históricas, comemorações cívicas e outras, onde não há explícito testemunho cristão;

Administração do sacramento dos enfermos, em última hora, quando o paciente está inconsciente, sem ter dado em vida qualquer sinal de fé explícita e vivência cristã.

4 – Medidas Pastorais

Face às constatações acima referidas, achamos de urgente necessidade caminharmos para algumas atitudes pastorais, a serem tomadas em conjunto, como uma questão de sinceridade para conosco e para com a Igreja.

4.1 – A primeira unidade que se impõe é a do presbítero. Por isso, é preciso termos atitudes pastorais comuns, no sentido de não aceitarmos aquelas tarefas ministeriais que, pelos motivos acima mencionados, já foram negadas por um colega em seu ministério. Tal atitude seria contratestemunho da unidade visível e que acentuaria a não existência de comunidade sacerdotal.

4.2 – Já não podemos ocupar muito tempo com movimentos de massa, mas encaminhar-nos à formação de pequenos grupos, nos quais se possibilitem experiências concretas de vivência eclesial.

4.3 – Para dar à assembleia eucarística sempre o caráter de reunião de família, sendo as pessoas mais importantes do que a sacralidade do templo, os presbíteros acolhem as pessoas que vêm participar, com naturalidade e cordialidade, levando-as a se sentirem como em sua casa, conhecidas, acolhidas e amadas. O que não exclui uma atitude de recolhimento, criado por parte do presbítero compenetrado de suas funções de liturgo. Por isso deverá excluir tudo o que possa irritar, como certos avisos, recriminações, peditórios, etc. O celebrante, fiel às orientações da Igreja, procure ser ele mesmo, com as características de sua originalidade pessoal. O ato de conferir aos leigos a faculdade de distribuir a sagrada eucaristia seja feita diante da comunidade.

4.4 – Criar novas atitudes pastorais em relação à penitência:

Fazendo da confissão individual uma oportunidade para orientação de vida, em lugar adequado, superando, aos poucos, os antiquados confessionários.

Estabelecendo o dia da penitência, a fim de que todos os que desejarem celebrá-la, como testemunho de conversão comunitária, possam participar das pregações que levem a verdadeiras atitudes de conversão de vida.

Realizando o rito inicial da penitência, antes das celebrações eucarísticas, de tal maneira que todos se sintam convidados e encorajados para participar de plena celebração eucarística.

4.5 – Abolir, peremptoriamente, de nossas pregações o moralismo de críticas à moda ou a desentendimentos que são mais da alçada policial e judicial. As pregações devem ser preparadas para que tenham um conteúdo no sentido de criar comunidades eucarísticas de unidade e fraternidade.

4.6 – A nossa unidade, entre clero e bispo, deve ser de tal maneira que apareça claramente coo um testemunho eclesial de unidade.

Isto exige que o bispo esteja com o clero para participar do trabalho pastoral, inclusive preparando homílias com eles, quando de suas visitas ordinárias às paróquias.

Respondendo a constantes apelos de todos os encontros regionais de pastoral, tenha o bispo como meta prioritária estar presente, o mais possível, às reuniões de pastoral, organizadas no território diocesano, como animador nato e primeiro responsável, sem ser ara isso rogado.

Tanto os presbíteros como o bispo nunca aceitem acusações de primeira mão, sem antes verificar, de modo amigo e discreto, a veracidade dos fatos relatados.

5 – Sugestões Pastorais

Em virtude de a realidade pastoral ser complexa e própria de cada localidade, não podemos estabelecer como definitivo o que segue, pelo que o apresentamos em forma de sugestões, exigindo sempre a reflexão pessoal para fundamentar as posições julgadas oportunas.

5.1 – Tendo a constatação dos fatos mostrado que a formação bíblica é praticamente nula por parte do nosso ovo, tenham os presbíteros, nas assembleias eucarísticas, liberdade de escolher leituras bíblicas de acordo com as necessidades, cultura e meio ambiente. Pensar também na possibilidade de deixar, de quando e quando, a celebração eucarística, mesmo dominical, em função da liturgia da palavra e manhãs ou tardes de estudos.

5.2 – Enquanto ainda se realizam as missas de sétimo dia, sejam ocasião de maior evangelização e testemunho de comunhão eclesial.

5.3 – Rever gestos e atitudes atualmente existentes em nossa liturgia e que não significam suficientemente uma adesão ao mistério que se celebra. Por exemplo, beijo no altar, sinal da cruz sobre a oferenda, lavabo no ofertório, purificação do cálice no fim da missa, ajoelhar-se na hora da consagração.

5.4 – Pensar num plano permanente de cursos: liturgia, bíblia, catequese, evangelização e outros.

5.5 – Tão logo se instale a diocese, fazer um levantamento das tendências e características pessoais do clero, a fim de designar pessoas em campos específicos, para que o serviço do clero seja mais racionalmente aproveitado na circunscrição diocesana. E para que tal aconteça, faz-se necessário oportunizar o clero especialização ou aprofundamento nas linhas de suas tendências.

5.6 – Para melhor atender às exigências de formar e de dar o testemunho de unidade eclesial (Medidas pastorais 4.4) sugerimos as seguintes possibilidades:

A viabilidade de, tão logo seja criada a diocese e designado o biso, fazer com ele um dia de estudos sobre as linhas do presente documento, com objetivo de chegar a uma tomada de posição a respeito do próprio documento.

Garantida a unidade – fruto da reunião – todo o clero concelebraria no dia da posse. E para dar maior ênfase ao acontecimento, haveria uma única concelebração da Igreja local. Seriam suspensas todas as celebrações das igrejas paroquiais e capelanias, para que as comunidades sintam a participação deste ato, que por si mesmo é o grande sinal de comunhão e unidade eucarística. As emissoras da região transmitirão esse único ato.

A homilia do bispo, de tomada de posse, poderia consistir nua breve colocação sobre as linhas pastorais assumidas em conjunto, resultante das sugestões do presente documento.

Esta homilia inaugural seria lida em todas as comunidades no Domingo que se segue à instalação da diocese.

Acharíamos que a instalação da diocese e posse do bispo deveria caracterizar-se pelo máximo de simplicidade e com um cunho caracteristicamente religioso.

O clero veria com bons olhos se o bispo celebrasse, de preferência, com uma comunidade pública ou semipública, e não em oratório particular.

Quanto à administração dos bens temporais da Igreja, o clero pensa que deveria Ter a colaboração de leigos competentes. A colaboração seria debatida e resolvida pela comissão diocesana de finanças e representantes leigos das paróquias.

Pensamos que, tanto o clero quanto o povo, veriam bem, se o bispo recebesse um justo salário mensal estabelecido pelo seu trabalho. Como qualquer outro sacramento deveria ser abolida a exigência de espórtulas por ocasião da administração da crisma.

Documento estudado e aprovado em reunião do clero, sob a coordenação do Vigário Episcopal de Cruz Alta, Mons. Frederico Didonet e com a presença do Sr. Bispo Eleito para a diocese de Cruz Alta.

Na verdade, este documento foi sendo gestado durante o período em que se preparava o espírito para a criação de uma diocese. O clero, essencial para qualquer pretensão pastoral da Igreja, tinha consciência de que devia debater a questão das relações eclesiais e o exercício do ministério presbiteral à luz do Vaticano II. Para o clero mais jovem o momento exigia criatividade. Eles queriam construir algo novo que chegasse mais perto das pessoas. Eles queriam ser os protagonistas, os atores principais de uma nova Igreja eclesial. Era uma geração ansiosa pelo novo. O seu pensamento não era fazer uma revolução, nem desprestigiar os mais velhos, nem desautorizar o Bispo, embora tivessem percebido que o Bispo Dom Walmor, pela sua estrutura e formação tivesse se colocado como príncipe de uma Igreja que estava cheia de goteiras e rachaduras. Eles não desejavam ser os funcionários submissos dessa instituição, mas agentes de uma pastoral dinâmica e realista. Eles queriam sonhar com uma Igreja que tivesse uma fisionomia acolhedora, humana, solidária.

Igreja Ecumênica

Percebemos logo que a nossa ação deveria abandonar o estilo polêmico e apologético. Nossa vocação deveria Ter um caráter positivo e uma postura de educadores. Tínhamos que retornar às fontes dos primeiros tempos e retomar a genuína tradição que os anos haviam apagado ou substituído. A Igreja apologética que visava apenas salvá-la e defende-la dos hereges. Abandonamos a visão de caça-fantasmas. A Igreja a ser aggiornata deveria ser a Igreja do diálogo. Logo vimos que ecumenismo não se resumia em colocar-se ao lado de um pastor protestante para conduzir um culto ecumênico. Essa atitude era apenas um gesto que deveria ser conduzido com respeito, cordialidade e fraternidade.

O grupo crescia na consciência que o diálogo tinha dimensões amplas e que tentar realiza-lo exigia uma profunda maturidade. O desafio não era nada fácil. Esbarramos logo com dificuldades. Como a Igreja de nossos sonhos iria provocar o diálogo entre pobres e ricos? Entre crentes e descrentes? Entre homem e mulher? Entre fiéis de uma posição e mentalidade e fiéis de outra mentalidade? Entre patrões e operários? Nossa Igreja não poderia ignorar a dialética. A dinâmica do mundo iria passar sobre nós como um rolo compressor. No auge de nosso entusiasmo juvenil se ele o recebe com desconfiança de que você está colocando em risco o patrimônio sagrado da fé?

Nosso diálogo com o Bispo de Santa Maria se tornou bastante doloroso e nos feriu profundamente como ele também se sentia ferido. O diálogo interno não podia existir quando aquele que dá as cartas quer guardar o privilégio de conservar para si os melhores naipes. Não pode haver diálogo quando um lado quer ser sempre o vencedor. O axioma “Rom locuta causa finita” foi distorcido, na sua pureza inicial queria dizer: “Quando Roma se pronuncia em favor do injustiçado, o opressor deverá acatar humildemente”.

Igreja de Comunhão e Participação

A Igreja que queríamos não deveria criar e cultivar ódios, provocar divisões, privilegiar grupos, desconfiar de quem queria construir a comunhão. Não se buscava uma Igreja de conforto, mas de igualdade, sem privilégios. Uma Igreja humilde, despretensiosa e sábia.

Quando um grupo como o nosso pretendia propor mudanças, essas mudanças eram sugestões que fazíamos a nós mesmos para executar o papel pastoral que nos cabia. Se alguém interpretasse o que queríamos como um atentado ao depósito dos valores da tradição ele iria assumir uma postura retrógrada. O maior desafio da proposta de uma Igreja Comunhão e Participação é pôr em prática o diálogo entre Igreja Conservadora e Igreja Progressista. Em geral todos os conservadores lutam para que a Igreja seja conservadora. E os progressistas acham que todos devem ser protagonistas (e talvez tenham razão).

Igreja Pluralista

O respeito é a principal característica da Igreja Pluralista. Nem em tudo o que dizemos e fazemos está a verdade toda, plena, total.  Outros também têm razão. Nós queríamos uma Igreja que não fosse intransigente, excludente. Dentro da Igreja havia muitas associações, cada uma cm sua finalidade. Vicentinos, Filhas de Maria, Senhoras do Apostolado da Oração, etc. Nós queríamos equipes de catequistas, de liturgia para auxiliar na pastoral.

E nosso tempo havia uma carência de ministérios. A Igreja Paralela. Era pressa de fazer a caminhada render dividendos. Nós corríamos o risco de atropelar a caminhada na impaciência de ver o tempo passar tão depressa e da missão ficar perdendo terreno. Ganhamos com isso alguns desafetos por parte de colegas e que inconscientemente preferiam instalar-se comodamente numa posição defensiva e ficar esperando os acontecimentos. Estes colegas não se conformavam e viam perigo em tudo o que cheirasse a novo.

Tínhamos consciência que nossa missão era e é de fazer ponte para ligar aspectos diversos. Isto é ser pluralista. Aceitar ideias e atitudes tão diferentes para que todas as roupagens pudessem servir a Deus e à humanidade. O mundo deveria formar um rebanho só, a grei de Cristo, mas no rebanho cada um deveria conservar a sua identidade, suas cores, sua língua, seus costumes, sua beleza.

Igreja Peregrina

Esta foi a Igreja que mais impacto causou. Naquela época a Igreja era confundida como braço do poder. Os padres eram saudados como “autoridades eclesiásticas”. Não nos servia construir uma Igreja assistencialista. A Igreja que dá o peixe não seria a melhor pedagogia, embora, às vezes, era o caso de dar alimento. Nós preferíamos formar consciência, ou como se dizia, “dar o anzol” para que cada homem pudesse ele mesmo construir sua libertação. Só quem sentiu na pele pode sabe o que é enfrentar a lei da inércia. Igreja Peregrina é Igreja que se põe a caminho. Não é Igreja estática onde tudo está no lugar, tudo certinho, liturgia, catequese, missão. Não se necessita planejar, elaborar, pensar, criar. Igreja repetição não é Igreja Peregrina.

Igreja Pobre

Nós queríamos uma Igreja sinal, Igreja luz, Igreja alegria. Tínhamos uma tarefa enorme para desfazer a imagem de Igreja Pedra, Igreja Construção, templo, prédios e terrenos. Quantas vezes ouvíamos dizer: “Vocês, padres, não são ricos? Não são donos de tudo isso? O melhor espaço da cidade? Na praça? O melhor colégio? Hospital? Asilo?” Nossa Igreja precisa de bens, de casa, de templos, de terras, mas isto não pode ser um contrassinal. Os bens, ditos materiais, são bons quando eles são percebidos como um serviço. Quando a população percebe que o templo, o salão paroquial “é nosso”, então esta Igreja é uma Igreja Pobre, Igreja desprendida, Igreja Serviço.

Fonte:

Perspectivas para uma pastoral Engajada

– Arquivo da Diocese de Cruz Alta – 1971

Albertoni, Claudino Antonio. A Diocese de Cruz Alta em fatos.

Espumoso: Gráfica Líder. 2005.

 

 

 

 

 

 

Santa Maria, 28 de agosto de 1969

 Prezado Dom Luiz Victor Sartori, Bispo Diocesano

 A fim de se poder iniciar o processo para instalação da nova Diocese de Cruz Alta, cujo plano de criação já foi aprovado unanimemente pelo Episcopado do Regional Sul 3, torna-se necessário uma revisão de limites entre as Dioceses de Santa Maria, Passo Fundo, Frederico Westphalen e possivelmente de Santa Ângelo.

Para este fim, o Conselho Presbiterial Diocesano de Santa Maria, reunido a 28 de agosto sob a presidência do Sr. Bispo Auxiliar, julga indispensável um atendimento entre os respectivos Bispos a fim de juntos estudarem objetivamente o problema, que de outra forma não terá solução ou retardará indefinidamente o encaminhamento do processo à Nunciatura Apostólica.

Pensa o Conselho Presbiterial Diocesano, e junto todo o clero do Vicariato Episcopal de Cruz Alta, que para isso não se deveria esperar pela comissão a ser constituída, e que ninguém sabe quando o será. E mesmo que o seja, parece aos mesmos muito duvidoso o resultado real dessa comissão, sem o entendimento prévio e pessoal dos Senhores Bispos das Dioceses limítrofes.

O clero do Vicariato de Cruz Alta, reunido em dois dias de estudo e reflexão sobre a fisionomia da Diocese segundo o Vaticano II, declara que o povo do respectivo território já está sendo motivado para constituir em futuro próximo, a nova Diocese. Diante disso, adiar por mais tempo a formação do processo não pareceria medida adequada e oportuna.

Agradecendo a atenção dispensada ao presente, em nome do Conselho Presbiterial Diocesano, saúdam respeitosamente os Padres Euclides Redin (Ijuí), Juliano Noal, Antônio Soldera, Waldemar Egster (Chapada), Antônio Marcos Fábris (Alto Alegre) e Guido Paulo Ghesti (Salto do Jacuí).

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Cruz Alta, 4 de novembro de 1969

 Senhores Bispos do Regional Sul III

 O Clero do Vicariato de Cruz Alta recebeu, por ofício assinado por Dom Victor Sartori, a auspiciosa notícia da aprovação por parte do episcopado de uma nova diocese sediada em Cruz Alta. A aprovação do plano desta futura diocese veio ao encontro de um dos principais objetivos da existência do próprio Vicariato.

Diante deste primeiro passo, é, a aprovação dos Bispos, o clero da região, com a participação do Regional Sul 3, dedicou-se, durante dois dias, ao estudo teológico e pastoral duma diocese segundo os decretos do vaticano II. Ainda nestes dias, foram previstas as indispensáveis providências para o encaminhamento do processo canônico.

Infelizmente, este mesmo clero está perdendo seu primeiro entusiasmo, face a entraves provenientes de questões de limites, entraves estes não condizentes com o espírito da Igreja.

Desejariam clero e leigos deste Vicariato sentir o empenho, o interesse, a vibração dos Senhores Bispos do Regional Sul 3.

Gostariam também que os mesmos dessem os devidos passos no sentido de se vencer injustificada morosidade nesta oportuna iniciativa.

Certos de sua eficiente acolhida, subscrevemo-nos, cordialmente; Padre José Jungblut (Natividade de Ijuí); Pe. Otávio Schronenberger (Panambi); Pe. Antônio Didonet (Tupanciretã); Padre Valmor Roghi (Augusto Pestana); Pe. Vicente Pillon (Divino de Cruz Alta); Pe. Severino Zanatta (Espumoso); Pe. Cyrillo Basso (São Pedro do Pontão); Pe. Joseph Hubert (Sta. Bárbara do Sul); Pe. Olindo Cuel (Ajuricaba); Pe. Lino Cherubini (Fátima, Cruz Alta); Pe. Clemente Dotti (São Geraldo, Ijuí); Pe. Maria Giuseppe Fillipi (Ajuricaba); Pe. Pedro Rubin (Pejuçara). 

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

  

 

 

 

 

10 de novembro de 1969

 Organização da Comissão Pró-Bispado e demora no estudo dos limites territoriais das dioceses

 Exmo Sr. Núncio Apostólico

 A 2 de fevereiro do corrente ano, por votação do clero desta região e aprovação do Conselho Presbiteral da Diocese de Santa Maria, o Sr. Bispo Diocesano Dom Luiz Victor Sartori empossou-me como Vigário Episcopal deste Vicariato de Cruz Alta que, antes, com sede em Ijuí, fora extinto pela renúncia de Dom Walmor Battú Wichrowski.

O nº 5 das normas e disposições para o Governo do Vicariato Episcopal de Cruz Alta diz o seguinte: “Caberá a Mons. Vigário Episcopal promover a conscientização do Clero e Fiéis, de acordo com a doutrina do Concílio Vaticano II, e promover tudo o mais que possa levar, em futuro próximo, à criação de uma nova diocese, abrangendo a região do Vicariato. Em tempo oportuno, com a prévia aprovação do Bispo Diocesano, organizará uma Comissão Pró-Bispado, constituída de elementos da Cidade de Cruz Alta e das Paróquias do Vicariato e de Mons. Vigário Geral do Bispado de santa Maria”.

A conscientização de que fala o documento já está sendo feita. Entre outras coisas, houve para todo o clero dois dias de estudo sobre diocese à luz do Vaticano II, dirigidos por Dom Ivo Lorscheiter. Além do trabalho dos sacerdotes em suas Paróquias, em todas as visitas do Vigário Episcopal, o povo está sendo progressivamente preparado.

A Comissão Pró-Bispado já está sendo organizada com elementos de Cruz Alta e das Paróquias do Vicariato, junto com o Vigário Geral do Bispado.

O plano de criação da nova diocese de Cruz Alta já teve a aprovação unânime do Episcopado do Regional Sul 3 da CNBB, reunido no Seminário de Viamão a 1ª de julho do corrente ano.

O Sr. Bispo Diocesano, já por diversas vezes, anunciou ao clero e fiéis desta região que a criação da nova diocese de Cruz Alta estaria próxima, sendo esta uma das tarefas específicas do Vigário Episcopal.

Com o consentimento do Sr. Bispo Diocesano, toda a grande romaria de N. Sra. De Fátima, que reuniu milhares de peregrinos, foi feita com esta motivação, sendo a maior parte do resultado matéria destinado à instituição da nova diocese.

Há ainda um compromisso escrito das pessoas mais qualificadas desta cidade, pela qual assumem a responsabilidade da construção da futura residência episcopal – que ainda não foi iniciada face à incerteza sobre o que pensa a respeito a Exma. Nunciatura Apostólica.

Consta que o Sr. Núncio Apostólico anterior, solicitara que antes de criar qualquer outra diocese no Rio Grande, fosse feita uma reformulação de limites entre todas as dioceses. Nada, porém, disto constando por escrito, ninguém se sente autorizado a promover o respectivo estudo. E com isto, a demora poderá tornar-se indefinida. E, como consequência, o descontentamento do clero poderá acumular-se.

Permita, Excia. Lhe declare mais uma vez que o clero desta região já, por diversas vezes, manifestou sua impaciência face à demora no cumprimento de uma promessa feita e reafirmada pelo Sr. Bispo Diocesano, e seria pena que o clero, zeloso e unido, desta região, fosse perdendo o seu entusiasmo.

Diante de tudo isto, diante das promessas feitas, diante da necessidade de que todos sentem, e estando o povo já pastoralmente preparado e o clero unido e desejoso de constituir nova diocese, e sedo a diocese de Santa Maria excessivamente grande para um adequado atendimento, perguntamos se não poderia dar início à informação do processo.

 Mons. Frederico Didonet, Vigário Episcopal

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Cruz Alta, 16 de dezembro de 1969

Solicitação de nomeação da Comissão Pró-Bispado

 Exmo. Sr. Bispo Diocesano, pelo presente viemos solicitar a V.Excia. a nomeação da Comissão Pró-Diocese de Cruz Alta, composta das seguintes pessoas:

De Cruz Alta: João Durigon Sobrinho, Américo Macagnan, Paulo Pedro Sanfelice, Oudinot Lanoix, Dr. Hildebrando Westphalen, Dr. José Narciso de Abreu, Dr. Nilo Schroeder, General Lourival Doederlein, Prof. Heitor Silveira Netto, Padre José Giuliani, Padre Lino Cherubini.

Das Paróquias do Vicariato: Vel. Tomaz de Aquino Moraes (Natividade Ijuí), Mietieszlau Czepelewski (São Geraldo Ijuí), Lourenço Furian (Pejuçara), Olindo Cecchele (Espumoso), Hermes Cherubini (Salto do Jacuí), Adroaldo Bissacot (Panambi), Antônio Ghisleni (São Pedro do Pontão), Notélio Mariotti (Ajuricaba).

Das demais paróquias serão incluídas à medida que forem enviados os nomes dos respectivos representantes. Agradecendo o deferimento da presente solicitação, saúda fraternalmente, Mons. Frederico Didonet.

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Santa Maria, 22 de dezembro de 1969

Proposta de solução para os limites territoriais entre as dioceses

 Exmo. Sr. Dom Claudio Colling, Bispo Diocesano de Passo Fundo

 Tendo sido aprovado por unanimidade pelo Episcopado do Regional Sul 3 da CNBB, o plano da criação da Diocese de Cruz Alta e estando o Vicariato Episcopal empenhado em informar o respectivo processo, encontra-se diante do problema dos limites entre as Dioceses de Santa Maria e Passo Fundo.

O Conselho Presbiteral Diocesano, em reunião de hoje, refletindo sobre o que recomenda o Decreto Christus Dominus, principalmente em seus números 22 e 23, vem, respeitosamente, apresentar a V. Exa. A seguinte proposta de solução:

Em troca das paróquias de Colorado, Selbach e Tapera, que formariam uma unidade com as demais paróquias da futura Diocese de Cruz Alta, passariam para Passo Fundo as paróquias de Soledade, Ibirapuitã, Alvorada e Maurício Cardoso, Barros Cassal, Fontoura Xavier, São José do Herval e Chapada.

Caso não seja possível ou aceitável, o Conselho Presbiteral proporia o seguinte:

Em permuta das paróquias de Selbach e Colorado, passariam para Passo Fundo as paróquias acima citadas, com exceção de Chapada. Na primeira solução, o Seminário de Tapera ficaria para Passo Fundo, ou estudar-se-ia uma fórmula de compensação.

Se nenhuma das propostas servir, o Conselho pediria que fosse enviada, com a brevidade possível, uma terceira proposta.

Cordialmente, em nome do Conselho Presbiteral.

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

1970

 

 

Santa Maria, 20 de janeiro de 1970

Resposta da proposta de solução para os limites territoriais entre as dioceses

 Revdo. Mons. Frederico Didonet, Vigário Episcopal de Cruz Alta

 A finalidade desta é a de saudar-lhe e, ao mesmo tempo, comunicar-lhe que já chegou à resposta do Conselho Presbiteral de Passo Fundo, confirmando o que, extraoficialmente, já sabíamos.

Diz o documento que, inicialmente, “ouvidos os párocos interessados, que refletiram a opinião de seu povo”, o Conselho Presbiteral, pela votação unânime de seus membros presentes à reunião, julga que “as atuais divisas da Diocese de Passo Fundo, no que toca aos municípios de Colorado, Selbach e Tapera, devem permanecer inalterados”. Contudo, no que toca o município de Soledade e a parte do município de Arvorezinha, cujo centro polarizador é Passo Fundo, “se julgarem oportuno, poderiam ser anexados à Diocese de Passo Fundo, frisando no, entanto, que disto não fazemos questão”.

Infelizmente, Mons., nada feito! Contudo, não devemos por isso deixar de trabalhar para a fundação da nova Diocese. Dom Luiz, ainda muito otimista, já se encontra na Vila Etelvina, onde ontem pela primeira vez, depois da operação, almoçou e jantou. Sempre às ordens, seu em Cristo.

 Frei Antônio do Carmo

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

  

 

 

 

 

7 de fevereiro de 1970

Nomeação da Comissão Pró-Bispado de Cruz Alta

 Dom Luiz Victor Sartori, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo de Santa Maria, aos que esta Nossa Provisão virem, saudação, paz e benção em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Atendendo à indicação e pedido de Mons. Frederico Didonet, Vigário Episcopal de Cruz Alta, havemos por bem nomear para a Comissão Pró-Bispado de Cruz Alta as seguintes pessoas:

De Cruz Alta, que constituirão a Comissão Central:

João Durigon Sobrinho, Américo Macagnan, Paulo Pedro Sanfelice, Oudinot Lanoix, Dr. Hildebrando Westphalen, Dr. José Narciso de Abreu, Dr. Nilo Schroeder, General Lourival Doederlein, Prof. Heitor Silveira Netto, Padre José Giuliani, Padre Lino Cherubini.

De outras Paróquias do Vicariato, que formarão o Conselho:

Cel. Tomaz de Aquino Moraes (Natividade Ijuí), Mietieszlau Czepelewski (São Geraldo Ijuí), Lourenço Furian (Pejuçara), Olindo Cecchele (Espumoso), Hermes Cherubini (Salto do Jacuí), Adroaldo Bissacot (Panambi), Antônio Ghisleni (São Pedro do Pontão), Notélio Mariotti (Ajuricaba), Antero Miguel Stefanello (Fortaleza dos Valos), Dr. Hélio Franco Fernandes (Tupanciretã).

Das demais paróquias serão incluídos os nomes dos representantes à medida que forem enviados à sede do Vicariato.

 Dom Luiz Victor Sartori

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Cruz Alta, 19 de março de 1970

Diante dos impasses, Mons. Didonet insiste na reformulação

Dos limites territoriais das dioceses

 Aos Exmos. Srs. Bispos do Regional Sul 3

 Sendo a diocese de Santa Maria demasiadamente grande, tanto em área quanto em população, há mais de três anos o Sr. Bispo Diocesano, Dom Luiz Victor Sartori pensou em promover o desmembramento de uma nova diocese, com sede em Cruz Alta. Assim aconteceu com as dioceses de Passo Fundo e Frederico Westphalen, ambas desmembradas de Santa Maria.

O território da diocese de Santa Maria, por si só, seria suficiente para formar uma nova diocese, sem ser necessária recorrer a outras. Entretanto, não o será de acordo com o Vaticano II, se não houver alguma reformulação de limites com outras dioceses. Não se trataria, em caso nenhum, de apoderar-se de paróquias de outras dioceses, mas de uma simples permuta, tendo em vista a finalidade pastoral de um melhor e mais eficiente atendimento.

A reformulação geral de limites, sugerida pelo Sr. Núncio Apostólico anterior, mas silenciada pela atual, foi proposta ao Episcopado do Sul 3, em Lages. Não encontrou, porém, nenhuma receptividade, embora o Secretariado Regional, dando as razões de sua oportunidade, se dispusesse a promove-la.

Diante disso, foi preparado o processo da nova diocese de Cruz Alta, contando exclusivamente com o território de Santa Maria. O clero de Vicariato, porém, reunido a quatro do corrente, em Cruz Alta, após longos debates, achou que se deveria insistir mais uma vez junto ao Episcopado, para que se promova uma reformulação de limites, a fim de corrigir dioceses mal delimitadas e evitar que se criem outras com o mesmo vício original.

O abaixo assinado, cumprindo apenas uma missão dada pelo Sr. Bispo Diocesano de Santa Maria, não tem nenhum interesse pessoal em promover a criação de uma nova diocese. Sente-se, porém, na obrigação de transmitir o pensamento de mais de trinta sacerdotes do Vicariato Episcopal de Cruz Alta, “decepcionados com a falta de visão eclesial de elementos da Hierarquia, bem como com a falta de coerência entre o que se assinou no Concílio e o que se pratica”.

Agradecendo a atenção ao presente, saúdo respeitosamente, Mons. Frederico Didonet, Vigário Episcopal de Cruz Alta

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Um ano de Vicariato Episcopal

 

Vai fazer um ano amanhã, dia 2 de fevereiro de 1970, da instalação do Vicariato Episcopal de Cruz Alta. A cidade guarda viva a lembrança daquela solenidade que marcou data nos seus anais, e que veio corresponder a uma das aspirações do povo cruz-altense.

De acordo com o decreto de instalação, as finalidades do Vicariato são a dinamização da vida pastoral nas paróquias que o compõem e a preparação da futura diocese. E parece que os objetivos estão sendo alcançados. A região já está tomando consciência de que vai constituir uma nova família diocesana. O clero tem-se reunido para estudos e planejamentos, as religiosas para aprofundamentos e revisões, e o laicato vai conhecendo melhor seu papel de parte responsável da comunidade eclesial.

Há uma Comissão Pró-Bispado, composta de elementos da cidade de Cruz Alta e representantes das demais paróquias do Vicariato, que já adquiriu uma casa que servirá de Secretaria do Bispado. Com a colaboração das Paróquias e municípios, já estão sendo recolhidos todos os dados necessários à formação do processo que, brevemente, vai ser enviado à Nunciatura Apostólica e à Santa Fé.

A futura Diocese de Cruz Alta abrangerá quatorze municípios e vinte e sete paróquias, incluindo também a região de Soledade, que de início não integra o Vicariato.

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Reunião amanhã dos Presbíteros de Cruz Alta e Ijuí

– Entregue processo da nova diocese de Cruz Alta –

 Amanhã, em Cruz Alta, estarão reunidos todos os presbíteros dos decanatos de Cruz Alta e Ijuí, para mais um dia de estudo.

Terça-feira, em Santa Maria, mais uma reunião do Conselho Presbiteral Diocesano, com a participação de três sacerdotes do Vicariato Episcopal.

Simpósio

O Vicariato Episcopal estará representado no Simpósio Regional sobre o Decreto – Lei 869/69, a realizar-se em Porto Alegre de 19-21 do corrente.

Nova Diocese

Dom Antônio do Carmo, Vigário Capitular de Santa Maria, comunica ter entregue a Nunciatura Apostólica o processo da nova diocese de Cruz Alta. As perspectivas são positivas.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 14 de junho de 1970

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

8 de dezembro de 1970

Às Comunidades Paroquiais do Vicariato Episcopal

 Plano Diocesano Pastoral

Sendo certa e estando próxima a criação da nova diocese de Cruz Alta, exortamos aos presbíteros, religiosos e leigos engajados no apostolado a quem estudem, individualmente ou em grupo, o 3º Plano Regional de Pastoral Orgânica, em sua Descrição da Realidade e Fundamentação Teológica, a fim de estarem preparados para, no ano próximo, junto com o 1º Bispo Diocesano, dar sua colaboração ao 1º Plano Diocesano de Pastoral de Conjunto.

Residência Episcopal

De acordo com resolução tomada em reuniões do clero do Vicariato de 15/06/1970 e 1º/09/1970, em reunião dos representantes credenciados das paróquias do Vicariato de 4/07/70, bem como em reuniões da Comissão Central de Cruz Alta, de 29/06/70, de 3/11/70 e 30/11/70, não obstante a votação em contrário feita por um grupo de sacerdotes a 18/11/70, será iniciada neste mês de dezembro a construção da residência episcopal, em terreno já pertencente à Mitra Diocesana.

Reforma da Casa Paroquial do Divino

De acordo com resolução definitivamente ratificada em reunião da Comissão Central de 30/11/70, sob a supervisão do engenheiro Nilo Schroeder, está sendo feita uma reforma simples e econômica da casa paroquial do Divino Espírito Santo, que servirá para a Cúria Diocesana e também para a residência provisória do Bispo Diocesano, caso a construção não possa ser ultimada em tempo.

Contribuição para o Seminário Diocesano

Por decisão do Conselho Presbiteral Diocesano, de 24/11/70, continua em vigor, para todas as Paróquias do Vicariato Episcopal, a contribuição de 15% sobre as festas para o Seminário Diocesano de Santa Maria à nova diocese de Cruz Alta. Não é necessário que essa percentagem seja enviada a Santa Maria, bastando constar na folha trimestral com a declaração de que foi enviada ao Vicariato de Cruz Alta.

Contribuição para a Residência Episcopal

Como foi estabelecido em reunião dos representantes credenciados das Paróquias a 4/07/70, a contribuição das Paróquias para a construção da residência episcopal, a perfazer uns 30 ou 40$ do custo total, será, na média de Cr$ 2.000,00 por paróquia.

Escusado se torna dizer que, dada a premência da obra, a remessa dessa quantia não deverá tardar. É natural e lógico que a residência episcopal não deva ser construída apenas pelas duas paróquias da cidade de Cruz Alta, mas com o auxílio de toda a futura diocese.

Como norma elementar de relacionamento humano e de corresponsabilidade, quem não puder enviar de imediato ou achar a quantia acima das possibilidades reais da paróquia, deverá entender-se com o vigário episcopal.

Com renovados votos de Natal e Ano Novo, saúda cordialmente, Mons. Frederico Didonet.

 Fonte:

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

  

 

1971

 

 

Firmado contrato para construção do Bispado

 Sexta-feira foi firmado o contrato para a construção da residência episcopal entre a Comissão Central Pró-Bispado de Cruz Alta e a firma Serra Construções Ltda, dirigida pelo eng. Nilo Schroeder.

Logo que o edifício Marajá estiver totalmente demolido, terá início a construção, com o lançamento da pedra fundamental. Detalhes da obra e seu custo serão dados na próxima semana.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 18 de abril de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Construção da sede do Bispado

 Enquanto se vai processando a demolição do velho edifício Marajá, já foi firmado contrato de construção da sede do Bispado, que será feita pela firma Serra Construções Ltda, por empreitada global.

Simples e funcional, sem qualquer característica de luxo, não será apenas a moradia do Bispo Diocesano, mas a sede de atendimento da autoridade diocesana, moradia de auxiliares do governo diocesano, local de reuniões, bem como de acolhimento e hospedagem de sacerdotes. Se fora apenas para o Bispo morar, bastaria um simples apartamento.

A responsabilidade principal da construção caberá ao povo cruz-altense, distinguido com a honrosa escolha da sede de uma nova Diocese, abrangendo 25 paróquias e 14 municípios, numa área de 15.386 quilômetros quadrados e 400.000 habitantes.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 21 de abril de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

  

 

 

Cruz Alta e a nova Diocese

 Dentro em pouco, Cruz Alta será uma nova Diocese, juntamente com Erechim e Rio Grande. Diocese não é apenas um determinado território ou uma divisão administrativa. Nem é constituída por um mero desmembramento de outra diocese maior.

Diocese existe quando há um bispo que pastoreia uma determinada porção do Povo de Deus. E esta função de governo o Bispo a exerce, não sozinho, mas em cooperação com o presbitério, que é o conjunto de presbíteros ou sacerdotes que nela trabalham. Estes, por sua vez, representando os leigos que integram as respectivas comunidades paroquiais.

Diocese, portanto, não é assunto que interesse ao Bispo ou Clero somente, mas a toda comunidade cristã. E mesmo a população em geral que só terá a ganhar com mais um centro propulsor de promoção humana e vida cristã.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 24 de abril de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Nomeado novo Bispo para Santa Maria – Bispo para Cruz Alta

 Foi nomeado pela Santa Fé, Bispo de Santa Maria, o Padre Érico Ferrari, Cura da Catedral daquela cidade. O futuro Bispo de Santa Maria é natural de Nova Palma. Completou seus estudos em Roma e foi professor do Seminário Maior de Viamão.

Foi, ainda, Diretor da Rádio Medianeira de Santa Maria, devendo ser oportunamente marcada a data da sagração e a posse do Bispo da Diocese que inclui ainda a Paróquia de Cruz Alta.

Bispo para Cruz Alta

Está sendo esperada a nomeação do futuro Bispo da diocese de Cruz Alta, que está por ser criada, sendo a nomeação do Bispo procedida simultaneamente.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 5 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

  

 

  

 

Vigário Episcopal viaja hoje

 Viaja hoje com destino a Porto Alegre, Monsenhor Didonet, Vigário Episcopal. Vai participar do Encontro Regional dos Coordenadores Diocesanos e de Pastoral, a realizar-se na cidade de Viamão, com três dias de trabalho.

Retornará à cidade depois de cumprida sua missão, que motivou a viagem a ser realizada ainda hoje.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 5 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

  

 

 

Construção da sede do Bispado

 Já teve início a construção da sede do Bispado de Cruz Alta pela firma Serra Construções Ltda. As subscrições já estão em andamento, oscilando as ofertas pessoais do Livro de Ouro, por enquanto entre Cr$ 5.000,00 a Cr$ 1.000,00.

A comissão tem certeza de que a cidade de Cruz Alta saberá corresponder à distinção de sua escolha para sede do Bispado.

 Clero reunido em Ijuí

Durante o dia de hoje, o clero das diversas paróquias da região de Cruz Alta e Ijuí, incluindo Ibirubá e Panambi, estará reunido em Ijuí para um dia de estudo e planejamento.

O assunto da nova diocese, que está próxima de ser criada, também entrará em pauta.

 O mundo católico espera o Bispado de Cruz Alta

O mundo católico está bastante atento ao futuro Bispado de Cruz Alta, matéria já decidida nos concílios eclesiásticos, aguardando apenas o decreto da Santa Fé, quando serão criadas três Dioceses no Rio Grande do Sul, com sede respectivamente em Novo Hamburgo, Rio Grande e Cruz Alta.

A comunidade católica, de qualquer modo, está se preparando para responder positivamente ao futuro evento, que vai concretizar uma velha aspiração cruz-altense.

Cruz Alta, com uma tradição de religiosidade, que vem dos primórdios de sua fundação, já está cuidando das medidas preliminares, como a construção da sede do Bispado, projeto de autoria do arquiteto Nilo Schroeder.

A campanha iniciada há três anos, sob os auspícios do saudoso Bispo Dom Vicente Sartori, depois de vendidos os trabalhos iniciais, desenvolveu-se pelos canais adequados e daí as esperanças de que a breve tempo, tenhamos o Bispo com sua sede em Cruz Alta.

Aquele trabalho iniciado anteriormente a constituição do Vicariato, foi revigorado com a atuação precisa, serena e correta de Mons. Didonet a quem a população católica de Cruz Alta já deve inestimáveis serviços.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 18 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Entrevista de Mons. Frederico Didonet, Vigário Episcopal de Cruz Alta

 1.Que é que nos diz da nova Diocese de Cruz Alta?

Frederico Didonet: Eu penso que muita coisa já tinha sido dita e escrita a respeito. Todos sabem dos primeiros movimentos surgidos, que depois foram temporariamente suspensos. A preparação oficial teve início com a criação do Vicariato Episcopal de Cruz Alta, em 1969, que teve como uma das finalidades principais, precisamente, a preparação da nova diocese, com sede em Cruz Alta.

  1. Que é que foi feito até hoje neste sentido de preparação?

FD: A preparação principal e fundamental de uma diocese não é seu patrimônio material, embora também necessário. É, sim, seu clima espiritual, a formação do espírito comunitário, a criação de uma mentalidade diocesana. Para isso fizemos diversos dias de estudo com o clero, e também reuniões religiosas. Para isso, foram feitas diversas visitas a todas as paróquias do vicariato. Com esta finalidade foram também enviadas circulares às diversas comunidades.

3.Acha que essa finalidade foi alcançada?

FD: Não é fácil criar um espírito de comunidade diocesana num território de ’15 mil quilômetros quadrados e 400 mil habitantes. Mas penso que algo se haja conseguido. Este trabalho, porém, será uma tarefa permanente e perene, que nunca chegará à plenitude, porque a busca constante e o crescimento progressivo são características do homem que, neste mundo, é um eterno peregrino.

  1. E como está o aspecto material ou financeiro?

FD: para o funcionamento de alguns serviços da Cúria Diocesana, já há mais de ano, foi adquirido o edifício da Sociedade Vicente Palotti, onde funciona também a casa paroquial da Paróquia do Divino. Para a residência episcopal, está em construção um prédio de alvenaria, que será feito por empreitada global pela firma Serra Construções Ltda, dirigida pelo engenheiro Nilo Schroeder. A construção será sem qualquer luxo, embora sólida e perfeitamente adaptada às suas finalidades. Ela terá a colaboração de todas as paróquias da futura diocese, embora o maior encargo seja da comunidade católica da cidade de Cruz Alta, sede da futura diocese.

5.Tem mais alguma palavra para nos dizer?

FD: Concluindo, parece-me que seria oportuno dizer que diocese não é um simples desmembramento de um território subordinado à administração de um Bispo. Ela deve ser uma comunidade da Igreja, caracterizada por um sentido de comunhão ou união comum entre os integrantes da mesma, paróquias e indivíduos. Quanto mais, portanto, crescermos no espírito de comunidade, tanto mais estaremos preparando a nova diocese. E neste aspecto, Ijuí, colmeia do trabalho, será uma preciosa parcela da futura Comunidade Diocesana de Cruz Alta, com muitos recursos humanos e materiais para impulsionar o respectivo crescimento.

Fonte: 

Jornal Correio Serrano de Ijuí, 8 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

A Diocese de Cruz Alta

 É o que pergunta também muita gente do Rio Grande e Erechim. Mais ainda do que os cruz-altenses, eles estão aguardando com impaciência a criação da respectiva diocese, cujo processo teve ainda antes que o nosso.

A respeito, Mons. Vigário Episcopal afirmou o seguinte: Primeiro, a criação da diocese é certa. Segundo: certo é também que a sua criação e a nomeação do respectivo Bispado será no primeiro semestre deste ano. Terceiro: a construção da sede do Bispado já está sendo iniciada, ao lado do Hospital de Fátima. Quarto: diversas pessoas já colocaram sua assinatura no Livro de Ouro, destinado a custear a construção. Quinto: deverá continuar por parte de todos os futuros diocesanos o empenho de fazer da nova diocese uma comunidade cristã.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 21 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Aguardada a criação da Diocese de Cruz Alta

 Aguarda-se com expectativa a próxima criação da nova Diocese de Cruz Alta, que será desmembrada da de Santa Maria. A respeito, o monsenhor Frederico Didonet, Vigário Episcopal de Cruz Alta, informou à reportagem que a criação da Diocese é certa, como certa também é que sua criação e nomeação do respectivo bispo ocorrerá ainda no primeiro semestre deste ano.

Por outro lado, adiantou o monsenhor Didonet que a construção da sede do novo Bispado já foi iniciada, estando a cargo da firma Serra Construções Ltda, por empreitada global. Simples e funcional, sem qualquer característica de luxo, não será apenas a moradia do Bispo Diocesano, mas também a sede de atendimento da autoridade diocesana, moradia de auxiliares do governo diocesano, local de reuniões, bem como de acolhimento e hospedagem de sacerdotes. Se fora apenas para o Bispo morar bastaria um simples apartamento. E conclui, afirmando: “A responsabilidade da construção cabe a todo o povo do Vicariato Episcopal, abrangendo 25 paróquias e 14 municípios, numa área de 15.386 quilômetros quadrados e 400.00 habitantes”.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 22 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

Viajou vigário episcopal

 Mons. Vigário Episcopal viajou ontem para Porto Alegre, para participar da reunião do Conselho Regional de Presbíteros, que é o órgão representativo do clero do Rio Grande do Sul.

De volta estará presente, Espumoso, à reunião da Comissão de Catequese da região escolar de Soledade, juntamente com a equipe de Santa Maria, onde debaterão aspectos da pedagogia catequética.

Sexta-feira a equipe de Santa Maria estará aqui em Cruz Alta para um dia de estudo com a comissão da catequese desta cidade.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 1 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Dom Walmor Battú Wichrowski nomeado

primeiro Bispo da Diocese de Cruz Alta

Dom Walmor Battú Wichrowski

Podemos adiantar aos nossos leitores, que a Santa Sé criou a Diocese de Cruz Alta, cujo processo já estava corretamente encaminhado, aguardando apenas a assinatura do Papa Paulo VI.

Várias vezes este jornal noticiou, com base em informação oficiosa que, a qualquer momento, seria criada a Diocese de Cruz Alta, para o que já o mundo católico desta cidade havia iniciado movimento para a construção da sede do Bispado.

Em fonte absolutamente segura e fidedigna, a reportagem tomou conhecimento de que a Santa Sé lavrou o decreto respectivo e nomeou para Bispo da nova diocese Dom Walmor Battú Wichrowski, atualmente residindo em Ijuí, onde exerce funções de Vigário Episcopal.

Quando dos primórdios do movimento pela formação da Diocese de Cruz Alta, comissão representativa da comunidade, manteve reiterados contatos com aquele eminente prelado, acolhida sempre com cavalheirismo e palavras de estímulo à continuidade de tão frutuoso trabalho.

Dom Walmor é figura de alto destaque na Igreja de Cristo, tendo ascendido pelo seu zelo apostolar, até atingir ao Bispado, já exercido anteriormente, em outras cidades.

O órgão oficial do Vaticano deve estar divulgando hoje, a criação da Diocese de Cruz Alta, bem como a nomeação de Dom Walmor Battú Wichrowski como primeiro bispo de Cruz Alta.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 2 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

  

 

 

Cruz Alta, Erechim e Rio Grande

Criadas pelo Vaticano mais três dioceses no RS

Será feito hoje, quarta-feira, o anúncio oficial da criação de mais de três Dioceses no Rio Grande do Sul, bem como de diversas transferências no seio do Episcopado gaúcho. Informações prestadas ontem à noite, à imprensa, pelo Cardeal Vicente Scherer, dão conta de que o papa Paulo VI decidiu criar em nosso Estado as Dioceses de Cruz Alta, Rio Grande e Erechim, as quais foram desmembradas, respectivamente, das de Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo.

Nomes dos Bispos

Por outro lado, o Sumo Pontífice designou para primeiro bispo de Cruz Alta a Dom Walmor Battú Wichrowski, até agora bispo titular de Felbe; para primeiro bispo de Erechim, a Dom João Aloysio Hoffmann, que era bispo de Frederico Westphalen; e para bispo de Frederico Westphalen, a Dom Bruno Maldaner, até agora bispo auxiliar de São Paulo. A nomeação para a nova Diocese de Rio Grande deverá sair nas próximas semanas.

Cruz Alta

A Diocese de Cruz Alta, desmembrada da de Santa Maria, compõe-se de 13 municípios. Já há a algum tempo constituída em Vicariato Episcopal, ela compreende uma área de 15 mil quilômetros quadrados, com uma população de aproximadamente 400 mil habitantes. A sede, a cidade de Cruz Alta, possui 50 mil habitantes. Toda a diocese compreende 25 paróquias.

 Dom Walmor Wichrowski

Dom Walmor Battú Wichrowski, futuro primeiro bispo de Cruz Alta, nasceu a 27 de outubro de 1920, em Ijuí, descendente de imigrantes poloneses. Embora descendendo pelo lado paterno, como materno, de famílias tradicionalmente católicas, ele nasceu no seio da Igreja Episcopal, onde foi batizado. Convertendo-se ao catolicismo, fez seus estudos seminaristas e foi ordenado sacerdote a 23 de dezembro de 1945. Elevado ao episcopado a 14 de fevereiro de 1958, foi sagrado a 25 de maio do mesmo ano. Sua nomeação foi para bispo titular de Sanavo e auxiliar de Santos, no Estado de São Paulo. Em 1960, com a criação da Diocese de Nova Iguaçu, no Estado do Rio, foi transferido para lá como primeiro bispo. Um ano depois, no entanto, voltou para o Rio Grande do Sul, como bispo auxiliar de Santa Maria, onde fora, desde 1950, cooperador da Catedral e assistente diocesano de Ação Católica. Em 1953 passou a residir na cidade de Ijuí.

 

 

Fonte:

Jornal Diário Serrano, 2 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Telegrama do Núncio Apostólico

– Mensagem de Monsenhor Didonet –

 De conformidade com a nossa informação de ontem, foi criada a Diocese de Cruz Alta juntamente com as de Erechim e Rio Grande. Monsenhor Frederico Didonet recebeu a seguinte mensagem telegráfica, com data de 31 de maio, procedente da Nunciatura Apostólica no Brasil:

“Monsenhor Didonet, Vigário Episcopal de Cruz alta; Tenho o prazer comunicar criação da nova Diocese de Cruz Alta, desmembrada da Diocese de Santa Maria. Nomeado seu primeiro Bispo S. Excia. Dom Walmor Battú Wicroski. Notícia reservada até quarta-feira, 2 de junho. Cordiais saudações”.

Cumprida tão importante etapa, Monsenhor Didonet, que por muitos anos serviu na condição de Vigário Episcopal e que tanto trabalhou na formação do processo de que derivou a criação do Bispado, deixa o nosso intermédio a sua mensagem:

Ao povo de Cruz Alta

Na qualidade de vigário episcopal, com a missão especial de preparar a nova diocese, eu me congratulo com o povo cruz-altense e com toda a população dos quatorze municípios e vinte e seis paróquias, pelo acontecimento marcante no dia de hoje, que é o anúncio da criação da Diocese de Cruz Alta e da nomeação de seu primeiro bispo, na pessoa de Dom Walmor Battú Wicrowski.

Com esta boa nova, confirma-se a responsabilidade do povo cruz-altense, inerente à honra da escolha desta cidade para sede do Bispado. Responsabilidade que não é apenas de ordem material, mas principalmente no sentido de crescer como comunidade cristã.

Como a Igreja está a serviço de todos os homens, eu penso que a alegria deste acontecimento será partilhada, sem distinção, por todos os cruz-altenses que no Bispo da nova Diocese terão, não um príncipe a quem servir, mas um humilde servidor a quem se dirigir.

E com a posse do primeiro Bispo Diocesano, que será no próximo mês, estará cumprida minha missão nesta simpática e acolhedora cidade, que sempre estará na minha lembrança e no meu coração, aonde quer que a voz de Deus dirija meus passos de peregrino.

Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil dirigiu telegrama ao Vigário Episcopal, Monsenhor Didonet, congratulando-se com a criação da Diocese de Cruz Alta.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 3 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

 

 

As comunidades paroquiais da Diocese de Cruz Alta

 Na qualidade de vigário episcopal, temos a satisfação de confirmar a boa nova da criação da diocese de Cruz Alta e da nomeação de seu primeiro bispo, na pessoa de Dom Walmor Battú Wichrowski.

Comunicamos outrossim que a instalação da nova diocese e a posse de sua Excia/Revma. Será no dia 11 de julho, às 10h da manhã, na Catedral do Divino Espírito Santo, nesta cidade episcopal de Cruz Alta.

Como preparação a tão expressivo acontecimento, além das homilias dominicais, promovam-se em todas as paróquias de forma mais adequada e exequível, reuniões com os elementos mais responsáveis, estudando com eles o sentido da diocese e de bispo, de acordo com o Vaticano II.

No dia da instalação e posse, para dar maior sentido de unidade com o Bispo, deverão todos os sacerdotes concelebrar com o Bispo Diocesano na Catedral Diocesana, suprimindo-se, para isso, qualquer missa no território da nova Diocese.

Mais do que qualquer caráter de pompa externa, queremos dar ao ato a expressão de uma Igreja local, profundamente unida a seu Pastor, em piedosa oração ao Espírito, de cuja luz e força todos esperamos realizar uma imagem de Igreja que corresponda aos desígnios de seu divino Fundador e Cabeça.

Ao meio-dia, todos os sacerdotes e representantes das paróquias, cujos números desejaríamos saber com antecedência, participarão do ágape fraternal em regozijo pelo auspicioso acontecimento.

Sobre a possibilidade de uma missa à tarde ou á noite, nas paróquias, levando a Eucaristia da missa concelebrada com o novo Bispo e a respectiva homília, acertaremos em reunião do dia 15 do corrente, a realizar-se nesta cidade, na Paróquia do Divino, às 9h da manhã, com a presença do Bispo eleito e de todos os presbíteros da nova diocese, bem como de religiosos e leigos.

 Saudações cordialmente em Nosso Senhor

Mons. Frederico Didonet

Vigário Episcopal

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 13 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

 

Bispo Diocesano de Cruz Alta já na sede da Diocese

Dom Walmor Battú Wicrowski, primeiro Bispo da Paróquia de Cruz Alta, já se encontra nesta cidade, a fim de adotar as medidas preliminares com vistas à breve assunção oficial de Bispo da Diocese de Cruz Alta, recentemente criada por ato da Santa Sé.

Ainda não está investido das funções, visto estar sendo aguardada a data da instalação da Diocese. Dom Walmor foi ordenado sacerdote em Ijuí, e 1945, tendo feito rápida carreira, sendo eleito Bispo Auxiliar de Santos, por ato do Papa Pio XII.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 13 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Bispo e clero reunidos ontem

 Por iniciativa do clero e sob a orientação do Vigário Episcopal, reuniram-se ontem todos os presbíteros da nova diocese de Cruz Alta, juntamente com o Bispo eleito, participando da reunião também, alguns religiosos.

A finalidade da reunião foi o estudo e aprovação de um documento redigido pelos sacerdotes em vários encontros sucessivos, contendo algumas linhas de ação pastoral a ser assumidas por todas as comunidades paroquiais da nova diocese.

Foi também eleito o Conselho Presbiteral Diocesano, que será publicado no dia da posse.

Os preparativos para o dia da instalação da diocese e posse do bispo serão tratados na próxima reunião da Comissão Central, composta de leigos e dos párocos das duas paróquias da cidade.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 16 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Registrado nos anais da Câmara criação do Bispado de Cruz Alta

 Falando em horário especial na sessão legislativa de terça-feira, o vereador Darcy Schultz pediu a inserção nos anais da Casa, a criação do Bispado de Cruz Alta, por ato do Papa Paulo VI. O edil arenista em seu pronunciamento, disse que se impunha esse registro, por considerar um fato marcante e histórico para a Rainha do Planalto Médio.

Mais adiante, referiu que chegava assim a um termo muito feliz, uma luta encetada pelo ex-prefeito José Westphalen, com apoio da comunidade e em igual dimensões à imprensa cruz-altense. Disse ainda que Cruz Alta muito haveria de ganhar com a criação do Bispado, não só no campo religioso, mas no setor cultural, social e político. Pediu, por isso, que a Casa se dirigisse aos canais hierárquicos competentes da Igreja Católica manifestando aplauso pela decisão do Papa Paulo VI.

Em apoiamento à manifestação do vereador arenista, usou da palavra o edil Algir Lorenzon, o qual em nome da bancada do MDB se solidarizava com a solicitação. Afirmou que a escolha de Dom Walmor para dirigir a Diocese de Cruz Alta foi muito feliz, assim como se congratulava com Monsenhor Frederico Didonet a quem coube a importante missão de organizar definitivamente os trabalhos da nova Diocese.

Repercutiu, pois, de forma sensível, no Legislativo, a criação do Bispado de Cruz Alta, acontecimento da maior significação não só para o mundo católico, mas para toda a comunidade cruz-altense.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 17 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

  

 

Diocese à vista

Mons. Frederico Didonet

Mons. Frederico Didonet

Em véspera da criação da nova diocese de Cruz Alta e da nomeação do respectivo bispo, aspiração amadurecida de nossa comunidade, dirigimo-nos aos cruz-altenses, alegrando-nos antecipadamente com o auspicioso e próximo acontecimento.

Se a criação de uma diocese não visa primordialmente à promoção de uma cidade, contudo o acontecimento não deixa de constituir um fato marcante de sua história e um fator de projeção social da mesma. Para os que creem, duplo será o motivo de satisfação. Para os que não tem fé, vale o motivo a que acima nos referimos.

Com a honra da escolha de nossa cidade para sede do bispado, vai também a responsabilidade dos cruz-altenses em sua concretização. Se a preparação espiritual que promovemos é a primordial, o aspecto material também lhe é inerente. E este constitui tarefa específica dos leigos.

Como as obras públicas, algumas até suntuosas, são feitas com suor do povo que paga impostos, assim as obras da Igreja deverão ser fruto da colaboração dos que integram as comunidades cristãs. Não como esmola que se dá com pesar, mas como dever sagrado que se cumpre com amor e prazer.

Embora não seja de nossa índole solicitar donativos, fá-lo-emos agora, e já o estamos fazendo, junto com a comissão, unicamente para servir a esta comunidade. Esperamos que os cruz-altenses suavizem a tarefa ingrata de pedir com o gesto simpático e amigo de quem dá, do muito ou pouco que tem, com alegria e generosidade.

Em nome da comissão, o nosso agradecimento aos que já deram ou prometeram sua contribuição, início promissor de um desfile generoso de benfeitores da futura diocese.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 23 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

Pentecostes e a nova Diocese

Mons. Frederico Didonet

 De acordo com o Vaticano II, diocese assim se define: “É a porção do Povo de Deus confiada a um Bispo, para que a pastoreie em cooperação com o presbítero, de tal modo que, unida a seu Pastor e por ele consagrada no Espírito Santo mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua uma Igreja particular, na qual verdadeiramente está e opera a Uma Santa Católica e Apostólica Igreja de Cristo”.

Entre outros aspectos a salientar, nós acentuaremos aqui que a diocese é uma comunidade que vem marcada por uma presença especial do Espírito Santo. Espírito que é essencialmente união e vida. União no seio da Trindade, como sempre oramos ao Pai em nome de Jesus na unidade do seu Espírito. A Igreja toda vem descrita como o “Povo de Deus, reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Se no seio da Trindade, o Espírito Santo é o Amor ou a Aliança, sua missão na Igreja e no mundo é unir. A união foi o prodígio de Pentecostes, onde, ao contrário de Babel, todos ouviram na mesma língua, todos se converteram ao mesmo Senhor e todos receberam o mesmo batismo. Onde houver união, é sinal que está presente o Espírito de Deus. E onde há discórdia podemos concluir que lá o Espírito do Senhor, embora sempre atuante, encontre corações fechados às moções de sua graça.

No dia de hoje, festa do padroeiro da mui leal cidade do Divino Espírito Santo da Cruz Alta, nossa ardente oração, a prece de todos os cruz-altenses deve ser de que a nova diocese, que está próxima, não seja uma área de divisão e atritos, mas um povo unido e coeso, uma família em constante esforço de comunidade.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 29 de maio de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Cruz Alta e a nova Diocese

Mons. Frederico Didonet

 Cruz Alta está eufórica pela criação da nova Diocese e nomeação de seu primeiro bispo. E está se preparando para fazer do dia da instalação e posse, a 11 de julho, uma data marcante de sua história. Um dos acontecimentos memoráveis do seu sesquicentenário. Não tanto pelo brilho externo das comemorações, quanto pela consciência com que vai assumir a nova diocese.

Já o dissemos e repetimos diversas vezes que a criação de uma diocese e a escolha de sua sede não visa, primariamente, à promoção de uma determinada cidade. Será, contudo, uma das consequências naturais e inerentes, dada a natureza da Igreja, que é a inserção da mensagem cristã numa determinada realidade humana. Igreja que o Concílio descreve como sinal e instrumento da unidade dos homens com Deus e entre si.

Tornar-se sede de uma determinada circunscrição diocesana, junto com a honra envolve responsabilidade. A responsabilidade de apresentar, para as demais cidades, uma imagem de Igreja, que seja um sincero esforço de união e disposição de serviço. Que seja iniciativa e criatividade na linha da promoção de tudo que envolva crescimento da pessoa humana e verdadeiro desenvolvimento das comunidades.

O povo de Cruz Alta, que tanto desejou a nova diocese, vai agora reafirmar o compromisso já assumido.  Não apenas de levar a termo as condições materiais para o funcionamento de uma diocese, mas, principalmente, o de colaborar com o novo Bispo para que ele possa exercer sua função pastoral em todas as áreas e dimensões da vida humana.

Temos a certeza de que não acontecerá aqui o que ocorreu numa determinada cidade, que recebeu com grandes pompas o seu primeiro bispo, e depois o deixou só, ignorando quase a sua presença. Preferimos simplicidade na instalação e posse, mas decisão de corresponsabilidade eclesial nos dias e anos obsequentes.  

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 20 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Confirmada a instalação da Diocese de Cruz Alta

– Dia 11 com posse do primeiro bispo –

Dom Walmor Wicrowski

De conformidade com o que vem sendo noticiado por este jornal, será instalada dia 11, às 10h, a Diocese de Cruz Alta. Tendo havido alguma dúvida sobre a data, nos comunicamos, pelo fio telefônico, com o Bispo Dom Walmor Battú Wicrowsdki, que nos assegurou ser definitiva a instalação na data e horário previstos.

O primeiro Bispo da Diocese de Cruz Alta recebeu informações direta do Núncio Apostólico, confirmando a posse do primeiro Bispo da Diocese de Cruz Alta, dia 11, às 10h. O Núncio Apostólico deverá ser representado pelo presidente da Conferência dos Bispos do Brasil, Dom Aloísio Lorscheider.

O Núncio Apostólico congratulou-se com Dom Walmor pelo evento, confirmando ao mesmo tempo a data da posse de conformidade com o que estava previamente programado e não sofrerá alteração.

O ato será na futura Catedral de Cruz Alta, atual Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. Com a posse do seu Bispo a Igreja ganha a categoria de Catedral.

Deverá o Sr. Núncio Apostólico, enviar mensagem aos fiéis da nova Diocese por ocasião das solenidades de instalação do Bispado.

Tudo, portanto, corre normalmente para que se processe a instalação da Diocese na data aprazada, devendo constituir uma solenidade de alto significado para o mundo cristão que integra a nova Diocese criada por ato da Santa Sé.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 30 de junho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Despedida ao povo de Cruz Alta

Mons. Frederico Didonet

 Aqui chegado a dois de fevereiro de mil novecentos e sessenta e nove, logo nos sentimos em casa. Embora soubéssemos que nem todos nos estavam recebendo com o mesmo entusiasmo.

Apesar disso, repetimos, logo nos sentimos em casa. Nenhuma porta se fechou. E as que se haviam encostado, aos poucos foram se abrindo. E hoje pensamos com alegria nas muitas amizades aqui travadas. Amizades das quais sentimos distanciarmos agora.

Instalada a diocese e empossado seu primeiro bispo, nossa missão aqui está encerrada. Bem ou imperfeitamente cumprida, ela está em seu termo. E outra missão nos espera. Sempre a serviço de Deus e dos homens. Num renovado esforço de novos relacionamentos humanos.

Embora sentindo a despedida, vamos com alegria. A alegria de continuar a servir. Onde Deus parece estar nos esperando para dar do nosso pouco. E para receber do muito que os outros têm a dar-nos. Do muito que poderá ser pouco. Mas que é sempre muito, quando dado com espontaneidade e recebido com apreço e gratidão. O apreço às pequenas coisas e a gratidão aos gestos pequeninos é que faz a gente feliz.

O povo de Cruz Alta continuará vivo em nosso coração. Vivas as pessoas. Vivos os acontecimentos. Vivos os lares cujo aconchego experimentamos. Vivas as árvores das praças cuja sombra nos acarinhou. Vivos os pássaros cujo canto nos despertava pela manhã. Vivas até as pedras, sobre as quais demos tantos passos. Passos apressados às vezes, e vagarosos outras. Viva a fisionomia simpática desta cidade que não olvidaremos.

A Deus agradecemos as alegrias que o povo de Cruz Alta nos proporcionou. Alegrias que nos estimularam. E que fizeram esquecer os pesares, que também integram a trama de nossa vida. Mas que nunca deverão transformar-se em estado de espírito de viver e lutar.

Aqui ou longe daqui, viveremos os dias culminantes do ano sesquicentenário. Com as vivências do passado, imaginaremos o que será o 18 de agosto. E subiremos o balão, para lá de cima contemplar a cidade em festa. A capital brasileira do trigo, transformada por momentos em capital do Brasil, com seu presidente ovacionado pelo povo cruz-altense.

A todos o nosso adeus. O adeus de quem vai e de quem fica. De quem vai para cumprir outra missão. De quem fica no culto da gratidão e da saudade. Gratidão por todo bem aqui recebido. Saudade dos dias plenos aqui vividos.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 6 de julho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Mons. Frederico Didonet homenageado pela comunidade católica

 

Na noite de ontem, num jantar que esteve grandemente concorrido, no Clube Internacional, grande parcela da comunidade católica prestou expressiva homenagem a Monsenhor Didonet, que sentou à cabeceira da mesa, ladeado pelos Srs. General Lourival Doederlein e Heitor Silveira Netto.

Falou oferecendo o jantar e destacando as grandes qualidades do Monsenhor Didonet, o Prof. Roque Gelatti, que homenageou em palavras repassadas de sinceridade, ao notável prelado que, a serviço da Igreja, vai se afastando de Cruz Alta.

O Prof. Heitor Silveira Netto, apresentou uma breve legenda bíblica para homenagear o Monsenhor.

Por último agradeceu ao Monsenhor Didonet que, com aquela humildade característica disse que até pretendia, se em tempo soubera, evitar aquela homenagem. Aduzia que era grande alegria com que confraternizava com a comunidade católica e recebia tantas demonstrações de afeto e simpatia.

Disse que levará Cruz Alta para sempre no seu coração e, onde quer que seja destacado, continuará a servir a Igreja e aos homens e que seu afastamento era porque encerrou sua missão nesta cidade.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 15 de julho de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Festa do Monumento terá presença de

Dom Érico Ferrari, Bispo de Santa Maria

Dom Érico Ferrari

A Festa do Monumento começa no dia 1º de outubro, quando na Igreja de Fátima será recebida a imagem de N.S. de Fátima, transportada desde o Monumento até a Igreja.

Na primeira missa pregará o Bispo de Santa Maria Dom Érico Ferrari. Nos dias 5 e 6 de outubro pregará, nesta cidade, Monsenhor F. Didonet, Bispo eleito de Rio Grande.

Nos dias 8, 9 e 10 de outubro pregará, novamente, Dom Érico Ferrari, Bispo da Diocese de Santa Maria.

A tradicional festa da procissão do Monumento será no dia 10, quando se espera uma grande romaria com a presença de peregrinos da região e, especialmente, das paróquias que vão comprar a futura Diocese de Cruz Alta já devidamente criada, aguardando oportunidade para a sua instalação.

Diversas paróquias vão cooperar ativamente com a festa de Fátima.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 5 de setembro de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

 

Festa de Fátima começa com novena dia primeiro

 

A Festa de Fátima começa dia primeiro, com o início da novena que se estende até o dia 9 de outubro. Este ano, nos últimos três dias, estará em Cruz Alta, Dom Érico Ferrari, Bispo da Diocese de Santa Maria, para fazer pregações, bem como no próprio dia da procissão ao Monumento.

Como de praxe, sai a procissão da Igreja N.S. de Fátima, levando a Imagem de N.S. até o Monumento.

Naturalmente, que precisam ser feitas algumas pequenas obras para melhorar o logradouro, destinado a receber milhares de peregrinos.

Dentro da programação está prevista a vinda do Bispo de Rio Grande, Dom Didonet, que fará algumas pregações no transcurso da novena.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 28 de setembro de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Movimento Geral da Festa de Fátima de 1971

 Resultados por Novena:

1ª Noite – Genesio Lazzari Cr$ 5.336,67

2ª Noite – Arlindo Passinatto Cr$ 7.725,14

3ª Noite – Colégio SS. Trindade Cr$ 8.452,89

4ª Noite – Argemiro Stefanello Cr$ 5.877,48

5ª Noite – Regional Máq. Agr. Ltda Cr$ 7.472,91

6ª Noite – AABB Cr$ 579,00

7ª Noite – Licildo Giacomini Cr$ 7.472,91

8ª Noite – Amantino Quinzani Cr$ 10.308,97

9ª Noite – Alcides Nicolodi Cr$ 9.801,92

Total das Novenas Cr$ 62.868,90

Apuração das Raínhas Cr$ 18.190,00

Total das Bebidas

Lese Cr$ 1.046,62

R.J.Müller Cr$ 944,00

Bilibio Cr$ 502,70

Oferta das Paróquias Cr$ 3.100,00

Donativos Cr$ 3.955,00

Total Geral da Festa Cr$ 90.610,32

Nota: A renda verificada pela venda do churrasco foi de Cr$ 14.385,00, a qual foi distribuída entre os noveneiros. Informa ainda a comissão que foi apurada uma despesa de Cr$ 9.070,81 para o bom êxito da festa. Esclarece, também, que foi pago a Serra Construções a importância de Cr$ 50.000,00 e os Cr$ 30.000,00 restantes serão pagos em janeiro, conforme contrato.

Os festeiros Oswaldo Teixeira e esposa e Mario Lese e esposa vem, agora em público, agradecer a todos eu de uma forma ou outra, cooperaram para o ótimo resultado da festa.

O dinheiro apurado (líquido) será aplicado integralmente em benefício da nova Diocese, para custear as despesas da residência do primeiro Bispo de Cruz Alta.

No ano vindouro, toda a verba da festa será aplicada no próprio monumento, que poderá embelezar aquele logradouro, objeto de tantas peregrinações.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 27 de outubro de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

  

Dom Frederico Didonet está em Cruz Alta

Pela primeira vez depois de ser sagrado Bispo, veio a Cruz Alta Dom Frederico Didonet, que como Monsenhor aqui residiu durante dois anos e meio. Veio participar da Festa de Fátima, tendo feito a pregação nas noites de anteontem e ontem, sendo homenageado ontem ao meio-dia com um almoço, com a participação de quase uma centena de amigos.

Adaptou-se perfeitamente à cidade de Rio Grande, mas não esquece Cruz Alta.

Quando o repórter encontrou o Bispo de Rio Grande, Dom Frederico Didonet, em Cruz Alta, é evidente que houve algumas perguntas, às quais o prelado respondeu com toda a solicitude. Inicialmente solicitamos que dissesse como recebeu sua nomeação como Bispo de Rio Grande:

– Convidado pela segunda vez, para ser Bispo, não pode rejeitar. O novo convite formulado pelo Núncio Apostólico, desta vez através do telefone, constituía-se praticamente numa ordem. Diante pois da insistência da Nunciatura, com confiança no povo de Rio Grande e, principalmente, baseado na confiança em Deus, pensando acima de tudo em servir. Mas jamais pensei em ter um acolhimento como o tributado pelo povo rio-grandino. A instalação da Diocese e a posse, foram realizadas no Ginásio do Atlético Clube Ipiranga com lotação completa, isto é, cerca de 3 mil pessoas e quase todos os bispos gaúchos, além de amigos de vários municípios, inclusive de Cruz Alta.

Perguntado se se adaptou perfeitamente na nossa missão e nova sede, frisou:

– Há uma diferença topográfica entre Rio Grande e Cruz Alta. A primeira é uma cidade plana, a outra está no Planalto Médio, com outra paisagem. Estava acostumado com a serra, mas dei-me bem com o litoral. Não esqueço, porém, Cruz Alta e sua gente. Integrei-me em minhas novas funções, já tendo nos 22 dias em que ocupo o cargo de Bispo, visitado toda a Diocese, constituída de 14 paróquias, 10 na cidade e 4 no interior. Aliás, uma das paróquias situada em Mostardas, visitei de Teco-Teco numa gentileza do Aeroclube local. A cidade fica distante 20km, com estradas ruins e se fosse viajar de ônibus levaria quase um dia todo. De avião a viagem durou 1h15min.

A conversa estava boa. O repórter preferia continuá-la, mas o Bispo preparava-se para a pregação da noite de ontem. Não dispunha de mais tempo. Ao encerrar a pequena entrevista o Bispo de Rio Grande disse:

– Desejo enviar a minha saudação ao povo de Cruz Alta, que sempre lembro e a quem agradeço mais uma vez todas as atenções recebidas. Voltarei aqui no domingo, para o encerramento e a grande Romaria de Fátima.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 6 de outubro de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

  

 

 

 

 

Prefeitura concede o título de “Cidadão Honorário Cruz-altense” a sua excelência reverendíssima, Dom Frederico Didonet, Bispo Diocesano de Rio Grande

O prefeito Carlos Gomes Nunes no momento em que fazia a entrega do Título a Dom Didonet

O Dr. Antonio Carlos Gomes Nunes, Prefeito Municipal de Cruz Alta, usando das suas atribuições que lhes são conferidas pela legislação em vigor, considerando que Sua Excelência Reverendíssima Dom Frederico Didonet, durante mais de dois anos exerceu as funções de Vigário Episcopal nesta cidade, no trabalho de preparação para a criação da Diocese; considerando que com sua nobre e dedicada atividade, a par de outros benefícios, colaborou decisivamente para implantar em nossa comunidade um ambiente de fraterna união, incentivando a todos no cumprimento de seus deveres e responsabilidades em todos os setores, perante Deus e os homens; considerando que os frutos de seu trabalho ficarão indelevelmente marcados no seio de nossa comunidade; considerando que a Egrégia Câmara Municipal de Vereadores, pela unanimidade de seus membros, solicitou que seja conferido a Dom Frederico Didonet o título de Cidadão Cruz-altense Honorário; Considerando que o Poder Executivo e a própria comunidade cruz-altense desejam expressar a sua homenagem e gratidão ao nobre e destacado Bispo; Considerando que a Lei Orgânica Municipal atribui ao Prefeito a competência para conceder títulos honoríficos, resolve conceder o título de “Cidadão Cruz-altense Honorário” a Sua Excelência Reverendíssima, Dom Frederico Didonet, pelos relevantes serviços prestados à comunidade cruz-altense.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 9 de outubro de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Resultado geral da apuração final do Concurso da Rainha de Nossa Senhora de Fátima

Foto de João Mario mostra a garota Adriane de Vit logo após ter sido coroada Rainha de Fátima

1º lugar – Adriane de Vit Lunardi, 9.850 votos.

2º lugar – Ana Facco, 8.100 votos.

3º lugar – Miriam cardoso, 6.688 votos.

4º lugar – Maria Cristina Pombo, 6.600 votos.

5º lugar – Angelita Franco, 2.124.

6º lugar – Adriana Lenuzza, 1.723 votos.

7º lugar – Leonora Isabel Dall Forno, 1.040 votos.

8º lugar – Gabriela Cervler, 674 votos.

9º lugar – Jussara Kischporski, 555 votos.

10º lugar – Marcia Zimmer, 480 votos.

11º lugar – Roselaine Cordeiro, 350 votos.

12º lugar – Josemaris de Fátima Rolim, 126 votos.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 10 de outubro de 1971

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

 

1973

 

 

 

Nota sobre o espaço de tempo entre criação e instalação da Diocese

Um olhar atento de quem não fez parte do início da Diocese de Cruz Alta, vai perceber que há um intervalo que não é normal entre a criação e a instalação da mesma. Por exemplo, Erechim e Rio Grande, que foram criadas na mesma Bula Papal, seguiram os tramites normais e foram instaladas naquele mesmo ano. Cruz Alta chegou a ter a nomeação do seu bispo e inclusive data para sua instalação. Mas devido as circunstâncias que se criaram na época, não foi possível dar esse passo naquele momento. A instalação da Diocese se deu no dia 23 de janeiro de 1973, quando foi ordenado e empossado o primeiro Bispo, Dom Paulo Moretto.

 

 

 

Saudação de Dom Paulo Moretto

Ao povo da Diocese de Cruz Alta

Dom Paulo Moretto

No dia em que, fruto da graça de Deus e de vosso trabalho, torna-se a Diocese de Cruz Alta, como seu bispo e pastor, quero manifestar minha alegria ao contemplar vossa esperança, vossa dedicação e vossa generosidade.

Que o Senhor leve a bom termo a obra começada e vos faça crescer no conhecimento de seu desígnio de salvação na coragem e na perseverança, a fim de que, dando frutos em toda espécie de boas obras, possais em tudo agradar ao Senhor.

Quanto a mim, rendo graças ao Senhor Jesus porque me considerou digno de confiança pondo-me a seu serviço no vosso meio. Com minha benção quero externar minha disposição de ajudar na construção do Reino de Deus na diocese de Cruz Alta.

Núncio recepcionado na Prefeitura

O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Umberto Mozzoni, que desde ontem está em Cruz Alta, foi recepcionado na Prefeitura Municipal. Fez-se acompanhar por Dom Erico Ferrari, Bispo de Santa Maria.

Na oportunidade, improvisou uma bela oração, tecendo elogios a Cruz Alta e agradecimentos ao Prefeito que o recebera à entrada da cidade. O Prefeito Gomes Nunes agradeceu as palavras do Núncio e sua presença, dizendo-se honrado por tão expressiva visita, no epílogo de seu governo.

Assembleia Legislativa vem assistir Deputado Solano Borges, presidente da posse de Dom Paulo Moretto

Além das inúmeras outras autoridades que assistirão a posse do primeiro Bispo de Cruz Alta, aqui também estará o Deputado Solano Borges, presidente da Assembleia Legislativa do Estado.

É provável também a presença do deputado Victor Faccioni, Chefe da Casa Civil do Palácio Piratini, representando o Governador Euclides Triches nas solenidades de posse de Dom Paulo Moretto.

Mensagem ao povo de Cruz Alta

Logo que foi escolhido pela Santa Sé como primeiro bispo de Cruz Alta, Dom Paulo Moretto endereçou a seguinte mensagem, que foi a primeira ao povo de sua diocese:

“É com muita emoção que eu dirijo a palavra pela primeira vez ao povo da Diocese e ao povo de Cruz Alta. Muitos pensamentos me veem à mente e muitas coisas gostaria de dizer. Mas em primeiro lugar quero externar o sentimento mais profundo que é este: desde minha nomeação o povo de Cruz Alta se tornou o ponto central de todas as minhas preocupações da minha vida, do meu coração.

É por isso que quero externar o desejo que tenho de ajudar para que todos possa viver de uma maneira plena a mensagem de Cristo. Sei bem e espero ajudar ao povo de Cruz Alta, mas sei também que para que possa ajudar é necessária a colaboração de todos.

Esta colaboração tenho certeza não faltará. Em primeiro lugar da parte dos padres, porque um bispo que não tem consigo o seu presbitério, os seus padres, ele não pode realizar nada. Da parte dos agentes de pastoral, religiosos e de todo o povo de Deus. Assim como eu posso dizer com simplicidade que todos podem contar comigo, assim espero também esta colaboração para o meu trabalho de compreender, de conhecer e de ajudar”.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Estrutura Material da Diocese de Cruz Alta

 Toda a comunidade católica da nova Diocese de Cruz Alta se sente reconhecida pela colaboração generosa prestada por uma multidão de pessoas e entidades que possibilitou a montagem da estrutura material básica para o bom funcionamento desta igreja local.

Este esforço comunitário possibilitou a construção da residência episcopal, da Secretaria Diocesana de Pastoral e Administração com todas as suas dependências, podendo entrar em funcionamento imediatamente, servindo toda a diocese.

A presente publicação quer ser, tanto um reconhecimento público a estes colaboradores, quanto uma quase prestação de contas. Por este motivo, além da listagem dos nomes dos colaboradores com respectivas contribuições, estaremos dando por alto, globalmente, as despesas de maior vulto.

Além destas contribuições, ressaltamos que houveram outras preciosas colaborações em serviços, sugestões, e outras contribuições materiais que não aparecem nesta publicação; o que não significa que eles não foram importantes e mesmo essenciais.

Outras contribuições estão ainda sendo feitas, que oportunamente serão publicadas com o reconhecimento de todos aqueles a quem estes serviços serão úteis.

Contribuições – Livro Ouro

Pedro Zavagna Cr$ 10 mil; João Durigon Sobrinho Cr$ 5 mil; Cooperativa Tritícola de Produtores Cruz-altenses Ltda Cr$ 2 mil; Alberto Faccin Cr$ mil; Cia Passo Real de Automóveis Cr$ 2 mil; Cruz Alta Industria de Fósforos Cr$ 1.000,00; João Rubin Cr$ 1.000,00; Arno Pereira Cr$ 1.000,00; Adilia Viana Cr$ 1.000,00; Ipiranga S.A. Cr$ 1.000,00; Irmãos Macagnan Cr$ 1.000,00; Veículos Alvorada Ltda Cr$ 1.000,00; Oudinot Lacroix Cr$ 1.000,00; Olga Gomes Cr$ 1.000,00; Unibanco Cr$ 1.500,00; Banco do Brasil S.A. Cr$ 1.000,00; Luciano Furian Cr$ 1.000,00; Jerônimo Rubin Cr$ 1.000,00; Irmãos Bilibio Cr$ 1.000,00; João Cossetin Cr$ 1.000,00; Frederico Stefanello Cr$ 1.000,00; Maria Zenkner Cr$ 1.000,00; Alcides Nicolodi Cr$ 1.000,00; Madeireira Cruzeiro Ltda Cr$ 580,00;  Heitor Silveira Netto Cr$ 500,00; Alberto Plentz Cr$ 500,00; Hélio Werlang Cr$ 500,00; Banco Mercantil de São Paulo Cr$ 500,00; Anselmo Grundwald Cr$ 500,00; Antonio Rosa Gobbo Ltda Cr$ 500,00; Irmãos Teixeira e Cia Ltda Cr$ 500,00; Celeste Batistela Cr$ 500,00; Distribuidora de Petróleo Ijuí Cr$ 500,00; Transportadora de Combustíveis Cr$ 500,00; Ind. De Máquinas Agr.Fuchs S.A. Cr$ 500,00; Nelson Luchese Cr$ 500,00; Comercial Agrícola Cacique Ltda Cr$ 500,00; Thirso Luchese Cr$ 500,00; Buhrer S.A. Cr$ 500,00; Lese Irmão e Cia Ltda Cr$ 500,00; Walter Bisso e Irmãos Cr$ 500,00; Dr. Elio Furian Cr$ 500,00; Benjamin Cancian Cr$ 500,00; Dr. Décio Ardenghi Cr$ 500,00; Arlindo Pazzinato Cr$ 500,00; Luiz Stefanello Rubin Cr$ 300,00; Luiz Furian Cr$ 300,00; Henrique Bergel S.A. Cr$ 300,00; Alberto Furian Cr$ 250,00; Indústria Della Méa Cr$ 250,00; Bos S.A. Cr$ 250,00; Walter João Weis Cr$ 250,00; Amantino Quinzani Cr$ 200,00; José Pedro Lopes Cr$ 200,00; Supermercado Bischoff Cr$ 200,00; Alcíbio Borges Nunes Cr$ 200,00; Dr. Antônio Gomes Nunes Cr$ 200,00; José Rubin de Antônio Cr$ 200,00; João Lorenzoni e Filho Ltda Cr$ 200,00; Kepler S.A. Cr$ 200,00; José Dalmolin Cr$ 150,00; Plínio Cortes Machado Cr$ 150,00; Primo Furian Cr$ 100,00; Irmãos Thomé Ltda Cr$ 100,00; Michaelsen Hass Cia Ltda Cr$ 100,00; Supermercado Scheneider Cr$ 100,00; Hopner S.A. Cr$ 100,00; Rubens Almeida Cr$ 100,00; Dr. Luiz Lima Cr$ 50,00; Benjamin Prevedello Cr$ 50,00; Américo Ceretta e Irmãos Cr$ 30,00; Grazziotin Ltda (máquina de escrever portátil no valor de Cr$ 800,00; Curtume Geiss, tapete de couro no valor de Cr$ 300,00; Michaelsen Hass Cia Ltda, impressão convites no valor de Cr$ 1.000,00.

Paróquias

Ajuricaba Cr$ 2.000,00; Alto Alegre Cr$ 2.000,00; Augusto Pestana Cr$ 2.000,00; Barros Cassal Cr$ 2.000,00; Campos Borges Cr$ 1.500,00; Chapada Cr$ 2.000,00; Espumoso Cr$ 2.000,00; Fortaleza dos Valos Cr$ 2.000,00; Ibirubá Cr$ 2.000,00; Nossa Senhora da Natividade de Ijuí Cr$ 2.000,00; Panambi Cr$ 1.000,00; Pejuçara Cr$ 2.000,00; Salto do Jacuí Cr$ 2.000,00; Santa Bárbara do Sul Cr$ 1.200,00; São Geraldo de Ijuí Cr$ 2.000,00; São Pedro do Pontão Cr$ 2.000,00; e Tunas Cr$ 2.000,00.

As paróquias do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Fátima de Cruz Alta foram isentas desta importância em virtude de terem sido feitas contribuições através do Livro Ouro nesta cidade e por ter sido toda a festa do Monumento de Fátima de 1971 e trinta por cento da mesma festa de 72 destinada para a instalação da Diocese.

Comunidades religiosas

 Hospital Annes Dias de Ibirubá Cr$ 200,00; Administração e Irmãs do Hospital Santa Lúcia de Cruz Alta Cr$ 726,00; Hospital de Caridade de Ijuí Cr$ 150,00; Escola Normal Sagrado Coração de Jesus de Ijuí Cr$ 150,00; Instituto Rural Assis Brasil de Ijuí Cr$ 130,00; Escola São Antonio de Pejuçara Cr$ 250,00; Comunidade das Irmãs de Ajuricaba Cr$ 100,00; Escola Santa Terezinha de Ibirubá Cr$ 100,00; Escola São Luiz de Espumoso Cr$ 200,00; Hospital São José de Chapada Cr$ 150,00; Internato São José de Chapada Cr$ 150,00; Asilo Santo Antônio de Cruz Alta Cr$ 90,00; Instituto Nossa Senhora Medianeira de Soledade Cr$ 154,50; Colégio Santíssima Trindade de Cruz Alta Cr$ 2.753,29; Convento São Geraldo de Ijuí Cr$ 150,00.

Associações religiosas e outros

Senhoras do Apostolado da Oração Cr$ 260,00; Membros da legião de Maria Cr$ 413,00; Dona Clélia Cain S. Neto e outras senhoras Cr$ 250,00.

Outros recursos

A Diocese recebeu valiosa contribuição num montante de Cr$ 27.091,14 dos católicos alemães através do “Adveniat”. Por parte da Diocese de Santa Maria, igualmente recebemos avultada contribuição, pois as taxas diocesanas dos dois últimos anos correspondentes às vinte e cinco paróquias desta região foram cedidas para a instalação da Diocese de Cruz Alta.

Ideia global de despesas mais avultadas

A residência episcopal incluídos muros e calçamento somou uma despesa para a Diocese de Cr$ 170.000,00. Foram gastos aproximadamente Cr$ 65.000,00 com mobiliamento completo da residência episcopal, carro Volkswagen TL para o uso do Sr. Bispo, instalação e mobiliamento do Secretariado Diocesano de Pastoral e Administração.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Organização Pastoral da Diocese

 O Serviço pastoral se divide atualmente em 13 setores de atendimento, procurando abranger toda a amplitude da vida humana. Cada setor deveria dispor de um grupo de pessoas preparadas e dedicadas; desenvolvendo um trabalho planejado e inteligente. A atual situação da região da nova Diocese de Cruz Alta tem em funcionamento os seguintes setores de pastoral:

Setor de Catequese, tendo como coordenadora e responsável a Irm. Elizabeth; o setor de Liturgia sendo coordenado pelo Padre Lino Cherubini; o setor de Educação sob a coordenação do Frei Osório Marques; setor das Religiosas sob a coordenação da Ir. Araci Goether; o setor de Saúde, sob a coordenação da Irmã Amélia e o setor das Vocações sob a coordenação do Pe. Domigos Vercelino que trabalha também neste setor, na Diocese de Santa Maria.

Todo este trabalho Pastoral está sendo coordenado pelo Pe. José Jungblut, também responsável pela preparação e instalação da nova Diocese de Cruz Alta.

As divisões territoriais para o bom funcionamento desta pastoral são chamadas Decanatos. São quatro os Decanatos desta região: Cruz Alta, Ijuí, Ibirubá e Soledade. Estes Decanatos reúnem as Paróquias circunvizinhas.

Possui também a nova Diocese um setor que não sendo de pastoral é também importante para que a pastoral possa funcionar. Se trata do setor de administração. Atualmente este setor está sendo coordenado e dirigido pela Comissão Pró-Diocese. Após a posse do primeiro Bispo será criada uma Comissão especial e permanente para os serviços de administração da Diocese.

Existe também o setor de Economia da Diocese, atualmente tendo como responsável o Padre Cirilo Basso. O Concílio Vaticano II prevê a criação em todas as Dioceses de dois organismos de importância vital. Se trata do Conselho Presbiteral e do Conselho de Pastoral.

O Conselho Presbiterial é composto pelo Bispo e representantes do Clero, eleitos, o qual tem por finalidade o governo da Diocese, enquanto que o Conselho de Pastoral, composto pelo Bispo, Padres, Religiosos e Leigos, tem por finalidade planejar e realizar a presença vida do Evangelho em toda a região e em todos os setores da atividade humana.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

 

Territórios e limites da Nova Diocese de Cruz Alta

 Os territórios oficiais da nova Diocese são todos desmembrados da Diocese de Santa Maria. Fazem parte desta diocese os municípios de Cruz Alta, Ijuí, Condor, Panambi, Ajuricaba, Santa Bárbara do Sul, Ibirubá, Soledade, Espumoso, Barros Cassal, Fontoura Xavier, Augusto Pestana, Pejuçara – Chapada.

Além destes municípios estão incluídos por outros motivos os distritos civis de Vila Joia do município de Tupanciretã, o distrito de Itaúba do município de Arroio do Tigre, o distrito de Maurício Cardoso do município de Arvorezinha.

Estes municípios e distritos cobrem uma área de 15.386 km2. Os limites da nova diocese são estes:

Ao NORTE iniciam com as divisas dos municípios de Soledade, Espumoso, Ibirubá, Santa Bárbara do Sul, Chapada, unindo-se rumo a oeste novamente ao município de Santa Bárbara do Sul, por suas divisas e as dos municípios de Condor e Ajuricaba e daí descendo a OESTE pelas divisas dos municípios de Ijuí, Augusto Pestana e os limites civis do Distrito do município de Tupanciretã, denominado Vila Joia (Paróquia de São Pedro do Pontão), até atingir as divisas do município de Cruz Alta descendo por esses, ao SUL até os limites civis do Distrito denominado Itaúba, do município de Arroio do Tigre (Paróquia do Salto do Jacuí), e por esses até as divisas do município de Espumoso e daí pelas divisas dos municípios de Soledade, Barros Cassal, Fontoura Xavier, subindo pelas divisas deste município a LESTE até encontrar novamente as divisas do município de Soledade, até os limites civis do Distrito denominado de Maurício Cardoso do município de Arvorezinha (paróquias de Maurício Cardoso e Nova Alvorada), daí novamente até encontrar os limites do município de Soledade, ponto de início ao norte.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

  

Paróquias e Capelas da Nova Diocese

 A nova Diocese de Cruz Alta irá contar com 26 paróquias e todas elas com número significativo de capelas e locais de reunião e culto. Apenas duas paróquias são de criação mais antiga; todas as outras são criação recente e, portanto, dispõe de pouca história. Como tudo o que é novo, também a vida e organização religiosa da maioria das paróquias está a busca de sempre melhores caminhos com um dinamismo muito grande e promissor.

Elenco das paróquias da nova Diocese – 26 Paróquias com 282 capelas

  • Divino Espírito Santo de Cruz Alta, criada em 24/10/1832, Capela 14
  • Nossa Senhora de Fátima de Cruz Alta, criada em 24/04/1952, Capela 6
  • Nossa Senhora da Natividade de Ijuí, criada em 19/01/1896, Capela 17
  • São Geraldo Magela de Ijuí, criada em 17/02/1952, Capela 9.
  • São José, em Chapada, criada em 09/04/1939, Capela 12
  • São José em Pejuçara, criada em 17/03/1934, Capela 10
  • Nossa Senhora de Lourdes em Ibirubá, criada em 24/12/1928, Capela 10
  • Santa Bárbara em Santa Bárbara, criada em 23/01/1953, Capela 17
  • São Pedro Apóstolo em Ajuricaba, criada em 05/03/1919, Capela 19
  • São João Batista em Panambi, criada em 02/02/1952, Capela 14
  • São Jorge em Espumoso, criada 06/05/1932, Capela 18
  • São Pedro Apóstolo em Fortaleza dos Valos, criada em 29/06/1966, Capela 7
  • São José de Augusto Pestana, criada em 09/03/1922, Capela 9
  • São Pedro Apóstolo em Pontão, criada em 04/04/1938, Capela 7
  • Nossa Senhora Navegantes em Salto do Jacuí, criada em 20/10/1968, Capela 6
  • São Sebastião em Campos Borges, criada em 24/021959, Capela 7
  • Nossa Senhora da Saúde em Sede Aurora, criada em 21/04/1939, Capela 5
  • São Marcos de Alto Alegre, criada em 24/02/1959, Capela 11
  • Nossa Senhora da Soledade em Soledade, criada em 14/01/1857, Capela 10
  • Nossa Senhora Aparecida em Ibirapuitã, criada em 22/02/1962, Capela 15
  • Nossa Senhora da Conceição em Tunas, criada em 08/12/1959, Capela 12
  • São Miguel em Maurício Cardoso, criada em 17/02/1917, Capela 7
  • Nossa Senhora Medianeira em Barros Cassal, criada em 13/05/1953, Capela 8
  • Nossa Senhora de Lourdes em Nova Alvorada, criada em 02/02/1960, Capela 8
  • Santa Teresinha em Fontoura Xavier, criada em 29/01/1964, Capela 18
  • Nossa Senhora do Rosário em São José do Herval, criada em 29/08/1947, Capela 6.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

  

 

 

 

 

Obras e Associações Católicas da Nova Diocese

 A nova Diocese de Cruz Alta deverá animar e aperfeiçoar os trabalhos e serviços prestados por elementos cristãos, associações e congregações religiosas nas diversas localidades de sua jurisdição.

O serviço ao povo é uma das características distintivas daqueles que querem ser verdadeiramente cristãos. Além destes serviços organizados que abaixo transcrevemos há, sem dúvida, inúmeros outros serviços prestados com dedicação, persistência e autenticidade pelos cristãos da região. Tudo o que é verdadeiramente humano deve ser considerado verdadeiramente cristão.

Obras Católicas – Escolas religiosas

Em Cruz Alta – Escola Normal Santíssima Trindade, das Irmãs Franciscanas da Penitência e da Caridade Cristã, desde 1914. Alunos: 1.360. Propriedade da Congregação.

Em Ijuí – Escola Normal S. Coração de Jesus das Filhas do S. Coração de Jesus. Desde 1934. É propriedade da Congregação. Alunas: 661.

Instituto Municipal de Educação Rural Assis Brasil, atendendo no setor feminino pelas Filhas do Amor Divino, desde 1958, com 8 religiosas. O instituto tem 504 alunos e é propriedade da Prefeitura de Ijuí.

Em soledade – Instituto Nossa Senhora Medianeira, das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida desde 1964. Da mesa congregação com 5 religiosas. Atendem 150 alunos.

Em Chapada – Internato São José, propriedade das Irmãs de Nossa Senhora, comunidade instalada em 1938, hoje com 8 religiosas que atendem o Grupo Escolar e Escola Normal do Estado, atingindo 618 alunos.

Em Espumoso – Escola São Luiz das Irmãs de Nossa Senhora, desde 1953. Hoje com 8 religiosas atendendo 309 alunos.

Em Ibirubá – Escola Paroquial Santa Terezinha, pelas Irmãs de Nossa Senhora desde 1935. Hoje com 11 religiosas atendendo 410 alunos.

Em Pejuçara – Escola Santo Antônio, propriedade das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, desde 1937. Com 5 religiosas atendendo 110 alunos.

Em Panambi – Colégio Normal Nossa Senhora de Fátima, propriedade das Irmãs do Instituto das Filhas de Maria Religiosas das Escolas Pias, desde 1965. Com 5 religiosas atendendo 162 alunos.

Hospitais

Em Cruz Alta – Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, pertence a uma Associação Civil atendendo desde 1927 por religiosas. Hoje as Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, com 6 religiosas, 108 leitos.

Hospital Nossa Senhora de Fátima, entidade particular, atendido pelas Irmãs do Divino Salvador, com 5 religiosas, 46 leitos. As irmãs atendem desde 1956.

Hospital Santa Lúcia, particular. Atendido pelas Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã, desde 1943. Hoje com 9 religiosas, 50 leitos.

Em Ijuí – Associação Hospitalar de Caridade, de entidade civil, atendido pelas Irmãs Filhas do S. Coração de Jesus desde 1940, hoje com 14 religiosas, 140 leitos.

Em Espumoso – Hospital São Sebastião, das Irmãs de Nossa Senhora desde 1948, hoje com 9 religiosas, 100 leitos.

Em Chapada – Hospital São José das Irmãs de Nossa Senhora desde 1956, hoje atendido por 4 religiosas, 30 leitos.

Em Ibirubá – Hospital Beneficente Professor Annes Dias, atendido desde 1960 pelas Irmãs de Nossa Senhora. Hoje com 5 religiosas e 30 leitos.

Em Santa Bárbara – Hospital Santa Bárbara Beneficente, entidade civil atendido pelas Irmãs do Instituto de Maria SSma. Do Horto, desde 1967. Hoje com 4 religiosas e 11 leitos.

Em Barros Cassal – Hospital de Caridade Nossa Senhora de Fátima, pelas Irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano. Hoje com 4 religiosas e 50 leitos.

Conventos

Em Cruz Alta – Asilo Santo Antônio da Sociedade Vicentina, atendido pelas Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora desde 1929. Hoje com 5 religiosas, atende 71 anciãos. É asilo de velhice.

Lar da Menina Nossa Senhora Medianeira, anexa à casa anterior (Asilo), atendido pelas mesmas religiosas. Atende meninas desamparadas (38) desde 1967. Trabalham na obra 2 religiosas.

Creche, com 20 leitos, anexa à mesma obra anterior.

Ensino Superior

Em Ijuí – A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí, antigamente dos PP. Freis Capuchinhos, com aproximadamente 600 alunos. Hoje é propriedade e dirigida por uma Fundação denominada Fidene. Todavia, os Padres Capuchinhos ainda formam grande parte do Corpo Docente. Está situada ao lado do Convento São Geraldo.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Aqui vai morar nosso Bispo

Fica claro na doutrina do Concílio Vaticano II que o Clero, juntamente com os batizados perfazem a Igreja, povo de Deus. Se o Clero isolado não constitui a Igreja, também os batizados sem seus presbíteros não constituem uma comunidade cristã completa.

Os sacerdotes que servem o Povo de Deus nesta região são os seguintes:

Na Paróquia do Divino Espírito Santo, os padres José Giuliani e Artur Soldera; na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Cruz Alta, o padre Lino Cherubini; na Paróquia Nossa Senhora da Natividade em Ijuí, os padres Stanislaw Herba e José Poswa; na Paróquia de São Geraldo em Ijuí, os freis Clemente Dotti e Hermínio Bordignon; na Faculdade de Filosofia de Ijuí os freis Mário Marques, Adão Urbano Koskoski, Alcides Lucion, Sotero Dotti, Danilo Lazzarotto e Adelino Massarolo; na Paróquia de São José da Chapada, o padre Waldemar Engster; na Paróquia de São José de Pejuçara, o padre Pedro Rubin; na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes de Ibirubá, o frei Otávio Schnorrenberger; na Paróquia de Santa Bárbara, os freis Henrique e Guilherme; na Paróquia de São Pedro Apóstolo de Ajuricaba, o padre Severino Zanatta; na Paróquia de São José de Augusto Pestana, os padres Vicente Pillon e Agostinho Michelotti, na Paróquia de São Pedro Apóstolo de Pontão, o padre Afonso Rossatto; na Paróquia de São João Batista de Panambi, os freis Leonardo Braun e José Frey; na Paróquia de São Jorge de Espumoso, o padre Wunibaldo Reckziegel; na Paróquia de São Pedro Apóstolo de Fortaleza dos Valos, o padre Antonio Marco Fabris; na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes do Salto do Jacuí, o padre Guido Ghesti; na Paróquia de São Sebastião de Campos Borges, o padre Juliano Noal; na Paróquia de São Marco de Alto Alegre, o padre João Wickert; na Paróquia de Nossa Senhora de Soledade, os freis Valdemar Verdi, Efraim Sperandio, Germano Miorando, Abilio Rossi; na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida de Ibirapuitã, o frei Nicásio Nuraro; na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Tunas, o padre Ludovico Albech; na Paróquia de São Miguel de Maurício Cardoso, o frei Batista Boschetti; na Paróquia de Nossa Senhora Medianeira de Barros Cassal, o frei José Dancelli; na Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes de Nova Alvorada, o frei Artêmio; na Paróquia de Santa Terezinha de Fontoura Xavier, o frei Marcos Fachinelli; na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de São José do Erval, o frei Francisco Polentês.

Além destes trabalham na Secretaria Diocesana de Pastoral e Administração os padres José Jungblut, Cirilo Basso e Euclides Redin. No Setor Vocacional está o padre Domingos Vercelino. Faz parte também do clero da diocese o padre Jerônimo Martini que se encontra com licença para tratamento de saúde.

Esperamos que o povo desta região possa sempre contar com a disponibilidade e solidariedade deste grupo de homens que tem como dinâmica de suas vidas o serviço aos irmãos.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

  

 

Momentos marcantes na vida de Dom Paulo Moretto

Primeiro aniversário, brincando com o pai

Primeira comunhão

Em Roma com sua mãe, véspera da ordenação sacerdotal 1961

Primeiro ano de Seminário

Com os familiares após a primeira missa

Recebendo ordens menores

Primeira missa solene

 

Dados Biográficos

Paulo Moretto, irmão mais velho dos oito filhos do casal Isidoro Domingos Moretto e Paulina Soldatelli Moretto. Seu pai nasceu em Caxias do Sul a 4 de setembro de 1910. Casou a 24 de novembro de 1934. Profissão Contabilista. Foi ministro extraordinário da Eucaristia desde 2 de maio de 1970. Pertenceu às equipes de Nossa Senhora. Foi coordenador de cursos para noivos, juntamente com a sua esposa. Na vida civil participou intensamente social e politicamente, chegando a ser vice-prefeito, em cuja oportunidade chegou a assumir internamente a prefeitura municipal de Caxias.

Paulina Soldatelli, natural de São Marcos, veio de uma família de 12 irmãos. Foi professora do primário; dedica-se hoje aos afazeres domésticos e dedica-se com grande generosidade a atividades apostólicas.

Dois oito irmãos, quatro homens e quatro mulheres, apenas Paulo consagrou-se à vida religiosa.

A família de Dom Paulo Moretto sempre morou em Caxias do Sul.

Dom Paulo Moretto nasceu aos 25 de maio de 1936, em Caxias do Sul. Fez o curso ginasial e colegial no seminário menor de Caxias do Sul. Cursou as faculdades de Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma nos anos de 1954 a 61. A 2 de julho de 1961, em Roma, recebeu ordenação sacerdotal.

Exerceu o ministério religioso como vigário cooperador na Paróquia de São Francisco de Paula e coo reitor do Seminário de Nossa Senhora Aparecida de Caxias do Sul.

Desde 1966 o novo bispo leciona no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição de Viamão, onde foi assistente dos alunos, vice-reitor, e desde 1970 exerce o cargo de reitor do mesmo seminário. É também professor de História da Igreja no Instituto de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre.

No dia primeiro de dezembro de 1972 foi nomeado bispo de Cruz Alta pelo Papa Paulo VI.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Este é o Delegado do Bispo para a organização de nossa Diocese

Padre José Jungblut

O padre José Jungblut nasceu aos 11 de abril de 1934 em Santa Cruz do Sul, vindo de uma família modesta, dedicada ao cultivo da terra.

Fez seus estudos ginasiais e clássicos no Seminário Menor São José, em Santa Maria. No Seminário Maior de Viamão fez os estudos superiores. Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Imaculada Conceição de Viamão, com complementação na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre.

Fez seu curso superior de Teologia no Seminário maior de Viamão, concluído no ano de 1960. Foi ordenado sacerdote aos 3 de julho de 1960 na Igreja Catedral de Santa Maria.

No início do ano de 1961 assumiu o trabalho em Frederico Westphalen como Vigário Cooperador, aí permanecendo até agosto desse ano.

De agosto de 1961 até fins de 1965 foi Vigário Cooperador na cidade de Sobradinho. Nesta mesma cidade se dedicou ao magistério, sendo criador da “Escola Normal Pio X”, assumindo sua direção durante todo o tempo e que lá permaneceu.

Início de 66 assumiu a Paróquia da Natividade de Ijuí. Como Vigário lá permanecendo até março de 1972. Na cidade de Ijuí exerceu também o magistério em diversas Escolas – foi grande incentivador da catequese. Assumiu o cargo de Decano daquela região e eleito membro do Conselho de Presbíteros da diocese de Santa Maria.

Em março de 1972 foi delegado do Bispo de Santa Maria para a futura diocese de Cruz Alta. Nesta função dedicou-se principalmente na formação da consciência de diocese como comunidade comprometida com a história dos homens em todas as suas dimensões.

Teve a incumbência de preparar a instalação da nova diocese, assumindo totalmente esta responsabilidade.

Entrega esta missão como perfeitamente cumprida, no momento em que assume Dom Paulo Moretto.

Ao par disto Padre José foi coordenador diocesano de pastoral para a região de Cruz Alta, desenvolvendo grande atividade com dedicação e eficiência. É merecedor do reconhecimento e da amizade de todos os seus colegas e da comunidade que ele tanto estima e é feliz por vê-la a caminho.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Lema de nosso bispo: “Tudo é graça”

Depois de meditar bastante profundamente, escolhi como lema para minha atividade na Diocese de Cruz Alta, um lema que mais ou menos sempre tive em minha vida é, com as palavras de Santa Tereza: “Tudo é de graça!”

Vou explicar de uma maneira sintética o que sinto e o que está contido nestas palavras “Tudo é de graça” e um verdadeiro programa de vida. Para mim, graça significa “dom de Deus”, significa que todas as oportunidades que nós temos de fazer o bem, tudo aquilo que nós possuímos, a nossa inteligência, a nossa vontade, a nossa capacidade de trabalho, enfim, todas as oportunidades que a vida nos oferece; elas não são fruto do acaso, mas são fruto do amor de Deus para conosco.

Assim seja qual for o trabalho que a gente faz, a atividade que a gente realiza, tudo isto é uma oportunidade que nos é dada por Deus. Assim quando a gente trabalha em casa, quando a gente atende um irmão sempre a gente tem a alegria de saber que foi o amor de Deus que preparou para nós esta oportunidade, esta chance, esta possibilidade. A Graça de Deus faz com que a gente viva alegre e agradecido em atitude de Ação de Graças.

Agradecer-Lhe nosso trabalho, nossa operosidade porque todo bem que nós fazemos não é algo que só permanece neste mundo, mas é dado a Deus. E assim a vida inteira se torna uma vivência diante do olhar de Deus. O mundo inteiro se torna um grande centro onde nós recebemos as graças de Deus e onde também nós recebemos as graças de Deus e onde também nós retribuímos a Deus como nosso trabalho que é nosso sacrifício.

Relembro as palavras do ofertório. Quando tomamos em nossas mãos o pão, que é fruto de tanto trabalho (que é um dom de Deus), fruto da terra e do trabalho do homem, e quando tomamos em nossa mão o cálice com vinho que também é fruto de tanto trabalho, fruto da videira, é Deus que nos dá os seus frutos todos em forma de semente para que nós possamos desenvolvê-los e assim viver nesta alegria.

Para mim “Tudo é Graça” dá uma visão otimista da vida. Não no sentido de que tudo seja bom neste mundo. Existem muitas coisas que são más, que são tristes, que devem ser vencidas. Se é verdade que nem tudo é bom, é verdade também que no coração do homem, na inteligência humana, na esperança que Deus pôs no nosso coração, neste fogo que ele acendeu dentro de nós, encontramos uma força renovada para vencer todos os obstáculos e para transformá-los. Assim também a cruz e aquilo que existe de triste na nossa vida, ele serve para nosso crescimento, para crescimento de nossa fraternidade.

Foi esta uma síntese de todos os aspectos do que penso que é “Tudo é Graça” e também a missão do bispo. De não transformar a vida de ninguém, as fazer com que todos saibam encontrar naquela vida cotidiana a beleza de ser amado por Deus, a consciência de que Deus nos cerca com seu amor e com seus dons, a cerca de que a nossa vida é útil não só para nós, mas para nossos irmãos e para Deus.

Se devesse fazer um pedido, faço o pedido para que minha ordenação episcopal aqui em Cruz Alta seja feita num espírito de Fé, de simplicidade num espírito de oração. Que sejamos esclarecidos, que nós recebamos com simplicidade também esta graça de Deus que é um bispo. Uma graça pobre, mas que não deixa de ser um sinal do amor de Deus para conosco da solicitude de Deus em nosso favor. Fico agradecido a todos.

Dom Paulo Moretto

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, suplemento especial de 28 de janeiro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

   

 

 

Ordenado e empossado Dom Paulo Moretto

Primeiro Bispo de Cruz Alta

A divisão da Igreja em Dioceses e Paróquias é um fato tradicional e tem por finalidade melhor atendimento, organização e apoio ao povo cristão, na missão de testemunhar ao mundo as esperanças do Evangelho. Dentro desse princípio, apresentou o Clero da região a 5 de maio de 1968, estudo aos Bispos acerca das possibilidades e necessidades da criação desta nova-Diocese.

Em 1º de janeiro de 1969 surtia efeito os estudos anteriormente encaminhados e era criado o Vicariato Episcopal de Cruz Alta, o qual logo iniciou suas atividades efetivas, visando em situações objetivas oferecer um atendimento específico à criação da Diocese. Este Vicariato foi oficialmente instalado em 2 de fevereiro de 1969.

No entanto, depois de muitas reflexões e contatos preliminares, somente a partir de julho de 1969 iniciaram-se os primeiros passos para a criação da nova Diocese, quando Dom Luis V. Sartori, então Bispo de Santa Maria, propôs a criação da Diocese de Cruz Alta, na Conferência Geral Regional dos Bispos, efetivada em Viamão, medida esta plenamente ratificada em Assembleia Geral do Episcopado da Província em 31 de março de 1970. Com a decisão, o território desta Diocese sofreria o desmembramento total da Diocese de Santa Maria.

Cruz Alta sede

Vários foram os fatores que influíram decisivamente para que Cruz Alta fosse a escolhida como sede da nova Diocese. Indiscutivelmente que um dos principais fatores é tratar-se do município de um antigo núcleo civil e religioso da região e por deter também a Paróquia mais antiga, abrangendo à época de sua criação, territórios que atualmente formam Diocese autônomas como Santo Ângelo e Frederico Westphalen. Ainda é Cruz Alta o centro urbano mais populoso de toda a região e situado numa posição geográfica privilegiada, contando com comunicações rodoferroviárias para todos os municípios da região. E, finalmente, detentora de todos os recursos e requisitos exigidos para o ótimo funcionamento de uma Sede Diocesana.

A Diocese tem como Catedral a Matriz do Divino Espírito Santo, cuja localização e amplitude se prestam excelentemente para tal fim. Esta cidade congrega maior número de serviços e entidades católicas, como colégios, hospitais, asilos e convento.

Comissão pró-Bispado de Cruz Alta

A Comissão constituída em Cruz Alta pró-Bispado esteve integrada de figuras representativas da comunidade, contando ainda com a colaboração dos próprios religiosos, entre os quais o Pe. José Jungblut, Delegado do Bispo; João Durigon Sobrinho, Presidente; Américo Macagnan, Flodoaldo Cruz Netto, Heitor Silveira Netto, Pedro Paulo Sanfelice, Alberto Plentz, Nilo Schroeder, Oudinot Lacroix, Mário Lese, Pe. José Giuliani, Pe. Lino Cherubini e Pe. Cirilo Basso, Tesoureiro.

O Primeiro Bispo: Dom Paulo Moretto

O Papa Paulo VI, no dia 1º de dezembro de 1972 nomeou Bispo de Cruz Alta Dom Paulo Moretto, até então professor no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição de Viamão.

Dom Paulo Moretto, nasceu a 25 de maio de 1936, em Caxias do Sul, onde fez o curso ginasial e colegial no Seminário menor local. Posteriormente, cursou as faculdades de Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma nos anos de 1954 – 1961 e em 2 de julho de 1961, recebeu em Roma a ordenação sacerdotal. Exerceu o ministério religioso como Vigário Cooperador na Paróquia de São Francisco de Paula e como Reitor do Seminário de Nossa Senhora Aparecida, de Caxias do Sul.

Em 1966 passou a lecionar no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição de Viamão, onde foi assistente dos alunos, Vice-Reitor e em 1970 passou a exercer o cargo de Reitor do mesmo Seminário. Foi também professor de História da Igreja do Instituto de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. É filho de Paulo Moretto, natural de Caxias do Sul e de Dona Paulina Soldatelli, natural de São Marcos. Seus pais sempre residiram em Caxias do Sul.

A Posse de Paulo Moretto

A Ordenação e Posse do 1º Bispo de Cruz Alta, Dom Paulo Moretto aconteceu a 28 de janeiro do ano corrente, na Catedral do Divino Espírito Santo, solenidade presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil Dom Umberto Mozzoni e com a presença do Cardeal Dom Vicente Scherer, Arcebispo de Porto Alegre, Dom Benedito Zorzi, Bispo de Caxias do Sul, Dom Érico Ferrari (recentemente falecido), Bispo de Santa Maria.

Além destas autoridades eclesiásticas, fizeram-se presentes autoridades civis e militares de Cruz Alta e da região, assim como os Dep. Victor Faccioni e Solano Borges.

A solenidade de posse do novo Bispo foi revestida da mais alta significação e grandiosidade, recebendo Dom Paulo Moretto na oportunidade de sua posse e sagração, as mais justas demonstrações de carinho e apreço da comunidade católica que superlotou a Catedral local.

A celebração, iniciada às 9h, teve como primeiro ato a saudação ao presbítero Paulo Moretto pelo professor Roque Gelatti, em nome do povo desta região. O orador destacou a satisfação que invadia a todos quando participando dum momento tão auspicioso para a região frisou que a presença do Bispo e a instalação de uma nova entidade regional seria um estímulo a mais na luta de todos para um desenvolvimento integrado, total e para todos uma luta pela justiça, pela liberdade e dignidade humanas.

Após, teve início a celebração litúrgica da ordenação episcopal, seguindo um ritual durante o qual todo o povo participou através de cânticos e orações. Após o Evangelho, falou Dom Humberto Mozzoni, Núncio Apostólico, numa mensagem dirigida especialmente ao presbítero que seria ordenado. Foi lida a Bula Christus Dominus do Papa VI, pela qual era instalada a nova Diocese de Cruz Alta, seguindo-se a apresentação pelo Núncio Dom Mozzoni de seu primeiro Bispo na pessoa de Dom Paulo Moretto. A leitura foi concluída com uma viva manifestação  dos presentes, numa vibrante salva de palmas. Dom Paulo Moretto, pela primeira vez, falava ao povo de sua Diocese, manifestando sua satisfação enorme de estar com este povo e o abençoou em nome de Deus.

Por último, falou o Padre José Jungblut, expressando sentimentos e ideias preciosas com grande oportunidade e realismo.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 18 de agosto de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Posse do Bispo Paulo Moretto

– Dia Histórico para Cruz Alta –

 

 Tendo como principal celebrante o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Umberto Mozzoni, foi ordenado e empossado anteontem o primeiro Bispo da Diocese de Cruz Alta, Dom Paulo Moretto.

Atuaram como consagrantes auxiliares o cardeal Vicente Scherer e o Bispo de Santa Maria, Dom Érico Ferrari. A solenidade de sagração e posse foi realizada na Catedral do Divino Espírito Santo, em Cruz Alta, servindo ainda de padrinhos do novo bispo rio-grandense os casais João e Maria Durigon de Cruz Alta, e Hélio e Solange Comandulli, de Caxias do Sul.

A cerimônia começou às 9h, e grande público acorreu ao templo para acompanha-la. No encerramento do solene ato religioso, falaram o prof. Roque Gelatti em nome dos leigos, o padre José Jungblut em nome do clero da Diocese, o Núncio Apostólico Umberto Mozzoni e, por último, o Bispo Dom Paulo Moretto.

Ao meio-dia, no Clube Internacional, daquela cidade serrana, o novo bispo foi homenageado com um almoço, do qual participaram centenas de pessoas. Foi orador oficial, na ocasião, o prefeito de Cruz Alta Antônio Carlos Gomes Nunes.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 18 de agosto de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

  

 

 

Preparando a 22ª Festa de Fátima

– Uma palavra de Dom Paulo Moretto –

 Estamos diante da organização de mais uma Romaria ao Monumento de Fátima em Cruz Alta. Propriamente um mês nos separa da realização da mesma. A opinião pública quer saber de Dom Paulo Moretto sua posição sobre a validade ou não, nos dias de hoje, de tais romarias. Portanto, perguntamos a Dom Paulo Moretto: As romarias são atos cristãos de forma a ser uma tradição dentro da Igreja. Qual o sentido histórico de Romaria?

Dom Paulo: O programa do homem religioso de qualquer credo, é procurar a Deus antes de tudo, num plano espiritual. É evidente que o homem, um ser material, externa esta procura de Deus através de gestos materiais num plano físico, visível, pois a criatura humana está vinculada com os sinais. Neste procurar, de quem caminha, de quem sai de casa, de quem vai ao encontro, em cada um de nós pode criar uma atitude interior de vulto, sair de si para buscar a Deus. A palavra romaria significa ir a Roma, originalmente, através de peregrinações, visitas ao lugar dos mártires da Igreja, do Papa, num desejo de ir encontrar a Deus.

Diante de um mundo em constantes transformações, de rupturas aos esquemas tradicionais, ainda é válido a realização de romarias?

Dom Paulo: Muito cuidado é necessário em se falando de romaria. É algo válido, porém há vários riscos. Há descrédito às romarias, porque muitas pessoas não participam com um espírito religioso, e sim mais como viagem de turismo.

Há descrédito igualmente por encontrar-se nos santuários verdadeiros comerciantes, explorando ao máximo, auferindo lucros. Há descrédito também, por muito barulho e espalhafatos, sufocando o espírito religioso dos peregrinos. Há descrédito também devido ao fato de alguns peregrinos terem ideias supersticiosas, julgando que chegarem nestes santuários magicamente recebem as benções dos Santos ou de Nossa Senhora. Mas não existe coisa humana que o homem não possa estragar. Nem por isso elas perdem seu valor.

O cuidado está em conservar o espírito genuíno das peregrinações, das romarias. Creio serem as romarias válidas, correspondendo este desejo de peregrinar a uma aspiração profunda do coração humano. Sendo necessário criar uma atitude interior, para que todo o nosso povo, que vai sair de casa, indo até ao monumento de Fátima, saiba partir do sentido de mais ele mesmo, saindo do rotineiro, do cotidiano, livre de convenções.

A peregrinação sendo uma viagem tem o sentido de Libertação. Para libertar o cristão do seu espírito rotineiro. O peregrino é aquele que sai do rotineiro, liberta-se do cotidiano, indo ao encontro de Deus. O peregrino é aquele que se purifica, expondo-se ao cansaço, viajando, numa atitude de penitência, de renúncia.

As peregrinações não são atos de oração individual, mas um ato de uma vivência comunitária. Os peregrinos constituem uma comunidade coesa. Manifesta-se o amor fraterno numa romaria, embora haja diversidades, a gente se sente irmão.

Para que a 22ª Romaria de Fátima seja frutuosa, é necessário que ela desperte o espírito de oração. Por isso cada romeiro, cada peregrino, deve se interrogar: o que quero, o que busco, o que me trouxe até aqui? Em síntese, devemos aprofundar e valorizar a atitude que não é só dos cruz-altenses, de amor tão grande a este encontro a esta romaria, a este monumento de Fátima que é querido a todos nós. Muitos já trabalharam ao longo dos anos, criando esta consciência no valor de um ato comunitário, manifestando de forma pública.

Um valor que devemos conservar. Mas para tanto devemos atualizar, purificar, espiritualizar, e que tenha um sentido de encontro com Deus. Uma ocasião para uma verdadeira Evangelização para uma Reflexão.

Grande também é a colaboração material que todos dão, sendo uma boa ação. Mas não é o que existe de mais importante. Deus e a Santa Virgem Maria não precisam tanto das nossas coisas materiais, mil vezes mais do nosso coração. E aquilo que nós damos deve ser expressão daquilo que nós somos.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 16 de setembro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

  

 

 

 

 

Monumento de Nossa Senhora de Fátima recebe nova roupagem

 Por solicitação dos noveneiros da 22ª Romaria de Nossa Senhora de Fátima ao Prefeito Municipal, Dr. José Westphalen Correa, funcionários da Prefeitura Municipal estão realizando serviços de pintura e limpeza do Monumento de Nossa Senhora de Fátima.

A Secretaria de Turismo está orientando os trabalhos de pintura do Monumento ajardinamento, pintura de árvores, dos cordões e postes com a colaboração do capataz geral Alvaro Gayer. Bandeirolas serão colocadas ao longo da Rua Padre Pacheco.

O trabalho vem sendo realizado com intensidade, a fim de ser concluído até sábado, um dia antes da importante festa de fé cristã. Os noveneiros forneceram todo o material para realização dos trabalhos que estão sendo efetuados pela prefeitura.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 10 de outubro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

Mensagem aos romeiros de Fátima

Porque esta Romaria constitui um encontro dos Irmãos junto a Maria nossa Mãe, alegremo-nos na simplicidade de quem se sente em sua casa. Maria trouxe ao mundo Jesus. Levou-o com pressa a Isabel, e o precursor exultou no seio de sua mãe. No Natal, cheia de alegria, mostrou aos pastores seu Filho Primogênito. Em Caná da Galiléia, movida de misericórdia, conseguiu por sua intercessão o início dos sinais de Jesus, o Messias.

Que nesta Romaria, nós que já acolhemos ao Cristo Jesus em nossa vida, continuemos a guiar-nos por ele. Arraiguemo-nos nele, perseveremos na fé que nos foi ensinada e transbordemos em ação de graças. Não seríamos cristãos fiéis se não fôssemos cristãos em contínua fase de renovação, de crescimento. Também no campo religioso é lei libertadora a propensão para um ulterior desenvolvimento, para um crescimento novo, para uma ascensão contínua.

Que a Virgem Maria nos conceda a sabedoria e o amor para conhecermos plenamente a vontade divina. Assim chegaremos, portando-nos por um modo digno de Deus, agradar-lhe em tudo, mediante toda a espécie de boas obras. Nossa vida produzirá muito fruto e nisso o Pai será glorificado.

Seja-nos dado sentir sempre e por toda a parte a proteção da Virgem por quem recebemos o Autor da Vida.

 Dom Paulo Moretto, Bispo de Cruz Alta

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 14 de outubro de 1973

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

22ª Romaria de Fátima realizada em 14 de outubro de 1973

(vide Histórico das Romarias)

 

 

 

 

 

1974

 

 

 

Lançada em Cruz Alta a Campanha da Fraternidade de 1974

Dom Paulo Moretto

Da Matriz de Nossa Senhora de Fátima, o Bispo Diocesano, Dom Paulo Moretto, fez através da rádio local, o lançamento oficial da CF-74.

Às 18h de ontem, no início da missa celebrada, Dom Paulo Moretto dirigiu-se ao povo de Cruz Alta e de toda a diocese. Entre outros pensamentos Dom Paulo Moretto lembrou:

“A Campanha da Fraternidade é um convite para valorizarmos o dom da vida. A Campanha da Fraternidade é um convite para nos dedicarmos com mais afinco ao trabalho de criarmos consciência sobre a fraternidade e para desta consciência passarmos a atitudes de fraternidade.

Por isso somos chamados a acordar para esta consciência e vida de fraternidade. Não sou eu, não é uma voz humana, é a voz de Deus que nos pergunta: “Onde está o Teu Irmão?” Nós somos chamados a responder a esta pergunta nesta quaresma, que hoje inicia”.

Diversas reuniões já foram realizadas em nossa cidade, para um eficiente encaminhamento da CF-74. Foi previsto que as atividades realizar-se-ão em diversas áreas como sejam: nos educandários, nos bairros, nos templos, bem como junto a todas as atividades e forças vivas de nossa comunidade.

 

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 28 de fevereiro de 1974

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

“Onde está teu irmão?”

 O Bispo Diocesano Dom Paulo Moretto reuniu um pequeno grupo de figuras representativas de algumas áreas para versar sobre o lema da Campanha da Fraternidade: “Onde está teu Irmão?”

Estavam presentes Dr. Alfredo Engfert, Juiz de Direito da Primeira Vara, Coronéis Denny Eiras Baptista e Agnello de Araújo Brito, Lino Ceretta, Dr. Siegfried Wallenhaupt, Alfredo M. Sebastião, Sady Pretto e Prudêncio Rocha.

O Bispo, a todos acolhendo com sua amabilidade, expôs os motivos da Campanha da Fraternidade. Visa questionar o próprio homem sobre se está, num exame de consciência, realizando algo em favor do seu irmão.

A campanha não constitui patrimônio ou privilégio da Igreja, mas um questionamento que deve ser levado a toda comunidade no sentido de fortalecer os laços da fraternidade. Todas as igrejas, entidades, instituições, podem por igual participar da campanha, independentemente de suas convicções religiosas.

A campanha não tem finalidades de reunir recursos, salvo excepcionalmente, em algum gesto concreto de boa vontade, para se realizar alguma coisa em favor da comunidade. A campanha está inserida dentro do espírito de evangelização, sem ser privilégio apenas de integrantes da Igreja Católica.

A seguir falou a um a um dos presentes e todos emitiram opiniões sobre a possibilidade de intensificar essa campanha, na crença de que, sem julgar a ninguém, possam algumas pessoas de boa vontade participar da campanha.

Explicou que a campanha é desenvolvida em pequenas áreas, ou e grupos limitados, além de sua comunicação social. Foram afloradas algumas iniciativas e o Bispo oferece a disponibilidade de sua colaboração, onde ela se fizer oportuna, sem qualquer nenhum outro embaraço.

Sendo uma campanha que tem seu período dentro da quaresma, seus efeitos podem estender-se por todo o ano, sempre que houver oportunidade. O Bispo poderá falar aos clubes de serviços, nos quartéis, nas escolas e com vistas aos menores, que foi enfatizado como problema de excepcional importância, para canalizar para boas atividades, as energias da juventude. O encontro foi de alta cordialidade e serviu de motivo para meditação.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 17 de março de 1974

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Elaborado programa da 23ª Romaria ao Monumento de Fátima

Festa tradicional de Cruz Alta, a Romaria ao Monumento de Nossa Senhora de Fátima deverá este ano, como sempre acontece, atrair para Cruz Alta as atenções de fiéis de todo o Estado, que aqui virão para participar do acontecimento singular de demonstração de fé cristã.

Este ano, a 23ª Romaria ao Monumento de Fátima já está sendo devidamente preparada, tendo sido elaborado o amplo programa de novenas, que culminará com a grandiosa romaria a efetivar-se dia 13 de outubro próximo.

Naquele dia, teremos a efetivação de missa na Matriz de Fátima, às 7h30min partindo a Romaria às 8h30min da mesma igreja, com destino ao Monumento. Às 10h teremos a missa no Monumento de Fátima, às 12h festejos populares e churrasco e às 15h a mensagem de conforto aos doentes e compromisso de vida.

Ontem recebemos a visita do Padre D. Rubin, que fez a entrega do programa oficial da 23ª Romaria. E sobre este assunto estaremos em próximas edições publicando uma interessante entrevista efetivada com o Bispo Diocesano, Dom Paulo Moretto, abordando a Romaria como verdadeiro e autêntico ato de fé cristã.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 27 de setembro de 1974

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Novena e Romaria de Fátima

Dom Paulo Moretto, Bispo Diocesano, fala sobre a

Tradicional promoção religiosa

Dom Paulo Moretto

A 13 de outubro próximo, se realizará a tradicional Romaria de Nossa Senhora de Fátima. Já no dia 4 terá início a novena preparatória às 20h, na Matriz de Nossa Senhora de Fátima. Entrevistado pela reportagem do DS, o Bispo Diocesano Dom Paulo Moretto aborda alguns aspectos da tradicional promoção religiosa de Cruz Alta.

DS – Dom Paulo, como vão os preparativos das Festas de Fátima este ano?

Dom Paulo: Vão muito bem, porque começamos há mais tempo, porque muitas pessoas estão envolvidas neles. Porque são muito claros os objetivos que nos propomos. Os primeiros encontros preparatórios já se realizaram no mês de julho, quando já escolhemos o tema que seria aprofundado em encontros, em pregações e nas novenas preparatórias da Romaria.

DS – Qual é, então, o tema da Romaria deste ano?

Dom Paulo – O tema é Renovação e Reconciliação. Este é o lema de reflexão que o Papa propôs para toda a Igreja nos anos de 74 e 75.

DS – E que outros preparativos estão em andamento?

Dom Paulo – Estão sendo feitas visitas às famílias dos bairros, visando transmitir, de maneira pessoal e simples, a mensagem da Romaria deste ano. Já está sendo distribuído o programa impresso das festas onde constam os nomes dos festeiros e noveneiros e mais detalhes de organização e orientação. As coletas estão sendo feitas e sei que o pessoal está correspondendo com muita generosidade. Lá no Monumento foram feitas algumas melhorias, especialmente as instalações sanitárias, que quisemos fossem simples e suficientes.

DS – Sr. Bispo, ouvimos que não se realizará, este ano, o tradicional Concurso de Rainha e Princesas?

Dom Paulo – Realmente, não se realizará. O que me levou a dar esta orientação foi o desejo de evitar tudo aquilo que pudesse alimentar um não esclarecido espírito competitivo. Foi também o desejo de que, junto à Virgem Maria, que é Mãe de todos, se sintam todos igualmente queridos e promovidos. Isto não implica um julgamento sobre o passado. Certas formas que no passado tinham valor, com o tempo, perdem o seu sentido e já não respondem à sensibilidade dos homens de nosso tempo. O questionamento relacionado com este concurso já vinha de longe e creio que já era oportuno suprimi-lo. Claro, esta decisão foi tomada depois de ter eu escutado a opinião de padres e festeiros. A medida está dentro da preocupação de eliminar dos festejos o que seja menos evangélico. Não vamos conseguir ainda o ideal, mas faremos o possível para nos aproximar dele.

DS – Porém, Sr. Bispo, a supressão do Concurso não virá reduzir consideravelmente o resultado financeiro das festas?

Dom Pedro – É possível que isto venha a acontecer. Entretanto, desde que seja em favor de valores mais altos, vale a pen o sacrifício. Sei muito bem da necessidade de recursos materiais para a realização da missão da Igreja. No passado, as festas de Fátima tornaram possível a construção do complexo paroquial de Fátima, a aquisição de terreno e a construção de benfeitorias junto ao Monumento, a organização e as construções da nova Diocese de Cruz Alta, a ajuda a manutenção das duas paróquias da cidade. Tenho confiança de que não faltarão os que irão auxiliar generosamente com seus donativos e seu trabalho. De nossa parte, sentimos cada vez mais a consciência da grande responsabilidade na aplicação deste resultado material.

DS – Já tem em vista algum critério concreto para a destinação do resultado financeiro das festas?

Dom Paulo – Sim. Uma parte se destinará a melhoria junto ao Monumento, visando transformar aquela área num local próprio para a oração e o recolhimento. Vamos cercar a esplanada com boa cerca e arborizá-la. Vamos construir o que julgamos oportuno e possível. De acordo com a natureza do local, não quereríamos se tornasse exclusivamente local de espairecimento e lazer. Outra parte do dinheiro da festa será empregada nas necessidades da Diocese como seja a organização de recursos para catequistas e agentes de pastoral, ajuda na manutenção de seminaristas de Diocese, possivelmente auxiliar algum bairro pobre na edificação de local para encontros de formação religiosa e celebração da liturgia. Além disso, cada uma das duas Paróquias da cidade receberá uma parte a título de ajuda de manutenção, de vez que não fazem outras festas para esta finalidade.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 29 de setembro de 1974

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

23ª Romaria de Fátima realizada em 13 de outubro de 1974

(vide Histórico das Romarias)

 

 

 

 

 

1975

 

 

 

2º aniversário da Diocese e do Bispo em Cruz Alta

O dia 28 de janeiro é data marcante para a Igreja Católicas na região de Cruz Alta. Foi neste dia, e 1973, instalada a Diocese, e após a ordenação assumiu como primeiro Bispo desta diocese, Dom Paulo Moretto.

Desde 1972 a região vinha se preocupando em que a existência de uma diocese não viesse a ser um “enfeite” ou um

Dom Paulo Moretto

título honorífico a mais para a cidade, mas a concretização da Igreja de Jesus Cristo de “uma maneira eficiente e luminosa”, “esperamos um bispo, para termos alguém que seja elo de nossa unidade e animador da história que assumimos”.

Já em 1971 o clero desta região tentava criar consciência da seriedade, com que se deveria criar uma Igreja viva e que viesse ser resposta a nossa realidade e necessidade do povo.

Assim se expressavam: “Os sacerdotes da diocese, quer seculares, quer religiosos, são sobremaneira responsáveis de, em comunhão com o Bispo diocesano, tornarem a presença da Igreja, entre os homens sempre mais brilhantes e ativa para a salvação de todos”. Neste sentido apelavam para a necessidade de “uma ação pastoral integrada, dinâmica, incarnada na realidade e animada pela participação responsável de todos, e isto fruto do diálogo”.

Depois de dois anos de caminhada temos motivos e condições para render graças ao Senhor da história que caminha conosco. Podemos dizer que, de fato, nossa diocese não foi instalada como mais uma estrutura burocrática a começar pelo incansável bispo diocesano Dom Paulo, a quem prestamos homenagem no 2º ano de sua ordenação episcopal, a Igreja Particular (diocese) de Cruz Alta tentou ser uma verdadeira presença.

Desde a sua vinda, Dom Paulo, como bispo de nossa diocese, se propunha com o clero, religiosos e leigos: 1º. Conhecer profundamente a realidade da região. 2º. Planejar a ação pastoral que fosse resposta a esta realidade e que fosse expressão da fisionomia própria de nossa Igreja. 3º. Promover recursos humanos através da formação de agentes de pastoral que pudesse assumir na linha da corresponsabilidade a transformação de nosso mundo.

Nos dois anos de diocese essas metas estiveram presentes nos incontáveis encontros e reuniões pela diocese, bem como nos encontros regionais e mesmo nacionais em que nossa diocese sempre marcou presença.

Os que acompanham as atividades pastorais de nossa diocese sob a orientação serena e firme de Dom Paulo, com certeza, tem constatado que existe um clima de diálogo aberto a todos, mas também audaz quando se faz necessária a palavra da Igreja que tanto anima como corrige.

Quando saudávamos, em nome dos colegas, a Dom Paulo no dia 28 de janeiro de 1973, assim nos expressávamos:

“Dom Paulo, nós o recebemos como alguém capaz de continuar animando e orientando para realizarmos a vocação que assumimos e queremos conscientemente, desempenhar como compromisso de fidelidade a nosso Deus e aos nossos irmãos”. Acreditamos que isto esteja acontecendo e merece ser destacado neste 2º aniversário de nossa diocese e de nosso bispo.

 Pe. José Jungblut, Coordenador Diocesano de Pastoral

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 28 de janeiro de 1975

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Bispos trataram em Cruz Alta do ensino religioso nas escolas

Conforme noticiamos, alguns bispos gaúchos estiveram reunidos durante dois dias em Cruz Alta a fim de estudar os fatores que influenciam o ensino da religião nas escolas, além de outros assuntos de interesse da igreja.

Ao final do encontro, julgado por todos os participantes muito proveitoso, chegou-se à conclusão de que a implantação do ensino religioso está acontecendo e os fatores que auxiliam a isto e são mesmo decisivos, são estes: quando é assumido globalmente pela Escola, isto é, quando conta com o interesse da direção e de todo o corpo docente;

Em muitas dioceses com a participação das Delegacias de Educação, foram feitas reciclagens com ótimo aproveitamento dos professores.

Dificuldades

Se, por um lado foram analisados os fatores positivos, também o encontro conseguiu “captar” as dificuldades:

– Número insuficiente de professores disponíveis e preparados;

– A não autorização de reciclagens e algumas delegacias;

– O não assumir, em termos globais, por muitas escolas.

Sugestões

Foram tomadas algumas decisões em termo de sugestões:

– Que a evangelização da qual faz parte o ensino religioso nas Escolas, seja assumida e incluída no planejamento da pastoral diocesana e paroquial;

– Maior vinculação dos professores e de sua vocação;

– Maior valorização dos professores e de sua vocação;

– Habilitação humana e cristã dos professores para que toda a sua ação educativa se constituía em educação, segundo o ensino do cristianismo;

– Estudo mais profundo de critérios para a educação religiosa.

Quanto a Pastoral familiar

Neste setor, também houve sugestões:

– Uma equipe na diocese responsáveis pela Pastoral familiar;

– Levantamento de todos os movimentos e associações que visam promoção da família;

– Acompanhamento e assessoria dos responsáveis por cursos de preparação ao matrimônio;

– Apoio ao Movimento Familiar Cristão por parte das dioceses para que se implante em todas as Paróquias como movimento mais responsável pela promoção da família e dos casais cristãos.

Próximos encontros

O próximo encontro foi marcado para o dia 16 de setembro, em santa Cruz e a Assembleia do Conselho Regional da Pastoral será realizado em março de 1976, com a presença de todos os bispos das 14 dioceses do Rio Grande do Sul.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 11 de julho de 1975

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

 

Diversas deliberações das comissões da Romaria de Fátima

 As diversas comissões constituídas para desenvolver os vários trabalhos referentes à Romaria de Fátima estão em franca atividade, efetivando seus trabalhos. Entre as principais deliberações, podemos mencionar:

– Escolha do slogan para a Romaria, tendo sido apresentados em reunião, diversos, todos bem elaborados, e tendo ao final sido escolhido o slogan “Recolhe o trigo, reparte o pão”. As demais frases serão usadas em faixas que ornamentarão o trajeto da Romaria.

– Outra deliberação importante diz respeito ao tema das pregações em cada novena preparatória. Os temas girarão em torno do tema central, porém sempre dirigidos, a cada noite, a uma determinada classe profissional. Assim, o tema de cada pregação terá estreita vinculação com a classe a quem se dirigir a novena. Em breve daremos a conhecer os temas de cada uma das nove novenas.

– Outra deliberação importante das comissões: as quermesses terão seu número reduzido para três, e não mais sendo realizadas todas as noites de novenas. Outrossim, serão efetivadas 2 ou 3 apresentações populares a serem planejadas pela Comissão de Promoções.

– Uma comissão sob a coordenação do S. João P. Pozza, do CEBEM, estará trabalhando na localização de crianças perdidas, para encaminhá-las aos seus pais. A comissão é parte do trabalho do CEBEM para a Romaria.

– Para acompanhar o trabalho de preparação da Romaria, nos diversos bairros, foi constituída uma outra comissão, que já desenvolve seu trabalho; idêntico trabalho está sendo efetuado às capelas do interior;

– Outra comissão formada, será a Comissão de Saúde, sob a direção do Dr. Siegfried Wallenhaupt;

– A comissão de segurança estará a cargo do Tem. Gallimberti, da Brigada Militar, que já se prontificou a dirigir aquele trabalho;

– Uma comissão foi constituída para tratar do preparo do Monumento, para receber os peregrinos. Esta comissão está constituída pelos senhores Jerni Lorenzon (Presidente) e ainda Délcio Rubert, Flodoardo da Cruz Netto e respectivas esposas, e Padre Lino e Dorvalino.

– As deais comissões ficaram assim constituídas:

  1. a) Coordenação Geral: Padre Dorvalino Rubin
  2. b) Comissão de Novenas: Sr. Alcíbio Nunes e Dr. Antônio Carlos Gomes Nunes;
  3. c) Comissão de angariações: Sr. Eltecelino Rubert;
  4. d) Comissão de promoções: Sr. Jerni Lorenzon;
  5. e) Comissão de Liturgia: Padre Lino Cherubini;
  6. f) Comissão de Ordem e Segurança: Tem. Gallimberti;
  7. g) Comissão de Educação e Catequese: Lourdes Solange Faria;

Resolveu-se ainda a criação de uma Secretaria Geral, a cargo do professor Nedison Faria. Quanto a modalidade de quermesse, tendas das novenas e outras sugestões ficou estabelecido que uma comissão estudaria o assunto. Dita comissão está formada pelos senhores Alcibio Nunes, Dr. Antonio Carlos Nunes, Sr. Luiz Rubin e esposa e Sr. Pedro Rosa e esposa.

Em nossas próximas edições estaremos fornecendo outros importantes detalhes sobre a tradicional Romaria de Fátima, que sempre atrai os peregrinos e fieis, numa demonstração inequívoca de fé do povo cruz-altense.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 29 de agosto de 1975

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

Órgãos de Comunicação Social serão homenageados na

25ª Romaria de Fátima

 Hoje à noite, às 20h, na Matriz de Nossa Senhora de Fátima, os Órgãos de Comunicação Social (Jornais, Rádio, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Companhia Riograndense de Telecomunicações e Rádio Amadores) serão homenageados na primeira novena que precede a Romaria de Fátima.

O tema ser desenvolvido e fundamentado será: Repartir o pão da Verdade, oferecida ao povo diariamente com a finalidade de bem informar, sendo o palestrante Dom Paulo Moretto.

Esta primeira celebração está à cargo dos noveneiros Antonio Rosa Gobbo e esposa, e Flodoardo da Cruz Netto e esposa.

A população em geral está convidada a participar deste ato religioso que há 24 anos se repete numa demonstração de fé da comunidade.

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 3 de outubro de 1975

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

A mensagem de Dom Paulo Moretto

 Para que o encontro que hoje realizamos se torne para nós fonte de verdadeira alegria cristã, lembremos as razões desta romaria. A consciência de sermos irmãos que juntos trabalham e lutam na construção dum mundo mais fraterno se tornará viva neste dia e é para nós fundamento de esperança.

Somos muitos e em nós arde o mesmo amor. Somos um povo que caminha. Se caminhar significa ainda não termos o que buscamos, caminhar significa também decisão, coragem, confiança e generosidade. Caminhar significa vida e juventude.

A presença do Deus vivo em nosso caminhar é garantia de vitória. A Santa Virgem Maria é sinal deste amor solícito e poderoso, discreto e respeitoso, confiante e fiel do nosso Criador.

Companheiros de jornada – companheiro é quem come o mesmo pão – somos chamados a repartir a alegria de trabalharmos juntos e de juntos gozarmos o fruto do trabalho.

“Recolhe o Trigo” – é a alegria de ser útil. “Reparte o pão” é a alegria de dar.

 Paulo, Bispo Diocesano

 Fonte:

Jornal Diário Serrano, 12 de outubro de 1975

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

 

24ª Romaria de Fátima realizada em 12 de outubro de 1975

(vide Histórico das Romarias)

 

 

 

 

 

Mensagens de todo o Estado saúdam a Festa de Fátima

Eis o teor de algumas mensagens recebidas a respeito da Festa de Fátima.

De Rio Grande:

Prezado Padre Dorvalino

 Agradeço cordialmente o convite para a 24ª Romaria ao Mon. De Fátima. Muito desejaria estar aí, mas no mesmo dia teremos aqui a 1ª Romaria Diocesana de Fátima. Estarei presente na oração e na amizade fraterna. Aqui na 1ª Romaria de Rio Grande faremos preces pela 24ª de Cruz Alta.

Se tiver oportunidade, saúde em meu nome o povo de Cruz Alta, que sempre lembro com paternal afeto.

Um abraço a Dom Paulo, Padre Lino, padre José e demais sacerdotes, sem esquecer o Padre Michelotti. Fraternalmente no Senhor,

 Frederico Didonet

Bispo de Rio Grande

 

De Santa Cruz do Sul

Prezado Padre Dorvalino

 Agradecendo o convite, faço votos pelo pleno êxito da 24ª Romaria ao Monumento de Fátima. Em Arvorezinha, onde dia 12 deverei encerrar minha visita pastoral, terei presente a grande demonstração de fé do povo religioso de Cruz Alta. Recomendações a Dom Moretto. Gratíssimo “In Domino”,

 Alberto Etges

Bispo de Santa Cruz do Sul

 

De Uruguaiana

Revmo. Padre Dorvalino Rubin

 Acuso recebido seu atencioso convite para participar da 24ª Romaria ao Monumento de Fátima. No mesmo dia terá lugar a primeira Romaria em Rio Grande. De lá também veio convite. Lamentavelmente não poderei ir nem a Rio Grande, nem a Cruz Alta. Estarei com a reunião do clero dias 11 e 12.

Entretanto, acompanharei com minhas orações pedindo a Nossa Senhora de Fátima interceda junto de Jesus, seu filho Divino, para que derrame as mais abundantes bençãos sobre todos os seus devotos, sobretudo sobre o Bispo Diocesano e todos os Sacerdotes, Religiosos e Religiosas.

Neste ensejo renovo os sentimentos de estima e consideração. O servo em Cristo,

Augusto Petrô

Bispo de Uruguaiana

 

De Porto Alegre

Aos prezados P. Lino Cherubim e Padre Dorvalino Rubin

Agradeço o amável convite para a 24ª Romaria ao Monumento de Fátima. Felicito também pela escolha dos temas da pregação durante a novena, sobre assuntos atuais que importa clarear e resolver à luz do Evangelho e sob o impulso forte do amor a Deus e dos homens. Com saudação e a benção,

Cardeal Vicente Scherer

Fonte:

Jornal Diário Serrano, 12 de outubro de 1975

Histórico da Diocese – 1969/1975

 

 

 

 

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