Diocese de Cruz Alta

História

Aos 27 de maio de 1971, com a Bula Papal “CUM CHRISTUS”, foi criada, pelo Papa Paulo VI, a Diocese de Cruz Alta, instalada em 28 de janeiro de 1973, com a posse do primeiro bispo, Dom Nei Paulo Moreto. Hoje, a Diocese de Cruz Alta é formada por 32 paróquias e um Santuário, abrangendo um território de 33 municípios, com uma superfície de 16.704,011 km2. Ela está dividida em cinco Regiões Pastorais: Região de Cruz Alta; Região de Ijuí; Região de Panambí; Região de Espumoso e Região de Soledade.

Histórico

Em 1º de janeiro de 1969 o bispo de Santa Maria, Dom Luiz Vitor Sartori, criava o Vicariato Episcopal de Cruz Alta, nomeava Vigário Episcopal Monsenhor Frederico Didonet. A sua instalação tinha como objetivo principal preparar a diocese de Cruz Alta.

Desde o início, o Vigário Episcopal teve a preocupação no sentido de lançar as bases da futura diocese. Além das questões materiais, queria fazer uma nova igreja local com expressão de fé e comunhão.

Neste sentido, organizaram um curso para o clero. O estudo foi baseado nos documentos do Concílio Vaticano II, em seus aspectos teológicos, pastorais e organizativos.

Os encontros para os estudos resultaram num documento publicado no dia 18 de maio de 1971, nove dias antes da criação da diocese (27 de maio de 1971), intitulado “Perspectivas para uma pastoral engajada – Diocese de Cruz Alta”.

Brasão: O Brasão da Diocese de Cruz Alta traz três importantes símbolos: a Cruz, por ser a Diocese de Cruz Alta; a pomba do Divino Espírito Santo, padroeiro da Diocese; o M simbolizando a Virgem Maria, Nossa Senhora de Fátima.

A 30 de junho de 1969, o então Bispo de Santa Maria, Dom Luiz Vitor Sartori, propôs aos Bispos do Rio Grande do Sul, reunidos em Viamão, a criação da nova Diocese. O assunto foi amplamente debatido aquele ano.

Em 7 de fevereiro de 1970, o senhor bispo de Santa Maria, Dom Luiz, assinava oficialmente a nomeação da comissão pró-bispado.

Foram muitas as dificuldades encontradas, especialmente na região de Soledade que desejava ser anexada à Diocese de Passo Fundo. Não foi possível devido a não concordância do então bispo de Passo Fundo.

O Vigário Episcopal formalizava a aquisição do patrimônio necessário para  implantar a diocese. Em 30 de novembro de 1970 foram feitos os necessários encaminhamentos para a construção da residência episcopal. Para o funcionamento do secretariado diocesano de pastoral se fariam as necessárias reformas no prédio adquirido junto à Paróquia do Divino Espírito Santo.

No dia 27 de maio de 1971, com a Bula Papal “CUM CHRISTUS”, foi criada a diocese de Cruz Alta, pelo Papa Paulo VI. Simultaneamente foi nomeado Bispo da nova diocese, Dom Walmor Battú Wichrowski.

Assim que foi publicada a nomeação do bispo da nova diocese de Cruz Alta, começaram os conflitos. Dom Walmor se desentendeu com a comissão central, com o Vigário Episcopal e com diversos padres da recém criada diocese.

Não chegou a assumir porque renunciou ao cargo. Dom Aloísio Lorscheiter, secretário geral da CNBB e bispo de Santo Ângelo, acompanhava, em nome da Nunciatura Apostólica, os interesses havidos.

O mesmo Dom Aloísio, no dia 8 de julho de 1971, após contato pessoal com o Sr. Núncio Apostólico e Dom Érico Ferrari, novo Bispo de Santa Maria, comunicava ao Vigário Episcopal o adiamento da instalação da diocese e posse do seu primeiro bispo. Foi extinto o Vicariato e continuava a jurisdição da nova diocese aos cuidados do bispo de Santa Maria, Dom Érico Ferrari.

Todas as atividades desenvolvidas durante o ano de 1972, em preparação à chegada do novo bispo foram repletas de entusiasmo. O Pe. José Jungblut, como delegado, mantinha contato permanente com as autoridades eclesiásticas para apressar a nomeação do novo bispo.

A Tudo andava em ritmo de diocese que estava nascendo da própria realidade regional. As taxas diocesanas passaram a serem recolhidas em Cruz Alta; o monumento de Fátima e a Romaria passaram a ser preocupação da diocese que surgia, porque esse movimento religioso sempre foi um importante instrumento de evangelização.

No mês de junho de 1972 foi criado o boletim diocesano, “A voz da Diocese”, cujos objetivos eram, e são até hoje, tornar conhecida esta Igreja que quer ser comunhão e participação.

No final de 1972, a comunidade recebia a noticia da nomeação do Pe. Nei Paulo Moretto, reitor do Seminário Maior de Viamão, como o novo bispo de Cruz Alta. Prepararam tudo para a ordenação do Pe. Nei que pedia para que a celebração  de ordenação episcopal se realizasse na Catedral do Divino Espírito Santo, no dia 28 de janeiro de 1973. No mesmo dia da ordenação tomava posse o primeiro bispo de Cruz Alta, Dom Nei Paulo Moretto, e foi instalada definitivamente a diocese de Cruz Alta.

A solenidade foi presidida pelo Núncio Apostólico do Brasil Dom Humberto Mazzoni, por Dom Vicente  Scherer e por Dom Érico Ferrari. Dom Paulo Moretto foi bispo de Cruz Alta de 28 de janeiro de 1973 até março de 1976.

Em Cruz Alta já temos agora o quarto bispo diocesano, já que o primeiro, Dom Walmor Battú Wichrowski, ordenado o bispo em 1958, foi nomeado para Cruz Alta em 1972, mas devido à oposição encontrada, renunciou antes de assumir. Veio então em 1973, Dom Nei Paulo Moretto, ordenado a 28 de janeiro de 1973, sendo três anos depois transferido para Caxias do Sul.

Veio depois, ainda naquele mesmo ano, a nomeação de Dom Jacó Roberto Hilgert, ordenado a 26 de setembro de 1976, ficando até 8 de maio de 2002, quando foi substituído por Dom Frederico Heimler, que assumiu em 16 de junho de 2002. Dom Frederico, por motivos de saúde, renunciou em 11 de junho de 2014 e faleceu em 07 de novembro de 2018.

Em 17 de dezembro de 2014, o Papa Francisco nomeou como Bispo da Diocese de Cruz Alta, Dom Adelar Baruffi. Ele tomou posse no dia 15 de março de 2015.

(Nota: Parte do texto retirado do livro de Dom Zeno Hatententeufel, História da Igreja no Brasil e no Rio Grande do Sul. Ed. Pluma, F. Westphalen, 2007, p.126-129. Retirado do site: http://www.forumdaigrejacatolica.org.br/dioc_cruzalta.php

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