Dia dos pobres será celebrado de forma diferente neste ano
Há quatro anos, com a instituição do Dia Mundial dos Pobres, neste ano celebrado no dia 15 de novembro, o Papa Francisco vem a provocar a Igreja para olhar, refletir, rezar e estar com os pobres. Neste ano, ele nos apresenta o tema “Estenda tua mão ao pobre” (Eclo 7, 32). Para que todos tenham uma atenção maior para com aqueles que mais estão sofrendo com a pandemia do covid-19, seja pela fome, pelo desemprego, pela saúde, pela solidão e tantos outros motivos que levam, inclusive à depressão. Na mensagem deste ano ele diz: “O encontro com uma pessoa em condições de pobreza não cessa de nos provocar e questionar. Como podemos contribuir para eliminar ou pelo menos aliviar a sua marginalização e o seu sofrimento? A comunidade cristã é chamada a coenvolver-se”.
Diferente de anos anteriores, na Diocese de Cruz Alta, algumas atividades serão realizadas nas paróquias, de forma on-line ou com participação mínima de pessoas, conforme propõe a cartilha da CNBB. Em nível Diocesano, o Bispo Adelar Baruffi, juntamente com a Coordenadora das Pastorais Sociais e Cáritas, realizará algumas visitas na semana que se celebra a data. Estas visitas serão realizadas com a presença de públicos específicos, evitando a aglomeração de pessoas, mantendo o distanciamento social de acordo com as recomendações dos órgãos de saúde.
Nesta quarta-feira, dia 11, será realizada visita ao Bairro do Sol, com a Comunidade Nossa Senhora da Luz.
Na quinta-feira, será na Associação Jesus de Nazaré – Ajen – comunidade terapêutica para dependentes químicos do sexo masculino.
Na sexta, a visita será na Cotefem – Comunidade terapêutica feminina. Em cada oportunidade será celebrada missa e um momento de conversa com os presentes.
No sábado, a visita será no município de Tunas, na comunidade quilombola Rincão dos Caixões, através da Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Sabemos que esta visita, que como diz o Papa, “é um sinal”, mas quer nos recordar a todos nós e a toda a sociedade que estes nossos irmãos são nossa família, filhos e filhas amados por Deus e merecem nosso olhar misericordioso. O Papa quer que nós estejamos próximos, ouçamos suas vidas, deixemos que sua história entre em cada um de nós.
“Através destes encontros, o bispo diocesano juntamente com os/ as agentes pastorais busca atender ao pedido do Papa Francisco de quebrar o “gelo da indiferença” e fazer com que os pobres sejam vistos como são de fato: rosto, história, pessoas, vidas. A Igreja está pronta para estender a mão e ser solidária”, destaca Cinara Dorneles.
A história da Jornada Mundial dos Pobres
Por: Equipe da JMP2020
No dia 20 de novembro de 2016, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres. Na mensagem
de lançamento ele disse: “Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.
No Brasil, a CNBB confiou à Cáritas Brasileira a animação e a mobilização do Dia Mundial dos Pobres. A entidade, nesse período, já realizava a Semana da Solidariedade – para pensar e agir por um país justo, fraterno, igualitário, solidário e amoroso –, por ocasião de seu aniversário de fundação, 12 de novembro de 1956.
Com isso, a Igreja do Brasil assumiu a Jornada Mundial dos Pobres.