Histórico “A Voz da Diocese”
Histórico da “A Voz da Diocese”
A Diocese de Cruz Alta foi criada no dia 27 de maio de 1971, pelo papa Paulo VI, mas somente instalada em 28 de janeiro de 1973, com a posse de seu primeiro Bispo, Dom Neil Paulo Moreto.
A partir da necessidade da Igreja local de criar, nestes primeiros passos, um mecanismo de comunicação para informar, despertar e convidar à participação da comunidade nesta esperança nova que significava a criação da Diocese de Cruz Alta na região, foi criado o “boletim” A Voz da Diocese, cuja primeira edição foi publicada no mês de junho de 1972.
Assim consta no editorial n. 1:
“A nossa ‘Voz’ quer comunicar como se esboça a fisionomia, e, como são os primeiros passos de nossa Diocese que, aos poucos, torna-se realidade de nossa Diocese, iniciando a caminhada. Nossa ‘Voz’ quer ser, junto a vocês, uma presença, lembrando e convidando para a corresponsabilidade. Corresponsabilidade que nos faça sentir, que não basta cada um de nós gastar suas energias isoladamente. Uma ‘Voz’ que, em nós, crie consciência que não basta fazer muitas coisas e, entre estas, qualquer coisa. Uma voz que ajude a questionar para fazer o muito que o momento pede, uma voz que ajude a descobrir o que é mais necessário e mais urgente fazer.
Uma voz que ajude a descobrir o que está exigindo uma resposta porque está presente na realidade, onde vivemos, e se apresenta como uma necessidade. A nossa voz quer ser uma possibilidade de darmo-nos as mãos e caminharmos juntos. Não apenas lado a lado, mas sim, misturando nossa força, nossas alegrias, nossas angústias. Em nossa união sentiremos a força da presença do Senhor a caminhar conosco. Desta forma estaremos numa caminhada pascal de Cristo e de sua ressurreição, enquanto misturamos a nossa páscoa da vida, com a dele.
Só assim a nossa voz será também uma voz forte. Forte como uma rocha sobre a qual precisamos construir a nossa casa, a nossa Igreja. E só assim poderemos ser incluídos entre os homens prudentes, adultos que não construíram sobre a areia. Pensamos que, hoje, construir sobre a areia seria tentar uma Igreja a partir apenas de sermões, legitimações, rápidas unções aos enfermos, cerimônias fúnebres, missas festivas, comemorativas e sociais de sétimo dia, e outras improvisações. Tudo isso será areia sem o cimento sólido de apresentarmos como sendo um sinal e experiência viva de unidade e fraternidade. Senão construiremos sobre a areia.
Sabemos que esta linguagem representa para todos uma linguagem refletiva e de compromisso, porque em comum refletimos a pedagogia evangelizadora do ‘Vinde e vede’ e ‘de nosso Mestre’.
‘Voz da Diocese’ vai com júbilo para dizer a vocês que a nossa Diocese já está acontecendo. Isto porque sentimos em toda a parte, os presbíteros, religiosos e leigos assumindo, em conjunto, a tarefa de tornar a Igreja local presente de uma maneira luminosa e eficiente. Se esperamos um bispo, se conjugamos esforços e realizamos dolorosos sacrifícios para instalar, nesta região, uma Diocese, não é em vista de uma honra ou para termos uma figura representativa e de expressão. É para termos alguém que seja ele desta unidade e o animador da história que assumirmos”.
A evolução da Voz da Diocese
Formato boletim

Capa da primeira edição

Capa da segunda edição

Capa da terceira edição

Primeira edição lombada canoa
As primeiras edições do boletim apresentavam um formato simples e artesanal. Não havia a ideia de diagramação, design, logotipos e veiculação de imagens. O boletim era duplicado em cópias feitas de xerox. As folhas eram de ofício A4, na vertical, grampeadas, e texto digitado na máquina de escrever.
Por vezes, as folhas de ofício eram dobradas ao meio e grampeadas em formato canoa, conferindo um formato de revista 16×22.
Formato Fanzine
Nos anos 80 A Voz da Diocese continuou sendo produzida no formato A4 dobrado ao meio, algumas vezes com variações na cor das folhas de ofício e lombada canoa. A impressão passou a ser feita em gráficas locais, conferindo um pouco mais de uniformidade entre as edições. Já havia logotipo, que, por ser feito à mão, variava a cada edição, além de uma manifesta preocupação com a diagramação, agora com adição de textos feitos em linotipos e ilustrações artesanais em preto e branco estampando as capas.
A identidade visual era toda formatada nos moldes dos antigos fanzines – publicações não profissionais produzidas por entusiastas de uma cultura particular dirigida a pessoas que compartilham o mesmo interesse. Estas publicações eram muito populares nos anos 80.
Formato Revista
Somente nos anos 90 A Voz da Diocese recebeu uma identidade visual adequada e um apurado cuidado editorial. A revista era feita em formato A4 vertical, geralmente com 8 páginas em lombada canoa, com uma bonita diagramação e muitas ilustrações e fotografias. A composição e impressão ficava à cargo da Tipografia Líder, de Espumoso RS, com uma tiragem de mil exemplares. A equipe de revisão era composta por padres voluntários e a responsabilidade editorial à cargo do Padre João Alberto Bagolin, Maria Maas e Claudino Albertoni.
Revista à Cores

Primeira capa colorida
A edição de A Voz da Diocese de setembro de 2001, uma edição especial que comemora o Jubileu de Prata de Episcopado de Dom Jacó Hilgert, foi também marcada por ser a primeira edição com capa em cores. O miolo permanecia em preto e branco. O formato ainda seguia os moldes estabelecidos nos anos 90, no entanto a revista crescia, com uma tiragem de 5 mil cópias e uma equipe mais robusta que contava, inclusive, com uma diagramadora, Roberta Machado da Rosa, e uma jornalista profissional responsável, Tammie Faria. O Conselho Editorial era formado pelo padre João Alberto Bagolin, Maria Maas, Claudino Albertoni, Roberta Machado da Rosa, Tammie Faria e Nelvia Faria. Assinavam como os responsáveis comerciais e de divulgação os senhores Antonio Begnini, Elyta Durigon, Lourdes Pinalli e Marli Dill.
Em 2005 a revista passou a ser impressa em papel laminado, que torna o manuseio mais agradável e confere um aspecto mais moderno.
Formato digital

Capa da primeira edição totalmente digital
Sob a direção de Dom Frederico Heimler, coordenação do padre Magnus Camargo, produção e diagramação da Jornalista Greice Pozzatto, assinada e revisada pelo jornalista João Verissimo, a revista passou a ser distribuída em formato impresso e digital, a partir da edição de janeiro de 2014.
A partir de 2016 a jornalista Greice Pozzatto passou a assinar a revista.
Com a mudança de site, em novembro de 2019, as edições online da revista passaram a ser postadas a partir de 11 de novembro de 2019. E a partir de julho de 2020, com a chegada da Pandemia do Covid-19, a revista passou a ser bimestral e a ser distribuída somente no formato online.
Fonte:
Jornal Diário Serrano, 23 de janeiro de 1973
Site da Diocese de Cruz Alta
Arquivo Histórico da Diocese de Cruz Alta – A Voz da Diocese 1972 a 2021