Histórico das Paróquias
Histórico da Paróquia do Divino Espírito Santo
Resumo:
* Curato de 1824 a 1832
* Paróquia ereta em 24 de outubro de 1832
* Até 1848 pertencia à Diocese do Rio de Janeiro
* De 1848 a 1912 pertenceu à Diocese de São Pedro do Rio Grande do Sul
* De 1912 a 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
Localização:
Rua Duque de Caxias, 729
CEP: 98.005-202 – Cruz Alta/RS
Comunidades Urbanas:
Divino Espírito Santo – Igreja
Nossa Senhora Auxiliadora – Vila Progresso
Santa Terezinha – Vila Santa Terezinha
Nossa Senhora das Graças – Vila Lizabel
São João Batista – Vila Nova
Sagrado Coração de Jesus – Vila Rocha
Nossa Senhora da Saúde – Boa Vista do Cadeado
Nossa Senhora Aparecida – Bairro Educacional
Comunidades rurais:
Imaculada Conceição – Coqueiros
Nossa Senhora do Rosário – Faxinal
Lista de Párocos e Curas:
CURAS
1º – PADRE ANTONIO POMPEO PAES DE CAMPOS (1824 a 1827)
2º – FREI JOSÉ DE SANT’AVERTANO (1827 a 1831)
3º – PADRE FRANCISCO GONÇALVES PACHECO (1831 a 1832)
PÁROCOS
1º – PADRE FRANCISCO GONÇALVES PACHECO (1832 A 1834)
2º – PADRE RAFAEL GOMES DA SILVA (1834 A 1838)
3º – PADRE FRANCISCO LEITE RIBEIRO (1838 a 1843)
4º – PADRE JOAQUIM DE SÁ SOUTO MAIOR (1834 a 1844)
5º – PADRE FRANCISCO GONÇALVES PACHECO (1844 a 1850)
6º – PADRE ANTONIO RODRIGUES DA COSTA (1851 a 1855)
7º – PADRE JOSÉ DE NORONHA NAPOLES MASSA (1855 a 1864)
8º – PADRE ANTÔNIO POMPEU PAES E CAMPOS (1865 a 1871)
9º – PADRE CUSTÓDIO JOAQUIM DA COSTA (1865 a 1871)
10º – PADRE DR. JOSÉ ANTÔNIO DE ALMEIDA E SILVA (1871 a 1872)
11º – PADRE AMBRÓSIO AMÂNCIO DE SOUZA COUTINHO (1872 a 1874)
12º – CÔNEGO FRANCISCO THEODOSIO DE ALMEIDA LEME (1874 A 1876)
13º – PADRE JOÃO FRANCISCO ALVES (1876 a 1879)
14º – PADRE AQUILES PARRELA CATALANO (1879 a 1887)
15º – PADRE RAFAEL SANTORO (1887 a 1897)
16º – PADRE AQUILES PARRELA CATALANO (1897 a 1903)
17º – PADRE CARLOS KOLB (1903 a 1919)
18º – PADRE JOSÉ SPOENLEIN (1919 a 1934)
19º – PADRE ALFREDO POZZER (1934 a 1949)
20º – PADRE ÂNGELO BISOGNIN (1949 a 1952)
21º – PADRE ÂNGELO SEBASTIÃO LOVATO (1952 a 1954)
22º – PADRE JORGE ZANCHI (1954 a 1956)
23º – PADRE ALBERTO TREVISAN (1956 a 1958)
24º – PADRE ÂNGELO BISOGNIN (1958 a 1962)
25º – PADRE BELINO COSTA BEBER (1962 a 65)
26º – PADRE ROMAR VIRGÍLIO PAGLIARIN (1965 a 1967)
27º – PADRE JOSÉ GIULIANI (1967 a 74)
28º – PADRE DORVALINO RUBIN (1974 a 78)
29º – PADRE LINO CHERUBINI (1978 a 1979)
30º – PADRE ERMÉLIO ROSSATO (1980 a 1980)
31º – PADRE DOMINGOS VERCELI (1981 a 1981)
32º – PADRE GENTIL LORENZONI (1982 a 1985)
33º – PADRE JACÓ ROBERTO HILGERT (1985 a 1988)
34º – PADRE JOÃO ALBERTO BAGOLIN (1989 a 1989)
35º – PADRE FLÁVIO ANTÔNIO ROHR (1990 a 1992)
36º – DOM JACÓ ROBERTO HILGERT (1992 a 1992)
37º – PADRE FREI ELOI ROSSETTI (1993 a 1993)
38º – PADRE JOÃO SÊNIO WICKERT (1994 a 1995)
39º – PADRE FLÁVIO ANTÔNIO ROHR (1996 a 1996)
40º – PADRE JOÃO ALBERTO BAGOLIN (1997 a 1997)
41º – PADRE ROGÉRIO FERRAZ DE ANDRADE (1998 a 2001)
42º – PADRE VALMOR ANTONIO STEURER (2002 a 2007)
43º – PADRE MARCOS DENARDI (2008 a 2008)
44º – PADRE EDSON ROBERTO MENEGAZZI (2009 a 2010)
45º – PADRE LUIS BRUNO KOLLING (2011 a 2015)
46º – PADRE ALDECIR CORASSA (2016 a 2016)
47º – PADRE MARCIO LAUFER (2017)
Histórico:
A Paróquia do Divino Espírito Santo é a mais antiga da Diocese de Cruz Alta, posto que sua história se confunde com a origem de fundação de Cruz Alta, considerando ainda que, naquela época, para se oficializar um povoado, era necessário erguer uma capela. Assim que os primeiros moradores chegaram aqui (o primeiro bloco de casas foi erguido na quadra em frente à Praça Matriz, na Rua Pinheiro Machado), nos primeiros anos de 1800, segundo o historiador Josino dos Santos Lima (1931), o tropeiro João José de Barros assumiu o empreendimento de reunir os moradores para solicitar a fundação da localidade. Este era um anseio da pequena comunidade, que visava garantir seus próprios interesses.
Foi assim que, no dia 10 de junho de 1821, todos os habitantes que sabiam assinar se reuniram para subscrever o requerimento coletivo à Junta Governativa da Província, para, dentro das formalidades legais, pleitear autorização para a construção da Capela.
O documento oficial da fundação de Cruz Alta é um ofício do Comandante da Fronteira das Missões, Cel. Antônio José da Silva Paulete a Antônio Pinto da Silva, que aqui transcrevemos na íntegra:
“Ilmo Senhor Coronel Comandante
Dizem os habitantes do Distrito da Cruz Alta desta mesma Província que, para o bem, aumento do mesmo Distrito, aumento da religião, eficaz meio da felicidade de nossas almas; nos falta administração dos Sacramentos e como para o referido nos é mister uma Capela e identificação dela à custa dos mesmos habitantes. Portanto pedimos a V.Sª. em atenção ao referido que o faça subir ao Governo da Capitania com o justo informe de V.Sª”.
E.R.Mce. Antônio Pinto da Silva – Comandante o Distrito.
O Capitão João José de Barros
Cândido Xavier de Barros
No verso do documento original consta as seguintes assinaturas:
José Joaquim Baptista; Manoel José Gomes; Manuel Francisco Chaves; Antônio Moreira; Joaquim Gomes Oliveira; Francisco Anhaia da Siqueira; Salvador Ferraz; João da Costa; Mariano Soares; José Lopes, Apolinário Gomes Ventura; José Fernandes; Manoel de Albuquerque; Miguel Rodrigues; Joaquim Miguel de Toledo; João de Góes; Gabriel Carvalho; João José dos Santos Lima; José Francisco Pinto; Salvador de Oliveira Lemes; Salvador Bonete; Francisco Pinheiro da Silva; Marcos Antunes e Manoel Alvares.
O requerimento foi atendido no dia 18 de agosto de 1821, data oficial da fundação do município. Entretanto, a demarcação da nova Capela só ocorreu quatro anos após a fundação de Cruz Alta e depois da conciliação das desavenças ocorridas entre Gabriel Rodrigues de Carvalho (Bulcão) e os novos habitantes, visto que Bulcão era dono da vasta sesmaria que abrangia grande parte do território da vila.
O nome “Capela do Divino Espirito Santo” tem origem no fato do Espírito Santo ser o padroeiro da paróquia e da cidade, posto que 10 de junho é dia de Pentecostes.
Transcrita no livro de Isaltina Vidal do Pilar Rosa (1981), temos, na íntegra, a autorização para a construção da Capela datada de 20 de janeiro de 1824, que assim teve sua Provisão:
Antônio Vieira da Soledade, Cavalheiro Confesso da Ordem de Cristo, Cônego da Santa Igreja Catedral e Capela Imperial da Corte do Rio de Janeiro, Censor Ordinário, Examinador do Sinodal do Bispado, Pregador Régio, Juiz dos Casamentos, Justificações e Resíduos, Provisor, Vigário Geral desta Província do Rio Grande do Sul e da mesma Visitador Geral por sua Excelência Reverendíssima, etc.
Aos que minha Provisão virem; Saúde e Paz no Senhor. Faço saber, que atendendo-se ao que por sua petição retro me enviou a dizer o sargento-Mór Joaquim Fernandes da Fonseca e mais moradores do Distrito da Cruz Alta, Departamento de Missões, deste Bispado e Província.
Hei por bem de lhes conceder licença como pela presente minha Provisão lhes concedo, pela parte que pertence a Autoridade Ordinária do Bispado, e para que possam ERIGIR UMA CAPELA no lugar que lhe for mais cômoda e Central, a aprazimento de todos, e de acordo com o seu reverendo Pároco, ao qual dou comissão para que depois de estando os Altares na forma decente, e como o mais para a celebração do Santo Sacrifício da Missa, a possa benzer na forma do Ritual Romano.
E declaro que antes destes atos de Visita e de Benção, se não possa nela celebrar debaixo de pena de interdito local, e da suspensão pessoal; mas depois de benta qualquer sacerdote que celebrar na dita Capela, será obrigado nos domingos e dias Santos a explicar a Doutrina Cristã, pelo Catecismo aos meninos e aos adultos que necessitarem; e logo que acabar a Missa e antes de recolher para a Sacristia, fará os Atos de Fé, Esperança e Caridade em voz alta, juntamente com o povo que assistir, de cuja emissão dará contas a Deus Nosso Senhor, e aos Reverendos visitantes lhes levarão em culpa.
E para que conste da legalidade da ereção da dita Capela, será registrada no Livro da respectiva Paróquia e apresentarão bem dentro o prazo de dois anos a Sua Excelência Reverendíssima para a confirmar.
Dado o passado em Residência de Porto Alegre, sob meu sinal e selo ex-causa, aos vinte de janeiro de mil oitocentos e vinte e quatro. Eu, Pe. Manuel José Sanhudo, escrivão da Câmara Eclesiástica, o subscrevi.
Neste documento, encontramos como data da fundação de Cruz Alta o dia 04 de junho de 1821, data em que foi deferida a petição pelos moradores para a criação do povoado. Há uma nota referente ao desmembramento da Capela Curada como retirada do Município de Cachoeira do Sul. Consta também, documento na cronologia religiosa da Diocese de Santa Maria, que Isaltina Vidal do Pilar Rosa (1981) reproduz, descrevendo a fundação da Capela em Cruz Alta:
(…) Quando foi erguida a cidade no local atual, o Coronel Vidal José do Pillar mandou construir a expensas suas, uma modesta Capela.
No entanto, tal afirmação é desmentida pelo jornalista Prudêncio Rocha (1962):
“Não é verdade que Vidal José do Pilar tenha feito traçar a planta da população, muito menos ainda que tenha ‘assinado o requerimento com todos os moradores’ para a edificação da Capela, pois seu nome não estava incluso em qualquer documento, e nesse tempo morava em sua estância à margem esquerda do Jaguarí. Ele só veio para Cruz Alta em 1828”.
O documento da Diocese de Santa Maria assim prossegue:
“Há uma Provisão Episcopal, com data de 06 de julho de 1821, que autoriza a reedificação da Capela de São Roque, depois do Divino Espírito Santo, filial da extinta Freguesia de São João Baptista, Povo Missioneiro, benzida em 1824. Essa Capela por longos anos serviu de Igreja Curada e Matriz, depois de ter sido aperfeiçoada pelo seu primeiro Capelão, Padre Antônio Pompeu Paes de Campos”.
Essa Capela provida em 1824, de cuja porta partiu a medição do rócio demarcatório dos limites da povoação, funcionou Capela Curada, pelo Vigário Geral de Porto Alegre, teve seu primeiro Cura nomeado no Capelão Padre Antônio Pompeu Paes de Campos, que exerceu suas atividades em Cruz Alta de 1824 a 1827.
Como explica Rossano Viero Cavalari (2004), “aceitando estabelecer-se em Cruz Alta, o Padre Pompeu fez erigir com toda a brevidade uma Ermida, onde ele como o primeiro sacerdote que habitou neste lugar dizia suas Missas e administrava os Sacramentos (…). Foi o primeiro Cura de Cruz Alta e seus onze escravos que o acompanhavam, auxiliaram na construção da capelinha”.
Prudêncio Rocha (1962) menciona um relato do próprio Padre Pompeu Paes de Campos, transcrito pelo Padre Napoles Massa, indicando que a Capela teria sido construída à custa dos moradores; também descrevendo os primeiros passos de sua criação, cuja localização seria na Cruz Alta Velha (Atual Benjamin Nott), somente depois deslocada para onde hoje está localizada a Praça da Matriz:
“A resolução, pois, que fizera com que os ditos fundadores optassem sobre aquele ponto de preferência (Benjamin Nott), não tardou em ser retirado depois de já para ali haverem conduzido madeiras para a construção da nova Capela que dedicavam ao Divino Espírito Santo e depois de já haverem dado providências para a fundação de vários arranchamentos (…) Regressaram, com efeito, a esse ponto (Praça da Matriz) e nele lançaram os fundamentos da povoação. Nesse ínterim, vindo a esta Província de São Paulo, donde era natural, o Reverendo Antônio Pompeu Paes de Campos, em fins do ano de 1824 de passagem por este ponto, onde se demorara por alguns dias, foi instado para que requeresse a provação de cura da Capela que, então, se achava armada a expensas dos recentes moradores”.
Corroborando com o relato do Padre Pompeu, transcrevemos documento veiculado no Jornal Diário Serrano, do dia 12 de março de 1985, no qual reproduz, em sua íntegra, os referentes signatários de quantias para a ereção da primeira capela de Cruz Alta, datado de 14 de janeiro de 1840:
Ilm.Snr.
Tendo ultimado a comissão que me trouxe a este ponto, e tendo, aliás, algumas coisas a fazer acerca de objetos alheios a dita comissão, mas que cumpria regulá-los antes de meu regresso, todavia importando tão bem minha estada na Capital, cumpre que para ela me dirija amanhã. Por este motivo, não podendo aplicar minhas atenções nos meios de edificar a Matriz desta vila, que sem uma igreja, além de desacostumar o povo do saudável jugo da religião, mostra ao viajor atento o desprezo da moral cristã e dos bons costumes que ela ensina.
A V.S. encarrego de prosseguir pelos distritos deste município na subscrição hoje por mim e por V.S. insertada nesta vila, criando desde já entre os moradores dela um Procurador para agitar a recepção do produto da dita subscrição e um Tesoureiro para tê-lo em dívida guarda e distribuí-lo com as formalidades e exação exigidas, a fim de se mostrar ao povo que não foi desviado de sua aplicação.
Logo que existam fundos suficientes para dar-se princípio à obra, V.S. tratará de comprar os materiais precisos, e lhe dará começo com aquela eficácia que lhe é própria, podendo, para isso, aplicar a quantia de duzentos mil réis dos rendimentos da Coletoria desta mesma vila.
Ao Tesoureiro nomeado mandará V.S. entregar os Livros da Receita e Despesa do Padroeiro, que com este incluso lhe remeto, e que por minha ordem farão recebidos da pessoa a quem os deixara Bernardino José Lopes.
As contas desses livros devem ser pelo tesoureiro examinadas, e arrecadadas as quantias que porventura se deva ao Padroeiro, para serem com aquela de que fiz menção, aplicadas para a edificação da Matriz.
Finalmente certo de que V.S. se penetrará da importância deste serviço, nada mais lhe recomendo.
Deus guarde V.S. – Secretaria do Interior e Fazenda na Cruz Alta.
15 de janeiro de 1840.
Domingos José de Almeida
Ilm.Snr. Antonio Vicente da Fontoura
Chefe geral da Polícia deste município e dos da Cachoeira e Rio Pardo Coletor Geral
Para a edificação da Igreja Matriz desta vila os abaixo assinados subscrevem com as quantias a cada um designado.
Vila da Cruz Alta, 14 de janeiro de 1840.
Exm. General Bento Manuel Ribeiro – 50 patacões de prata – 48.000 Réis
Domingos José de Almeida – 30 ditos – 28.800 Réis
Agostinho Antônio de Mello – prata – 12.800 Réis
Manuel José Nogueira – 100 patacões – 96.000 Réis
Antônio Vicente da Fontoura – 12.800 Réis
Francisco Antônio Carpes – 12.800 Réis
João Fernandes de Olmo – 12.800 Réis
Venâncio Gomes Suriano – 12.800 Réis
Miguel Jordão – 12.800 Réis
Antônio Rodrigues Pereira – 6.400 Réis
Manuel de Freitas Noronhas – 6.400 Réis
Rodrigo Feles Martins – prata – 17.000 Réis
Francisco Rodrigues Sanxes – 25.600 Réis
Miguel de Carvalho – 12.800 Réis
Silvestre José de Pontes – 8.000 Réis
Cândido de Barros – 4 novilhos 8.000 Réis
Marcelino de Carvalho Azevedo – 6.400 Réis
Camillo Justiniano Ruas – 6.400 Réis
Sisnando Antônio Carpes – 8.000 Réis
João José Veau – 8.000 Réis
Ricardo Antônio de Mello e Albuquerque – 12.800 Réis
____________________________________________
Fazenda Pública 200.000 Réis
561.000 Réis
Mais adiante, voltando ao documento transcrito por Prudêncio Rocha (1962) a respeito do relato do próprio Padre Pompeu Paes de Campos, transcrito pelo Padre Napoles Massa, temos uma breve descrição que nos dá um vislumbre de como era a Capela em seus primórdios:
“A Matriz que apenas se achava em princípios tinha já a sua coberta de palha e ainda não se achava fechada por paredes para cujos trabalhos, o mesmo Reverendo cedera os escravos que trazia consigo”.
Rossano Viero Cavalari (2004) produziu ilustração da Vila da Cruz Alta em seus primórdios, em torno de 1845. A vista é da Praça da Matriz, com o sobrado do Cel. Vidal do Pilar no canto extremo esquerdo, fronte a Rua das Carretas, atual Rua Pinheiro Machado. A Capela da Matriz pode ser vista ao centro da imagem, situada onde hoje é o centro da Praça da Matriz (Praça Erico Verissimo):
Em 14 de janeiro de 1840, a Câmara Municipal, já no seu regime Farrapo, destina 561$000 (quinhentos e sessenta e um mil réis) para as obras da construção da Igreja Matriz de Cruz Alta. Rossano Viero Cavalari (2015) cita que após a revolução, em 16 de julho de 1845, Ricardo de Melo e Albuquerque e o padre Francisco Gonçalves Pacheco enviam um relatório ao então presidente da Província Duque de Caxias, com informações sobre as urgências da Vila da Cruz Alta, e nele aponta, entre outras coisas, o estado lastimável da mesquinha construção” do prédio da Igreja da Matriz e do estado de deterioração do único edifício religioso que existia na vila:
“…bastará a exposição do estado atual, para que o Exmo.Sr.Presidente da Província conheça a ponderosa urgência da ereção do Templo. Conhecendo, porém, a Comissão, o Ônus que vai pesar sobre o tesouro Municipal, tal dispêndio, por via de orçamento, é de parecer que esta Câmara leve ao conhecimento do Exmo.Sr.Presidente da Província, que uma cota anual bastará para coadjuvar aos habitantes para construção do supradito Templo.
O parecer foi aprovado, mas as contribuições que vinham eram mesquinhas, mal davam para suprir as necessidades básicas da vila.
Em 1845, o português Francisco Antônio Alves foi incumbido de trazer quatro sinos missioneiros das ruínas de São Miguel para serem instalado na Capela, como explica Rossano Viero Cavalari (2012):
“Os sinos que espalhavam um badalar límpido e inspirador haviam sido trazidos em 1845 das ruínas de São Miguel das Missões, pelo português Francisco Antônio Alves, que teve evidentemente, muitos problemas com o transporte, principalmente porque não era qualquer eixo de carreta que suportava o peso superior a 100 arrobas (1.500 kg aproximadamente) só do sino maior. Os outros três que vieram junto eram bem menores e todos foram fundidos na antiga redução jesuítica. O sino maior trazia a inscrição Sancte Michael Ora Pro Nobis. Ano Domini 1726.50”.
Por certo, a Capela foi sendo constantemente reformada e aperfeiçoada através dos anos, a ponto de atingir uma proporção considerável. Mesmo assim, dez anos antes de ser demolida, seu acabamento ainda era bem simples, apesar do considerável aumento de suas proporções; a pintura era branca caiada (pintada com cal) e foi erguido um modesto campanário no lado esquerdo, onde estava instalado o sino maior trazido de São Miguel, pelo que podemos comprovar por meio da única ilustração oficial do local, registrada pelo pintor Roberto Mondret em 1863:
Essa Capela serviu por anos de Igreja Curada e Matriz, depois de ter sido aperfeiçoada pelo Pe. Antonio Pompeu Paes de Campos, que trabalhou com seus escravos na conclusão da mesma.
Isaltina Vidal do Pilar Rosa (1981) menciona que o Padre Pompeu, como era conhecido, conviveu intimamente com os moradores da vila. Vindo de São Paulo, passou por esta terra e se mostrou interessado em ficar. Assim os moradores da Cruz Alta lhe pediram para aceitar a nomeação como Cura da Provisão requerida.
Uma Concessão de terra (parte da Cruz Alta) lhe foi oferecida então, por despacho do Comandante da Fronteira de São Borja, coronel José Palmeiro, para usufruto seu e dos demais curas que lhe fossem sucessores; e o Padre Pompeu aceitou a oferta requerendo imediatamente a direção espiritual da população da localidade.
A Igreja da Matriz foi construída em 1873 para substituir a Capela ao centro da praça. No entanto, não exatamente no mesmo local. A construção foi assentada uns trinta metros para trás, sobre o antigo cemitério, e sua entrada principal fazendo frente agora para uma nova rua, chamada na época de “Rua da Igreja”, atual Rua Venâncio Aires.
Oito anos antes de iniciarem a construção da igreja matriz, o cemitério municipal foi relocado para um local ermo (na época) localizado em diagonal com a extinta Lagoa Bento Gonçalves (atual Rua Bento Gonçalves). Segundo Isaltina Vidal do Pilar Rosa (1981), o Coronel Vidal José do Pilar, figura que fez o primeiro traçado e vulto de grande importância para o desenvolvimento do povoado, teve, como homenagem póstuma, seu túmulo mantido embaixo do adro da igreja.
Rossano Viero Cavalari (2012) elucida que “a construção de um templo novo, na praça da cidade, em frente à antiga Capela do Divino Espírito Santo, exigiu muitos recursos e necessidades de alfaias para o templo e celebrações, como sagrados, cruzes, ostensórios, sinos, cálices, etc.”. A Pia Batismal, toda de mármore, que está até hoje conservada na atual Catedral, foi doada por Manoel Lucas Annes, no final do Século XIX.
Diferente dos padrões módicos da construção anterior, a Igreja da Matriz era muito maior que a antiga Capela, muito mais sólida, opulenta e trabalhada em detalhes arquitetônicos, com duas torres imponentes flanqueando um frontão ondulado em arcos na porta principal. Acima, erguia-se uma enorme platibanda em formato triangular, cujo centro ornava-se por um círculo com a representação esculpida de uma pomba branca, representando o “Divino Espírito Santo”, padroeiro da cidade e da paróquia. Acima da porta principal havia a inscrição latina “Espiritum Sancto Dedicatum”.
Os sinos de São Miguel, trazidos em 1845, e que antes ficara exposto ao tempo no antigo campanário, agora estava resguardado em uma das duas graciosas torres.
Segundo Ivan Soares Schettert (1993) a Igreja da Matriz recebeu doação das Leis Provinciais nº 59 e 504 para sua edificação. A primeira verba de 1:500$00 e da segunda, 15 contos de Réis.
Rossano Vieiro Cavalari (2011) salienta que a pedra fundamental foi lançada em 08 de dezembro de 1871, mas sua construção somente foi completada em 1917.
Apenas 17 anos após sua conclusão, em 25 de março de 1934, o vigário havia declarado no livro tombo que a igreja matriz se encontrava em precário estado de conservação e era muito “acanhada”, comportando apenas 400 pessoas. Além disso, a construção apresentava um gravíssimo problema estrutural na torre esquerda, por isso acabou sendo demolida para dar lugar a atual Catedral do Divino Espírito Santo.
A construção da atual Catedral teve início em 1944 e foi terminada em 1949. (Vide Histórico da Catedral do Divino Espírito Santo). No entanto, somente em 1947 a igreja antiga foi derrubada. Não era desejo do Padre Alfredo Pozzer que a comunidade visse suas torres e paredes desabar tijolo por tijolo, principalmente após tantos anos de campanhas para arrecadar fundos para sua tardia finalização. Para tanto, ele ordenou que primeiro erguessem as paredes da nova Catedral (muito maior que sua antecessora) para que somente depois que a antiga estivesse oculta, completamente engolida pela nova, fosse demolida sorrateiramente sem que os fiéis testemunhassem seu fim.
A Paróquia do Divino Espírito Santo foi Curato de 1824 a 1832. Depois Paróquia Ereta em 24 de outubro de 1832, e até 1911 pertenceu a Diocese de Porto Alegre. No período de 1912 a 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria e, a partir do dia 28 de janeiro de 1973, passou a pertencer a Diocese de Cruz Alta. (Vide Histórico da Diocese de Cruz Alta).
Fontes:
ALBERTONI, Claudino Antonio. A Diocese de Cruz Alta em fatos. Espumoso: Gráfica Líder. 2005.
CASTRO JR, Eurides de. Anuário de Cruz Alta Em Comemoração ao 128º Aniversário de Fundação da Cidade. 1949.
CAVALARI, Rossano Viero. A Gênese da Cruz Alta. Cruz Alta: Unicruz. 2004.
CAVALARI, Rossano Viero. Harmonia Cruzaltense. Tradição e História na Maçonaria Gaúcha. Porto Alegre: Martins Livreiro. 2015.
CAVALARI, Rossano Viero. O Ninho dos Pica-Paus, Cruz Alta na Revolução de 1893. Porto Alegre: Martins Livreiro. 2º edição 2012.
CAVALARI, Rossano Viero. Dicionário de Cruz Alta. Porto Alegre: Martins Livreiro. 2011.
FILHO, Serafim de Lima. Igrejas, Religiosidade e Procissões no RS. Porto Alegre: Evangraf, 2002.
LIMA, ALCIDES. História Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1983.
LIMA, Josino dos Santos. A Cidade de Cruz Alta (Lenda Histórica de sua Fundação). Porto Alegre: Editora Globo, 1931.
MAZERON, Gaston Hasslocher. Notas para a História de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora Globo, 1928.
ROCHA, Prudêncio. A História de Cruz Alta. Cruz Alta: Tipografia A Liderança, 1964.
RECHEGG, Antônio Sepp Von. Viagem as Missões Jesuíticas e Trabalhos Apostólicos. Editora Itatiaia. 1980.
ROSA, Isaltina Vidal do Pilar. CRUZ ALTA: História que fazem a história da cidade do Divino Espírito Santo da Cruz Alta. Rio de Janeiro: Tipo Editor, 1981.
SCHETTERT, Ivan Soares. Cruz Alta em Poemas. Como surgiu e evoluiu. Porto Alegre: Editora Pallotti, 1993.
Salão Paroquial do Divino Espírito Santo
Segundo matéria do Diário Serrano de 13 de maio de 1989, o último dia de Novena do Espírito Santo, assinalou o último evento no antigo salão paroquial, como vemos na foto abaixo.
O salão paroquial, localizado ao lado da Catedral do Divino Espírito Santo, começou a ser demolido dia 22 de maio de 1989, numa segunda-feira. Em seu lugar seria construído um prédio de dois pavimentos, como informou ao Jornal Diário Serrano do dia 19 de maio, o presidente da Diretoria da Paróquia, Luiz Cesca. Segundo ele, o prédio antigo encontrava-se em condições precárias, com as paredes totalmente rachadas, o que levou um representante da comunidade católica da Alemanha, que esteve em visita a Cruz Alta, a oferecer uma ajuda. No entanto, os alemães deixaram bem claro que só iriam colaborar para uma construção inteiramente nova, e não para uma reforma.
Desse modo a paróquia fez um pedido e então a comunidade passou a liberar verba para dar início às obras de construção do novo salão.
A princípio, Luiz Cesca, comentou que era difícil avaliar o custo total da obra, porque o material de construção sofria uma variação constante de preços, mas com os recursos vindos da Alemanha, e mais os lucros obtidos com as realizações das quermesses, durante a Novena em preparação a Festa do Divino Espírito Santo, seria possível construir uma boa parte do prédio. Para a conclusão, no entanto, a Igreja contava mais uma vez com o apoio da comunidade.
A demolição aconteceu não só onde funcionava o salão paroquial, mas também nos prédios ao lado, na Ria Dique de Caxias, onde funcionava a Loteria Tupy, Sorveteria Napoli e Livraria Central, que, inclusive, à essa altura, já estavam instaladas em outros locais.
Com as obras iniciadas em abril de 1989, e uma atuante comissão que coordenava a campanha, formada por Neri Fuchina Facco, Orlandino Lazarri, Ivory Oliveira, Sady Martins, Luiz Cesca e Celso Ferreti, o ano de 1990 fizera avançar bastante o trabalho, porém, os recursos eram escassos e ainda não havia estimativa de conclusão. Como havia comentado o Padre Flávio Rohr, para o Jornal Diário Serrano do dia 24 de junho de 1990, “com a participação da comunidade, custaria o mesmo que a participação em 50% da construção em si, de forma que a Igreja optou pelo salão novo. A decisão veio de encontro aos anseios da comunidade, que reivindicava há tempos um novo salão, e que este proporcionasse algumas salas de reuniões mais adequadas, bem como um local para suas confraternizações em aniversários, casamentos e outras comemorações”.
Parte da estrutura ficara pronta em 1990
A obra estava em plena fase de construção, e a Igreja estava otimista de que ela pudesse ser concluída ainda em 1990. Faltavam, além do telhado, a alvenaria e todo o acabamento, o que, de acordo com o Padre Flávio, implicaria em comprar a cobertura, as aberturas-vidros, tijolos, luminárias, e, especialmente, pagar toda a mão de obra necessária. Para isto ele contava com a colaboração de toda a comunidade cruz-altense.
Falta de recursos
“A comunidade católica da Alemanha se comprometeu em financiar 50% da obra, com a exigência de que os outros 50% ficariam a cargo da comunidade paroquial”, explicou o Padre Flávio, sendo que, desta forma, eles enviaram 60 mil marcos, 40 mil em junho de 1989 e 20 mil em janeiro de 1990. “Devido a difícil situação econômica do povo, não fizemos campanha e gastamos a verba enviada, que está no fim. Desta forma a Igreja espera que as contribuições não sejam somente as feitas através do cartão do Dízimo, mas também na forma de soja, trigo ou rezes. As contribuições podem ser feitas ainda em forma do próprio material de construção, como telhas, aberturas, vidros, areia e outros”.
Em 19 de janeiro de 1991, a parte térrea se encontrava em fase de conclusão, tendo já sido alugadas praticamente todas as salas, como afirmou o tesoureiro da Diocese Orlandino Lazzari, para o Diário Serrano. Ressaltando que a previsão de término das lojas térreas, seria até o fim da primeira quinzena de fevereiro, onde praticamente todas as lojas já se encontram alugadas para o comércio, além da Livraria da Catedral, que passava a funcionar em frente à Rua Venâncio Aires (onde funciona até hoje).
Tão logo fosse concluída, teria início as obras de conclusão do segundo piso, faltando as aberturas, o piso, teto, portas e janelas. Para tanto, novas campanhas seriam lançadas a partir de fevereiro, tendo em vista angariar verbas junto à comunidade para que as obras cheguem ao seu final.
Dentre as promoções, foram feitos churrascos com bingo, dia 8 de março, bingo com salgados dia 8 e 9, com rifas concorrendo a um televisor colorido.
Inauguração do novo Salão Paroquial
O salão foi oficialmente inaugurado no dia 16 de maio de 1991, durante a Festa do Divino.
A exemplo do ano anterior, a Festa do Divino também deu continuidade à campanha para a conclusão das obras do Salão paroquial, visando arrecadar as aberturas para a parte posterior do salão, para a qual solicita a colaboração da comunidade. “Estamos agora com a campanha para as aberturas da parte superior do prédio. As janelas e portas já estão sendo colocadas, mas precisam ser pagas. E um valor alto que precisa ser arrecadado junto à comunidade que está convidada a participar desta grande festa”, comentou Padre Flávio Rohr para o Jornal Diário Serrano do dia 19 de maio de 1991. E apesar de o salão ainda não estar concluso, foi nele que aconteceu a edição, nos dias 16, 17 e 18 de maio.
De acordo com o Padre Flávio Rohr, segundo Jornal Diário Serrano de 22 de junho, a renda líquida da Festa do Divino de 1991 foi de Cr$ 547 mil e 24 centavos, que foram destinados, prioritariamente, a conclusão das obras do salão paroquial da Catedral, visto que ainda estavam inconclusos o reboco, piso e forro na parte superior, bem como alguns retorques na inferior, onde se arranjavam três salas de catequese e reuniões.
Estavam também sendo instalados os banheiros, a cozinha e a churrasqueira no salão principal, para que a Catedral pudesse sediar os festejos de São João, previstos para o final daquele mês de junho. “Nós não temos pressa de completar os trabalhos, principalmente tendo em vista a crise econômica da atualidade, e mesmo assim a obra está caminhando bem para sua conclusão”, comentou Padre Flávio na ocasião, ressaltando ainda que “apesar da crise econômica, a construção do salão paroquial continua em pleno andamento, embora um pouco atrasada em seu cronograma inicial”.
Há poucos dias, lembrou o Padre, foi encerrada com igual sucesso uma campanha com o objetivo de conseguir doadores para as 14 janelas do salão de festas, que foram doadas por Amábile Facco Rubin e filhos, Juliete Amorim, Zancal, Venuto Vicensi e família, José Cavalheiro e família, Raquel Calçados, Constantino Cessa e família, irmãs do Colégio Santíssima Trindade, Jorônimo Rubin e filhos, Daniel Macagnan e filhos, Ricardo Stefanello, Atílio Scapin e filhos, Antenor Segatto e família, além do Setor dos religiosos da Diocese de Cruz Alta.
A próxima promoção em favor da conclusão das obras do salão, aconteceu no dia 29 de junho, quando foi realizado um risoto com bingo.
A campanha seguinte, segundo Jornal Diário Serrano de 22 de junho de 1991, teve como objetivo a compra de mesas e cadeiras para o novo salão. A comunidade teve três opções: doação em dinheiro, uma cadeira ao preço de Cr$ 2 mil cruzeiros, doação em dinheiro numa missa ao preço de Cr$ 6 mil cruzeiros, ou doação em dinheiro num um conjunto com uma mesa, quatro cadeiras ao preço de Cr$ 12 mil cruzeiros.
Em dezembro, foi organizado nova promoção beneficente, um jantar com música ao vivo, com o cantor Angelino Rogério, visando o acabamento da copa, cozinha e churrasqueira do salão de festas do andar superior, e os passos finais, conforme o Padre Flávio Rohr, seriam o reboco e o piso, que foram finalizados nos meses seguintes.
Um dos aspectos muito positivos durante o processo de construção, ressaltados pelo padre Flávio, foi a colaboração das pessoas através de doações diversas. Segundo ele, “a construção de um novo salão se fazia necessária, e isso a comunidade entendeu, pois trará muitos benefícios a todos”.
Fonte:
Jornal Diário Serrano, 19 de maio de 1989
Jornal Diário Serrano, 24 de junho de 1990
Jornal Diário Serrano, 13 de maio de 1989
Jornal Diário Serrano, 14 de dezembro de 1990
Jornal Diário Serrano, 19 de janeiro de 1991
Jornal Diário Serrano, 3 de março de 1991
Jornal Diário Serrano, 8 de maio de 1991
Jornal Diário Serrano, 7 de junho de 1991
Jornal Diário Serrano, 1º de dezembro de 1991
Histórico da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Resumo:
* Paróquia ereta em 8 de março de 1953
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Em 2 de fevereiro de 1969 foi elevada à Sede do Vicariato Episcopal.
Localização:
Endereço: Rua Mariz e Barros, 302
CEP: 98.010-354 – Cruz Alta/RS
Comunidades urbanas:
Nossa Senhora de Fátima – Matriz
Rainha dos Apóstolos – Toríbio Verissimo
Santo Antônio – Vila Santo Antônio
São Vicente Palotti – Vila Tamoio
Nossa Senhora Perpétuo Socorro – Bairro Ferroviário
São José – Bairro São José
Santa Terezinha – Vila Abegay
São Judas Tadeu – Vila Rancho
Nossa Senhora das Graças – Bairro Alvorada
Comunidades rurais:
Menino Jesus – Benjamin Nott
Santa Ana – Cadeado
Nossa Senhora da Salete – Ivaí
Nossa Senhora Aparecida – Ponte Queimada
São Lucas – Ponte Queimada
Lista de Párocos:
01 – Mons. Floriano Cordenunsi – 08/03/1953
02 – Padre Breno Simonetti – 31/05/1955
03 – Padre Roberto V. Cordenunsi – 08/10/1955
04 – Padre Roberto V. Cordenunsi – 10/11/1955
05 – Padre Carlos Pretto – Data ignorada
06 – Padre Fortunato Inácio Dall’Agnol – 27/01/1957
07 – Padre Luiz Giuliani – 06/1960
08 – Padre Artêmio Santi – 23/03/1962
09 – Mons. Frederico Didonet – 02/02/1969
10 – Padre Lino Cherubini – 12/01/1969
11 – Padre Paulo A. Kunrath – 08/10/1978
12 – Padre Matheus Kuzlimullorem – 19/08/1979
13 – Padre Ilvo Santo Roratto – 18/01/1981 a 10/03/1985
14 – Padre Glaci Telmo Buriol – 18/10/81 a 25/02/1983
15 – Padre Ademar Fighera – 15/02/1983
16 – Padre Alfredo Venturini – 10/03/1984
17 – Padre Aquiles Rossatto – 10/03/1985
18 – Padre Osvaldo Rafael Cremonese – 28/02/1987
19 – Padre Orides Meneguel – 26/01/1988
20 – Padre Frei Donato João Pegoraro – 13/01/1989
21 – Padre Vitélio Trevisan – 31/01/1989
22 – Padre João Alberto Bagolin – 16/01/1990
23 – Padre Donato José Reidmann – 03/01/1992
24 – Padre João Sênio Wickert – 25/12/1992
25 – Afonso Seger – 02/07/1993
26 – Padre João Luiz Machri – 28/12/1993
27 – Padre Wunibaldo Antonio Reckziegel – 18/12/1996
28 – Padre Darci Serafin Ruas Rodrigues – 1999 – 2001
29 – Padre José Rodolfo Jantsch – janeiro/2002
30 – Padre Magnus Camargo – 2010
31 – Padre Silvio Mazzarolo – 2016
32 – Padre Douglas Carré – 2017
33 – Padre Aldecir Corassa – 2022 (como administrador paroquial)
Histórico:
Na história de Cruz Alta a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima é bem recente. Antes toda essa área fazia parte da Paróquia do Divino Espírito Santo. A fundação da Igreja Nossa Senhora de Fátima inicia na década de 50, quando os Reverendos Padres da Congregação dos Palotinos, atuando na Paróquia do Divino Espírito Santo, solicitaram ao Bispo Diocesano de Santa Maria a criação de uma nova paróquia, a fim de atender a parte Sul do enorme território atendido por eles no Divino Espírito Santo.
Em abril de 1952, Dom Antônio Reis expediu portaria eclesiástica nomeando o Padre Floriano Cordenunsi, investido de jurisdição comum aos párocos, para organizar a futura paróquia. Padre Floriano viajou de trem para Cruz Alta no dia 26 de abril de 1952, tendo sido recebido pelo Padre Sebastião Lovato, da Paróquia do Divino Espírito Santo, por inúmeras associações religiosas e pessoas da comunidade, em acontecimento amplamente divulgado na época pela imprensa.
Padre Floriano e seu secretário Benedito se hospedaram na Paróquia do Divino até que pudessem alugar uma casa, ponto de partida para enfrentar as dificuldades que já aguardavam.
Durante os primeiros meses as atividades se limitaram em visitar famílias a fim de criar um ambiente propício à criação da Paróquia, e o Padre Cordenunsi se mostrou incansável no acolhimento de opiniões de todos os interessados e dispostos a ajudar.
A futura paróquia não tinha sede, titular ou padroeiro. Tudo deveria ser relatado e preparado à autoridade eclesiástica de Santa Maria, a fim de que, após a análise dos dados, fosse decidido o nome do padroeiro e o local da instalação.
No dia 21 de maio de 1952, uma comissão liderada pelo Padre Cordenunsi se reuniu com o Bispo Diocesano Dom Antônio Reis, no Colégio Santíssima Trindade, para decidir o nome da nova paróquia: Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em homenagem à Virgem de Fátima. Para atender os devotos, foi também decidido que ela se dedicaria, como titular secundária a Santa Terezinha do Menino Jesus, e o local escolhido foi junto à Praça General Firmino, por ser a principal da cidade e o ponto de maior convergência do povo.
Em 14 de agosto de 1952, foi adquirida por escritura pública, a propriedade de Djalme Juchen, onde foi instalada a igreja provisória.
No dia 8 de março de 1953 o Bispo Dom Antônio Reis criou a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, através de Decreto registrado no Livro IV folhas 101 da Diocese. Na mesma data houve a expedição da provisão do 1º Pároco, Padre Floriano Cordenunsi. A data de instalação, bem como o decreto de criação mencionam claramente o título secundário a Santa Terezinha do menino Jesus, cujas atividades religiosas se realizam sempre no final do ano, próximo ao Natal.
É destacado até os dias atuais o grande esforço e espírito de cooperação do povo católico, contribuindo decisivamente na aquisição do imóvel, participando das atividades religiosas, além do esforço da comunidade da Capela Perpétuo Socorro, na Vila Ferroviária.
A padroeira da paróquia é Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a Virgem Mãe de Jesus, que recebeu esse nome por aparecer nos montes de Fátima, em Portugal, no ano de 1917. Em todas as aparições ela recomendava que rezassem o terço a fim de alcançar a paz para o mundo. Em sua última aparição no dia 13 de outubro de 1917, demonstrada com o milagre do sol, Maria identificou-se: “Eu sou a Senhora do Rosário”.
A missa solene de instalação foi celebrada por Dom Antônio Reis e testemunhadas por inúmeras autoridades locais e diocesanas, por pessoas ilustres da comunidade local, assim como o Prefeito Municipal Aristides Basílio de Campos. Também foram testemunhas do ato os senhores João Durigon e Bento Bisso. Na ocasião foi lido para o povo o decreto de criação, o Ato de Provisão do Pároco e a ata de instalação da Paróquia.
Neste mesmo ano de 1953 foi implantado definitivamente, em maio, a festa paroquial de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e foram realizadas cruzadas do Santo Rosário em todas as localidades paroquiais durante o ano, culminando com a segunda grande festa e Romaria ao Monumento de Fátima.
Em dezembro do ano de 1953 foi realizada uma grande festa de santa Terezinha, precedida de novena com pregação de ilustres convidados. Assim a festa da Padroeira, em maio, e de Santa Terezinha, em dezembro, tornaram-se tradicionais na Paróquia e mantidas por muitos anos.
Em 1959 foi fundado, pelo então Padre Carlos Preto o Grêmio de Professores Católicos da cidade de Cruz Alta, tendo funcionado por vários anos. Na paróquia foi também fundada a JEC (Juventude Estudantil Católica). De fato, vários movimentos religiosos surgiram na Paróquia de Fátima.
A igreja provisória, adquirida em 14 de agosto de 1952, consistia em uma casa no mesmo local da futura igreja, situada na Rua Mariz e Barros nº 324. Concomitante, a comunidade da zona sul da cidade iniciou campanhas beneficentes e festejos populares e religiosos para arrecadar fundos para a instalação da paróquia, que foi inaugurada no dia 11 de outubro de 1952, às 8h, iniciando com a benção do Bispo Dom Antônio Reis, seguida de uma missa de inauguração. O templo provisório era muito pequeno para atender a comunidade, por tal motivo as novenas em preparação para a Romaria de Fátima eram feitas na Paróquia do Divino Espírito Santo, visando uma melhor acomodação do povo.
Na verdade, duas obras de volto estavam em andamento ao mesmo tempo. A construção do Monumento de Nossa Senhora de Fátima e a ereção da Paróquia de Fátima. O monumento estava recebendo os últimos retoques para sua inauguração, ao passo que a nova paróquia estava sentando as bases para erguer-se sobre elas a segunda matriz de Cruz Alta.
Antes da construção da Igreja de Fátima, no entanto, foram iniciadas, em abril de 1961, as obras de construção do Salão Paroquial e da casa canônica, tendo à frente a supervisão do Padre Fortunato Dall’Agnol. Além das promoções desenvolvidas pela comunidade, o resultado financeiro da Romaria de Fátima foi depositado em conta em favor do salão. Segundo descrições de matérias do Jornal Diário Serrano, tratava-se de uma excelente construção, que possuía ainda camarotes, palco, apartamentos com as necessárias instalações, bem como um apartamento destinado especialmente ao Sr. Bispo Dom Luiz Sartori.
Em sua inauguração, datada do dia 14 de outubro do mesmo ano, às 10h, seguida de crisma que o Bispo Dom Luiz Sartori, Bispo de Santa Maria, dispensara aos fiéis, o salão foi transformado em Igreja até que fosse construída a definitiva.
Em 1964, na véspera do Natal foi entregue a casa construída no fundo do salão, para moradia das irmãs catequistas e algumas salas de catequese, enquanto que no período de 1961 a 1968 foram construídas a Igreja Matriz, a casa Canônica, a Casa das Irmãs Catequistas e o Salão Paroquial.
Já em 1º de janeiro de 1969 o Bispo de Santa Maria, Dom Luiz Vitor Sartori expediu o Decreto de criação do Vicariato Episcopal de Cruz Alta, e na mesma data foi nomeado o Monsenhor Frederico Didonet, Vigário Episcopal. Segundo o Decreto, “erigimos em matriz episcopal, sede do vicariato, a Igreja Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Cruz Alta.
A história prossegue quando em junho de 1971 o Núncio Apostólico enviou telegrama ao Vigário Episcopal Monsenhor Frederico Didonet comunicando a criação da Diocese de Cruz Alta, que deveria ser instalada no dia 11 de julho do mesmo ano, e para preparar a instalação e assumir a Diocese foi enviado a Cruz Alta Dom Walmor que aqui ficou por um curto período, sendo a Diocese de Cruz Alta instalada apenas no dia 28 de janeiro de 1973, com Dom Paulo Moretto como o primeiro Bispo de nossa Diocese.
Fonte:
Diocese de Cruz Alta, dados sobre as paróquias, 1987
Jornal Diário Serrano, 16 de maio de 1993
Jornal Diário Serrano, 12 de outubro de 1961
Jornal Diário Serrano, 15 de outubro de 1961
Jornal Diário Serrano, 29 de outubro de 1961
Jornal Diário Serrano, 14 de maio de 1993
ALBERTONI, Claudino. Revista da Família da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Espumoso: Gráfica Líder, 2007
Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição
Resumo:
* Fundada em 1972
* Início da construção da Igreja em 1977
* Ampliação do Centro Comunitário em 1990
*1º de janeiro de 1996 fundada a paróquia
*Igreja inaugurada em 10 de dezembro de 1995
Localização:
Rua Pedro Fumagalli, 260
CEP: 98.040-350 – Cruz Alta/RS
Comunidades urbanas:
Imaculada Conceição – Igreja Matriz
Nossa Senhora das Dores – Bairro Independência
São Cristóvão – Vila Hilda
Bom Pastor – Bairro Brum
Capela Ressureição – Bairro Marcelo
São Marcelino Champagnat
Santos Anjos – Jardim Primavera
Nossa Senhora da Luz – Bairro do Sol
Comunidades Rurais:
Nossa Senhora Aparecida – Capão Grande
Santa Terezinha – Passo da Divisa
Santo Antônio – Seival
Sagrada Família – Novo Horizonte
Lista de Párocos:
* Padre Dino Ciota (antes da criação da paróquia) – 1993 a junho de 1994;
* Por alguns meses tiveram o atendimento do Padre Luiz Bruno Kolling;
1º – Pároco – Dom Jacó Hilgert – Vigário Geral: Padre Luiz Santino, 1996
2º – Padre Marlo dos Reis – 1996 até 30/03/1998
3º – Padre Darci Serafim Ruas Rodrigues – 30/03/1998 a 09/12/1998
4º – Padre José Jungblut – 06/02/1999 a 04/02/2011
5º – Padre Tiago Adão Megier – 05/02/2011 a 04/02/2012
6º – Padre Marcio Laufer – 04/02/2012 a 02/03/2014
7º – Padre Tiago Adão Megier – 02/03/2014 a 30/01/2018
8º – Padre Eliseu Lucas Alves de Oliveira – 03/02/2018 a…
Histórico:
A Paróquia Imaculada Conceição, situada no Bairro Conceição, foi fundada em 1972. De acordo com informações da Secretaria da Paróquia, os moradores iniciaram com estudos bíblicos em suas casas, animando a fé, a oração, educando para o amor partilhado. Em 1973 planejou-se um lugar para a reunião da comunidade, o que se concretizou em 1977, com o início da construção da Igreja.
Em 1990 foi ampliado o centro comunitário. Em 1994 foi implantada a pedra fundamental, e em 1º de janeiro de 1996, por decreto de Dom Jacó Roberto Hilgert, foi ereta a Paróquia, tendo como comunidade mãe a Matriz Nossa Senhora Imaculada Conceição e as filiais: Comunidade Nossa Senhora das Dores, no Bairro Independência, comunidade São Cristóvão, na Vila Hilda, e comunidade Bom Pastor, no Bairro Brum.
Em setembro de 2003, a comunidade Imaculada Conceição cresceu com a união da comunidade Santo Antônio – Seival, Santa Terezinha do Passo da Divisa, de São Jerônimo do Lagoão, da Sagrada Família do Novo Horizonte e Nossa Senhora Aparecida do Capão Grande.
Depois de um ano de atividades, foi inaugurada a igreja da Paróquia no dia 10 de dezembro de 1995, feita a partir da colaboração da comunidade, com promoções e doações.
Uma intensa programação festejou a data, marcando a culminância de um trabalho que beneficiaria milhares de pessoas. A programação iniciou às 8h30min, com a abertura dos envelopes de Padrinho e Madrinha da construção. Às 9h30min foi feito o corte inaugural e Benção da Igreja. Às 10h aconteceu uma missa de Ação de Graças na nova igreja. E, ao meio-dia, um churrasco com saladas, cucas e bebidas em geral foi servido. Durante a festa, a animação ficou por conta do conjunto Mensagem, de Selbach. No encerramento da festa, às 17h, foi feito o sorteio com bingo, da rifa de um veículo 0 KM, uma televisão e uma bicicleta.
Conforme Valdir Hacke, primeiro tesoureiro da diretoria de construção da obra, na área onde foi construída a nova igreja, existia um salão onde eram celebradas as missas, e realizadas as promoções para arrecadar fundos para o andamento do projeto.
Em julho de 1994 começou a construção propriamente dita, em terreno cedido pela Mitra Diocesana, em frente à Praça do Bairro Conceição, fundos da antiga Francar. O sistema de mutirão pelos moradores marcou o início de tudo.
A partir do momento em que se decidiu por erguer a igreja, foi escolhida uma comissão para a construção, formada por: Valmor de Bortoli, presidente; João L. Schereiner, vice-presidente; Valdir Hacke, primeiro tesoureiro; Adinor Marchionatti, segundo tesoureiro; Dirceu Rubin, primeiro secretário e Clausídio Lanzarin, segundo secretário.
E, ainda fizeram parte da comissão de construção os seguintes colaboradores: Marcos Gravina, Eugênio Murussi, Pompílio S. Silva, Adelino Pienez, Abílio Mareth, Antoninho Della Mea, Dilson Horn, Dirceu Sgardella, Darci Guidini, Ernesto Minussi, Hélio Librelotto, Jorge Nicolodi, João Alfredo Girardi, Roger Miron, Odir Nicolodi, Paulo Emir Lauxen, Paulo Pacheco, Pedro Hammes, Loreno Marcial da Silva, Sidnei Ferrarin, João Luis Cadore, Jacinto Manjabosco, Flávio Rossato, Walter Guintzel, Flávio Madruga e José Cadore. Já Arlindo Carvinatto e Sérgio Carvinatto fora os construtores da obra, com o auxílio do engenheiro Jorge Nogueira e do Padre Dino Ciotta, que foi o colaborador especial e deu grande incentivo aos trabalhos da comunidade.
Moradores das comunidades vizinhas e, de toda a cidade, estiveram colaborando pelo erguimento da obra, com sorteios, rifas e todo o tipo de promoções para a construção da obra, que teve um custo que ultrapassa os R$ 150.000,00.
Fonte:
Histórico Mitra Diocesana 1995
Jornal Diário Serrano, 28 de novembro de 1995
Jornal Diário Serrano, 2 de dezembro de 2010
Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Natividade – Ijuí
Resumo:
* Curato criado em 9 de janeiro de 1896
* No princípio era atendida pelos padres de Cruz Alta
* Paróquia ereta em 1915
* Até 1921 pertenceu à Diocese de Uruguaiana
* De 1922 a 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1972 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
Localização:
Endereço: Rua Praça da República, 14
CEP: 98.700-000 – Ijuí/RS
Comunidades urbana:
Nossa Senhora da Natividade – Igreja Matriz
Espírito Santo – Bairro Glória
São Francisco de Assis – Bairro Burtet
Sagrada Família – Bairro Storch
Santa Rita de Cássia – B. Tancredo Neves
São Luiz – Bairro Colonial
Sagrado Coração de Jesus – B. Mundstock
Lista de Párocos:
01 – Padre Raphael Santoro -1892 a 1895
02 – Padre Antonio Basílio Cuber – 1896 a 1915
03 – Padre Estanislau Golomboski – 08/1915 a 12/1915
04 – Padre José Lomergt – 01/1916 a 08/1916
05 – Padre José Lomergt – 01/1916 a 08/1916
06 – Padre Hermegildo Gambetti – 08/1916 a 02/1917
07 – Padre João Zygmunt – 02/1917 a 12/1918
08 – Padre Jacintho Myessopowst – 12/1918 a 12/1921
09 – Padre João Schmidt – 12/1921 a 06/1924
10 – Monsenhor Armando Teixeira – 06/1924 a 02/1932
11 – Monsenhor Pio José Busanello – 02/1932 a 02/1964
12 – Padre Waldemar Engster – 07/1956 a 02/1957
13 – Padre Ettore Jachemett – 02/1957 a 01/1958
14 – Padre Pedro Sady Franco – 02/1958 a 02/1964
15 – Padre Luis Giuliani – 1961 a 1964
16 – Padre Erno Emílio Luft – 02/1964 a 02/1966
17 – Padre José Jungblut – 02/1966 a 04/1972
18 – Padre Severino Zanatta – 04/1972 a 12/1972
19 – Padre Etanislau Herba – 02/1973 a 02/1976
20 – Padre José Poszwa – 1976 a 1983
21 – Padre Luiz Gazda – 1975 a 1986
22 – Padre Stanislau Gogulski – 1982 – 1983
23 – Padre – Zdzislaw Malczewski – 03/1984 a 12/1988
24 – Padre Francisco Adamczyk – 07/1985 a 12/1987
25 – Padre André Wegzyn – 11/1987 a 01/1992
26 – Padre Paulo Piotrowski – 11/1989 a 06/1989
27 – Padre Tadeu Banioski – 11/1989 a 12/1990
28 – Padre Zbigniew Perdjon – 12/1990 a 01/1993
29 – Padre Zdzislaw Nabialczyk – 12/1990 a 01/1993
30 – Padre Kazimierz Przegendza – 02/1992 a 10/1994
31 – Padre Alojzy Laimann – 02/1993 a 10/1994
32 – Padre José Mario Angonese – 10/1994 a 12/1994
33 – Padre Atalibo Lise – 10/1994 a 12/1994
34 – Padre Luiz Brunio Kolling – 01/1995 a 12/1999
35 – Padre Marcos Rogério Denardi – 01/2000 a 12/2004
36 – Padre Edson Roberto Menegazzi – 01/2005 a 01/2009
37 – Padre Silvio Jorge Mazzarolo – 02/2009 a 12/2016
38 – Padre Magnus Camargo – 01/2016 a 01/2021
39 – Padre Cristiano Segabinazzi – 02/2021 a …
Histórico:
O Singelo e bonito monumento construído pela fé católica de Ijuí, à Praça da República, não foi o primeiro erguido na cidade. No exato local em que se encontra hoje o jardim que ornamenta a Igreja, existia a primeira Matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Natividade. Foi construída no ano de 1897, em terreno doado pelo Padre Antônio Cuber. Esta primeira igreja foi ampliada, poucos anos depois, em 1911, por ter-se revelado pequena.
Antes mesmo dessa primeira igreja ter sido construída na cidade, então sede da Colônia de Ijuí, já em 1895, uma capela foi erigida na Picada Conceição. Foi talvez este o primeiro templo católico de Ijuí.
As primeiras atividades religiosas na Colônia de Ijuí foram desenvolvidas de 1892 a 1895, pelo Padre Raphael Santoro, Vigário de Cruz Alta. Em 1896 foi criado o Curato de Nossa Senhora da Natividade, com a nomeação de seu primeiro Cura, mais tarde vigário, o Padre Antonio Cuber.
Durante a visita do Bispo de Uruguaiana, Dom Hermeto José Pinheiro, em 2 de março de 1913, foi mostrado naquele prelado a planta para uma nova igreja matriz, projetada para a Paróquia da Natividade. Data, portanto, daquele ano, a ideia de se construir um edifício condizente com o desenvolvimento atingido pela nova colônia.
A concretização desse plano, entretanto, levaria ainda alguns anos. Durante nova visita pastoral de Dom Hermeto, no dia 5 de outubro de 1917, foi escolhida uma comissão central para construir a nova matriz. Os membros desta comissão foram: Coronel Antônio Soares de Barros, presidente honorário, Sylvio Panichi, presidente; Padre João Zygmunt, vice-presidente; Álvaro de Carvalho Nicofé, tesoureiro; Antônio Setembrino Lopes, secretário; e mais os seguintes membros auxiliares: Ludwig Streicher, José Dye, Habid José Craidy e José Rosa Lopes.
Foi também composta uma comissão de senhoras: Lucila Barros, presidente; Maria Amorim, secretária; Manoel Fernandes de Abreu, tesoureira; tendo como auxiliares Etelvina Fernandes, Jenny Salgado, Olinda Lampert, Elfrida Kopf Guimarães e Marieta Binatto. Esta comissão, imediatamente pôs em prática uma ampla campanha de fundos, convidando para auxiliar na angariação de recursos as pessoas mais influentes em toda a área municipal.
Até 1922 a Paróquia da Natividade pertenceu à Diocese de Uruguaiana.
Demorou vários anos até serem iniciadas as obras. Segundo depoimento de Monsenhor Armando Teixeira, quando assumiu a paróquia em 27 de junho de 1924, a construção fora iniciada durante a gestão de Padre João Schmidt. Porém, foi na administração do Monsenhor Teixeira (que antes de vir para Ijuí construiria a Igreja de Júlio de Castilhos), as obras ganharam impulso.
No dia 6 de fevereiro de 1927, com a presença do Bispo Attico Eusébio da Rocha, de Santa Maria, foi consagrada e inaugurada a nova Matriz da Natividade. Um préstito de 23 autos encabeçada pelo Intendente Cel. Antônio Soares de Barros foi encontrar o Bispo Diocesano na divisa do município. A recepção na vida, descrita pelo Monsenhor Armando Teixeira, “foi um espetáculo grandioso, como talvez Ijuí nunca tinha visto. O cortejo que se formou por toda a rua do Comércio, belamente ornamentada”.
A igreja estava inaugurada. Os ofícios religiosos eram celebrados no novo prédio. Mas faltava o reboco externo. Isso foi feito a partir de 13 de dezembro de 1935, quando já era vigário o Monsenhor Pio José Bussanello. Os trabalhos foram administrados por José Antônio Frantz e executados por Alfredo Kopplin, ficando concluído em abril de 1936.
A Matriz da Natividade teve seu telhado renovado na segunda semana de 1944, e recebeu pintura interna nova em 11 de novembro de 1946. Durante o ano de 1947 aforam adquiridos três sinos inicialmente instalados numa torre provisória de madeira. Mais tarde, em 1955, surgiu a ideia de construir uma nova igreja, com duas torres. A planta chegou a ser confeccionada, mas depois de várias marchas e contramarchas, ficou resolvido remodelar o prédio. Foi colocado um telhado de zinco. Os sinos foram transferidos para torre da igreja, tudo isso feito no último quartel de 1962.
Finalmente o interior da matriz foi submetido a uma completa reforma e adaptação à nova liturgia. Foi demolido o antigo coro. Um novo forro, com linhas modernas, piso de plastibel, novas janelas basculantes, novo sistema de iluminação, o altar-mesa, púlpitos, batistério foram reformados, tendo sido concluídos em 19 de maio de 1968, transformando a Matriz da Natividade num dos mais belos e modernos templos da região.
A partir de 1972 a Paróquia passou a integrar a Diocese de Cruz Alta. Entre as mais belas tradições da paróquia, podemos destacar as novenas em louvor do Divino Espírito Santo e à Padroeira, hoje praticamente restrita ao âmbito religioso.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia N. Sra. da Natividade – Ijuí
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Cristo Rei – Ijuí
Resumo:
* Paróquia ereta em 15 de março de 1987
* Pertenceu à Diocese de Cruz Alta desde sua ereção
* Desmembrada toda da Paróquia da Natividade
Localização:
Endereço: Rua Monsenhor Busanello, 111
CEP: 98.700-000 – IJuí/RS
Comunidade urbana:
Cristo Rei – Igreja Matriz
Sagrada Família – Bairro Jardim
Nossa Senhora de Fátima – Bairro Lambari
São José Operário – Bairro Modelo
Nossa Senhora Aparecida – Esc. 15 de Novembro
Nossa Senhora da Saúde – Bozano
Comunidades rurais:
São Vicente – Linha 04 Leste
Nossa senhora de Fátima – Parador
Nossa Senhora Aparecida – Linha 04
Nossa Senhora do Carmo – Linha 07
Santo Antônio – Linha 10
Santa Inês – Saltinho
Lista de Párocos:
01 – Padre Silvestre Ottonelli – 15/03/1987
Histórico:
Conforme Ata nº 1 da Comunidade Católica do Bairro Modelo, em 24 de abril de 1983, foi criada oficialmente a paróquia, porém, a organização da comunidade consta desde a 1ª Missa, no Centro Comunitário, domingo, Dia do Senhor, 30 de setembro de 1979, com um grande número de moradores, com os Padres da Natividade, Padre José Pozwa e Padre Luiz Gadza.
As celebrações de missas aconteciam duas vezes por mês, no centro comunitário, e depois na Creche Branca de Neve. Mais tarde numa ampla sala da Escola Estadual Modelo.
As famílias dos grupos de famílias traziam de suas casas o necessário para organizar espaço para a missa. Um grupo limpava e outro arrumava, outra família (Heuser), trazia cruz de madeira que a paróquia tem até os dias atuais. A Família Spitzer trazia a toalha para a mesa (doada para a comunidade), o vazo com flores. Outros cuidavam dos cantos e das leituras sempre da Bíblia.
Quando houve uma sala ampla vaga na escola, foi construída uma caixa pelo artesão Spitzer e lá eram guardados os materiais essenciais que, pouco a pouco, foram doados ou comprados. E sempre eram levados, após a missa, para a casa de um dos animadores da comunidade. Este baú ou arca é uma relíquia guardada na comunidade.
As primeiras turmas de catequese iniciaram após a primeira missa e reunião com a Irmã Cláudia, Maria Cortese, e reunia as crianças e jovens no centro comunitário, à sombra das árvores ou nas casas, depois das aulas na Escola.
A primeira turma de Eucaristia recebeu este sacramento no dia 25 de outubro de 1981, já no salão da Escola Estadual Modelo. O primeiro grupo de pessoas e grupos de famílias começaram a pensar só na catequese e encontro de famílias e grupos de dízimo. Depois de ocupar, temporariamente, os espaços já descritos, desde a fundação começaram a preparar e planejar a construção da Capela da comunidade. Reuniões para buscar apoio, campanhas, festas, plantas da obra e decisão do local onde seria construída. O importante daquela época era o sonho de ter sua própria capela.
A solidariedade de todos, ajudas, doações, livro ouro, mutirões, o trabalho e as festas realizadas e celebradas com a presença de moradores do bairro, e até de irmãos de outras igrejas, é uma característica dos moradores do local até os dias atuais. Com a criação da Paróquia Cristo Rei, a proximidade e presença do primeiro Pároco – que ainda não tinha casa paroquial e morava por tempos em cada comunidade, Padre Silvestre, a visita às casas com oração e benção das famílias, muito contribuiu para o fortalecimento da fé da comunidade.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Cristo Rei – Ijuí
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Soledade – Soledade
Resumo:
* Construída a primeira capela dedicada à Nossa Senhora da soledade em 1837, filial da Freguesia de Cruz Alta
* Curato de 1846 a 1856
* Paróquia ereta em 14 de janeiro de 1857
* Até 1910 pertenceu à Diocese de Porto Alegre
* De 1911 a 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada da Paróquia do Divino Espírito Santo de Cruz Alta
Localização:
Endereço: Rua Largo da Matriz, 75
CEP: 99.300-000 – Soledade/RS
Comunidade urbana:
Nossa Sra. da Soledade – Igreja Matriz
Nossa Sra. Aparecida – Fontes
Nossa Sra. da Saúde
Sagrada Família
Santa Rita de Cássia e São Judas Tadeu
Nossa Senhora de Fátima – Missões
Nossa Senhora das Graças – Missões
Cristo Redentor
Bom Jesus
Santo Antônio – Lot. Ortiz
Santo Expedito – Ipiranga
São Francisco de Assis – Promorar
São João Batista
Nossa Sra. Aparecida do Cerro
Santa Edwiges – Missões
Comunidades rurais:
Santa Terezinha
São Sebastião – Curuçu
São Roque – Espraiado
Nossa Sra. de Fátima -Boa União
Santa Luzia – Passo da Taipa
Nossa Senhora Aparecida – Tarumã
Santo Antônio -Pontão da Boa União
Sagrado Coração de Jesus – R. do Bugre
São Sebastião – Primeiro Distrito
Santa Bárbara -Rincão dos Coelhos
Santa Bárbara – Rincão dos Coelhos
Santa Clara – Rincão dos Coelhos
Santa Clara – Rincão do Araçá
Nossa Sra. do Caravágio – Raia da Pedra
São Brás – Rincão dos Laufert
Nossa Sra. das Lourdes – Passo dos Ladrões
Nossa Senhora de Fátima – Margem São Bento
- Sra. Salete – Passo dos Loireiros
São Francisco de Assis – Boq. Do Butiá
Nossa Senhora das Graças – Rio Brilhante
São Paulo – Rincão do São Tomé
São Lucas – Primeiro Distrito
Lista de Párocos:
01 – Padre Manoel Lázaro Freire – 1859 a 1861
02 – Padre Manuel José da Conceição Braga – 1861 a 1864
03 – Padre Tomás de Sousa Ramos – 1864 a 1869
04 – Padre José Luís do Vale – 1873 a 1874
05 – Padre Tomás de Sousa Ramos – 1875 a 1881
06 – Padre José Cirilo da Cunha – 1881 – 1887
07 – Padre Caetano Ferraro – 1887 a 1906
08 – Padre Pedro Wagner – 1907 a 1909
09 – Padre Manoel Canel – 1909 a 1911
10 – Padre João Antônio de Faria – 1912 a 1913
11 – Padre Manoel Gomes Gonzales – 1913 a 1914
12 – Padre João Antonio de Faria – 1914 a 1919
13 – Padre Breno Wissel – 1927 a 1929
14 – Padre Pedro José Salvã – 1930
15 – Padre Antônio Correa – 1931 a 1932
16 – Frei Dimas Wolf – 1933 a 1935
17 – Frei Valentin de Caxias – 1936 a 1937
18 – Frei Clemente de Nova Bossano – 1937 a 1949
19 – Frei Joaquim – 1949 a 1954
20 – Frei Fausto de Veranópolis – 1954 a 1955
21 – Frei Mateus Bolsan – 1958 a 1962
22 – Frei Gaspar Boaretto – 1962 a 1965
23 – Frei Valdemar Verdi (Cirilo) – 1964
24 – Frei Efrain Sperandio – 1965
25 – Frei Erico Bolzan – 02/01/1968 a 01/01/1973
26 – Frei Ildefonso Marchesini – 1968
27 – Frei Vilson Sperandio – 09/02/1968 a 15/02/1970
28 – Frei Atílio Cagnini – 09/02/1968
29 – Frei Abílio Rossi – 01/03/1970 a 13/05/1975
30 – Frei Domingos Brusamarello – 1975
31 – Frei Germano Miorando – 01/02/1973 a 22/02/1976
32 – Frei Jatir Scortegagna – 16/05/1975
33 – Frei Reinaldo Pasinatto – 29/02/1976 a 05/02/1978
34 – Frei Vicente Pasinatto – 29/02/1976 a 15/02/1980
35 – Frei Olívio Mocellin – 29/02/1976 a 06/1976
36 – Frei Guerino Retelatto – 05/02/1978 a 05/02/1981
37 – Frei Valdeni Fochesatto – 05/02/1978 a 15/02/1981
38 – Frei Vicente Pasinatto – 15/02/1981 a 27/02/1983
39 – Frei Ildo Giordani – 15/02/1981
40 – Frei Argentino Marini – 1983 a 1987
42 – Frei Gilseu Simões dos Santos – 198 a 1991
43 – Frei Eduardo Reginato – 1992 a 1994
44 – Frei Tomé Michelin – 1995 a 1996
45 – RF. Carlos Geroceski – 1996 a 2005
46 – Frei Potásio Ferronato – 2006 a 2015
47 – Maicon Boccalon – 2015 a 2016
48 – Alcides Cantídio Soares – 2017 a …
Histórico:
A dar crédito a uma antiga tradição popular, por volta dos anos 1820, uns Mineiros acompanhados de estancieiros chegaram, em caravanas, pela região de Soledade, levando consigo uma imagem de Nossa Senhora, do Rosário segundo alguns, das Dores segundo outros. Logo, ao iniciarem sua caravana, tinham eles feito uma promessa de erguer uma capelinha em honra de Nossa Senhora do lugar de onde não pudessem prosseguir viagem.
Ali chegados, numa coxilha de encanto e beleza, com águas abundantes, fartas pastagens, clima extraordinário, armaram suas barracas e, ao relento, descansaram e deixaram os animais descansar também, durante alguns dias.
Passados estes dias, trataram de reiniciar sua viagem. Colocaram a imagem de Nossa Senhora numa das carroças puxada a bois. Apenas reiniciada a viagem, eis que a carroça com a imagem de Nossa Senhora quebra uma das rodas. Sem recursos naquela descampada coxilha, para consertar a roda quebrada, convenceram-se de que ali deviam deixar a imagem e erguer uma capelinha, conforme a promessa feita.
Sendo o local muito solitário, recebeu o nome de Nossa Senhora da Solidão, hoje Nossa Senhora da Soledade. Aos poucos agruparam-se alguns moradores que iniciaram a povoação. É bom lembrar que nas imediações da atual Soledade houve, outrora, algumas das primitivas Reduções Jesuíticas, mas com vida efêmera, devido aos constantes assaltos dos bandeirantes paulistas.
Em 1837 foi construída a primeira capela dedicada à Nossa Senhora da soledade, filial da Freguesia de Cruz Alta. Embora não fosse Curato oficial, teve livros próprios, sendo rubricado o primeiro deles a 16 de abril de 1837 pelo Pároco de Cruz Alta, Padre Francisco Gonçalves Pacheco. O primeiro sacerdote a residir em Soledade foi o Padre Fidelis José de Moraes (1837/1838). De 1838 a 1846 sucederam-se vários outros.
A Capela de Nossa senhora de Soledade foi criada paróquia no dia 14 de janeiro de 1857, desmembrada que foi da Paróquia de Cruz Alta. Aos 21 de maio de 1936 o Bispo de Santa Maria, Dom Antônio Reis, escrevia ao Padre José de Bento Gonçalves, então Provincial dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul, “Venho pedir-lhe com toda a insistência se digne aceitar a Paróqia de Soledade tão necessitada de assistência espiritual. Confiado na caridade e na amizade que vita à Diocese de Santa Maria e ao seu Bispo, espero ‘quam primum’ uma resposta, mas afirmativa”.
Aceito o pedido, os Capuchinhos atenderam a Paróquia de Soledade tanto na pastoral quando em obras de vulto na paróquia, como a fundação da Rádio Cristal, Hospital Beata Gema Galgani, Ginásio São José (hoje extinto), Círculo Operário, hoje União Operária, na construção da casa paroquial, da igreja matriz e do Santuário de Santa Rita.
A Paróquia de Soledade procura ser fiel ao objetivo geral da Diocese de Cruz Alta, sendo uma igreja evangelizadora, convertendo-se na opção preferencial pelos pobres e empenhando-se em transformar a realidade com vistas a uma sociedade justa e fraterna. Dentro disso, a paróquia procura caminhar dentro do espírito diocesano.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia N. Sra. da Soledade
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São Marcos – Alto Alegre
Resumo:
* Paróquia ereta em 24 de fevereiro de 1959
* Capela fundada em 1925
* Desmembrada das Paróquias de Espumoso e Sede Aurora
Localização:
Endereço: Rua Riciere Morgan, 228
CEP: 99.420-000 – Alto Alegre/RS
Comunidades urbana:
São Marcos – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Santo Antão – Campina Redonda
Nossa Sra. Anunciação – Júlio Cardoso
Nossa Sra. Rosário – Treze de Maio
São Vicente de Paula – Linha Bonita
Nossa Sra. Caravágio – Linha Guanabara
Santa Lúcia – Santa Lúcia
Santa Terezinha – Santa Terezinha
Santo Inácio – Santo Inácio
São José – São José
Lista de Párocos:
01 – Padre Armando Ferrari – 01/03/1959 a 1964
02 – Padre Pedro Sady Franco – 01/03/1964 a 1966
03 – Padre Antônio Fábris – 01/03/1966 a 1972
04 – Padre João Sênio Wickert – 07/05/1972 a 1977
05 – Padre Wunibaldo Antônio Reckziegel – 13/05/1977 a 07/1977
06 – Padre Jerônimo Martini – 10/07/1977 a 1978
07 – Padre Pedro Rubin – 12/02/1978 a 1980
08 – Padre Rafael Jungblut – 17/02/1980 a 1982
09 – Padre Flávio Antônio Rohr – 28/02/1982 a 1984
10 – Padre Pedro Rubin – 1985 a 1991
11 – Virgilio Costa Beber – 1991 a 1997
12 – Genésio Bonfada – 1997 a 2000
13 – Nereu Borin – 2000 a 2002
14 – Darci Serafim Rodrigues – 2006
15 – Padre Leoclides Basso – 2006
16 – João Sênio Wickert – 2006 a 2011
17 – Cristiano Felipeto Segabinazzi – 2011 a 2015
18 – Edson Menegazzi – 2015 a 2021
19 – Dino Antonio Ciotta – 2022
Histórico:
Situada no interior do Município de Espumoso, a Paróquia São Marcos tem sua matriz localizada no 2º Distrito, em Alto Alegre, e abrange 10 comunidades localizadas na margem direita do rio Butiá. É uma região onde predominam-se as pequenas e médias propriedades rurais.
A história da Paróquia remonta a 1925, quando os primeiros moradores do então Faxinal, ergueram a primeira igrejinha, esta dedicada a São Marcos. Na época, o padre que atendia às necessidades espirituais dos colonos era o Frei Calixto, capuchinho de Soledade. Com o passar dos anos essa incumbência deu-se ao Monsenhor Augusto Rizzi.
A população lutou por muitos anos, até que, em 24 de fevereiro de 1959, viu o sonho se tornar realidade, a Capela São Marcos tornou-se Paróquia, sendo que o primeiro pároco foi o Padre Armando Ferrari, o qual tomou posse no dia 1º de março de 1959. O Padre Armando tornou-se Pároco das Paróquias de São Marcos de Alto Alegre e São Sebastião de Campos Borges, ambas eretas no mesmo dia.
Na época a paróquia pertencia à Diocese de Santa Maria, sendo que foi desmembrada das paróquias São Jorge Mártir (Espumoso) e Nossa Senhora da Saúde (Sede Aurora), sendo constituída por 10 capelas: Capela 13 de Maio, cuja Padroeira é a Nossa Senhora do Rosário, Capela Santa Terezinha, São José, Santo Antão, São Vicente, santa Lúcia, Santo Inácio do Júlio Cardoso, Depósito, cujo padroeiro é São Luiz, Santa Lúcia do Pastório (capelinha não provisionada), e São Sátiro (que na época não funcionava como capela).
No início, a igreja era uma instituição que o batizado cumpria regras, obrigações, e as celebrações eram distantes da realidade da comunidade, com pouca participação dos fiéis. A catequese era, normalmente, desempenhada por um professor e se resumia em decorar as perguntas e respostas do catecismo. A Administração era feita por uma diretoria eleita, o povo se reunia em mutirão para realizar obras de interesse da comunidade. Cada um ajudava da forma como podia, e o espírito da comunidade cristã se fazia presente.
Paralelamente às mudanças ocorrida com o Concílio Vaticano II, com a instalação da Diocese de Cruz Alta houve uma dinamização também de leigos. Houve cursos de preparação, inicialmente para Ministros da Comunhão Eucarística, e com o passar do tempo, para catequistas e jovens. As orientações ficaram mais próximas, a Visita Pastoral do Bispo o fizera aproximar-se da comunidade.
De fato, Pioneira na Pastoral das CEBs (grupos de Famílias), sempre apresentou numerosos grupos, fortemente organizados e muito animados, que sob coordenação, desempenham um maravilhoso papel na renovação da fé, espiritualmente e na organização comunitária. A maior preocupação da paróquia está situada na pastoral da juventude, que é muito inconstante.
A paróquia é fortemente marcada pela fé, que é fruto da evangelização de longos anos, feita por padres, ministros, animadores, catequistas e demais agentes leigos.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São Marcos, Alto Alegre
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Nossa Senhora Medianeira – Barros Cassal
Resumo:
* Primeira capela foi construída em 7 de abril de 1927
* Paróquia ereta em 13 de maio de 1953
* Em 25 de janeiro de 1965 foi iniciada a construção da Igreja Matriz
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada da Paróquia de Soledade
Localização:
Endereço: Rua Maurício Cardoso, 1324
CEP: 99.360-000 – Barros Cassal/RS
Comunidade urbana:
Nossa Senhora Medianeira – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Santo Antônio – Linha Ceccon
São João Batista – Linha Pedregal
Menino Jesus – Linha Pinheiro
Santa Catarina – Cascata
Santa Maria Gorette – Rodeio Bonito
São Francisco de Assis – Sítio Alegre
Nossa Senhora das Graças – Coxilha Grande
Santo Antônio – Colônia Santo Antônio
Nossa Sra. do Carmo – L. Fr. Clemente
São Sebastião – Linha São Sebastião
Sagrada Família – Picada Marcela
Santo Antônio – Linha Ricardi
Nossa Senhora Aparecida – Linha Machado
São Cristóvão – Linha Pessegueiro
São José – Mato Queimado
Nossa Senhora Caravágio – Rincão Santa Cruz
São Pedro – São Pedro
São José – Serro Grande
São Roque – Barra do Braz
São José – Linha Cordeiro
São José – Linha Cordeiro
Santo Expedito – Arroio Ligeiro
Nossa Senhora de Fátima – Goiabal
Nossa Senhora de Fátima – Duas Léguas
Santo Antônio – Boa Vista
São Sebastião – Chico Ruivo
Nossa Senhora da Salete – Engenho Velho
Nossa Senhora Aparecida – Passo da Lage
Nossa Senhora Imaculada Conceição – Pontão do Hopp
Nossa Senhora do Bom Parto – Vila Nova
Sagrado Coração de Jesus – Vila Praxedes
Nossa Senhora Aparecida – Vila Bozzetto
São Francisco de Assis – Gramado dos Limas
Lista de Párocos:
01 – Frei Sérgio de Flores da Cunha – 31/12/1953 a 19/12/1956
02 – Frei Estanislau de Augusto Severo – ?
03 – Frei Filberto de Caxias do Sul – 26/02/1956 a 12/01/1960
04 – Frei Atanásio de Nova Roma – 12/01/1960 a 26/02/1961
05 – Frei Ovídio Pain Filho – 26/01/1961 a 1963
06 – Frei Germano de Água Santa – 1962
07 – Frei Mateus Chaves – 01/01/1963 a 1965
08 – Frei Abel – ?
09 – Frei José Danielli – 29/09/1965 a 1976
10 – Frei Laurindo Bulla – 12/12/1976 a 1979
11 – Frei Roque Costella – 23/01/1979 a 1981
12 – Frei Iloni Fochesatto – 15/02/1981 a 1987
13 – Frei Valdeni Fochesatto – 15/02/1981
14 – Frei Nadir Segala
15 – Frei Daniel Costela
16 – Frei Valdmar Piloneto
17 – Frei Agenor Bortolon
18 – Frei Santos Carlos Coloda
19 – Frei Nélvio Tonatto
20 – Frei Egídio Bielscki
21 – Frei Alcides Cantídio Soares
22 – Frei Adani Carlos Guerra
23 – Frei Gabriel Francisco Cavalli
24 – Frei Sidnei Signor
Histórico:
O fenômeno religioso sempre esteve presente nos moradores desta região. Inicialmente, os ofícios religiosos eram feitos em casas particulares por sacerdotes que vinham da Paróquia de Soledade. A primeira capela em Barros Cassal foi construída pelo franciscano Frei Calixto Truet e provisionada por Dom Ático Euzebio da Rocha, Bispo de Santa Maria.
Foi inaugurada em 7 de abril de 1927. O padroeiro era Santo Antônio. Daí o primeiro nome desta terra: Rincão Santo Antônio. Surgiu, posteriormente, por motivos separatistas, outra capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, situada a um quilômetro e meio ao sul da primeira.
No ano de 1941, o Capuchinho Frei Clemente de Nova Bozano acalmou os ânimos entre famílias e construiu uma terceira capela entre as duas primeiras (hoje, local da praça da cidade), tendo como padroeira Nossa Senhora Medianeira. As duas primeiras capelas foram demolidas e os santos padroeiros passaram para a nova capela.
Durante longos anos os Freis Capuchinhos de Soledade vinham a cavalo até Barros Cassal. Com a colaboração e os esforços dos cristãos construíram e, frequentemente, visitavam as capelas de toda a região. As primeiras capelas eram: Sagrado Coração de Jesus, Pinhal Novo, Santo Antônio, Boa Vista, Nossa Senhora do Carmo, nas Faxinas: Nossa Senhora do Rosário, Três Léguas (Capela hoje extinta), Nossa Senhora Aparecida e Vila Bozzetto.
Com o crescimento da população, no dia 21 de março de 1949, foi feita a primeira reunião para a ereção da paróquia. Em 2 de março de 1952 foi criada a Capelania. Aos 13 de maio de 1953, Dom Antônio Reis, Bispo da Diocese de Santa Maria, decretou a criação da Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Barros Cassal, e aos 24 do mesmo mês e ano, foi proclamada oficialmente, sob aplausos e espoucas de foguetes, a nova paróquia pelo Monsenhor Achilles Luiz Bertoldo, delegado do Senhor Bispo Diocesano.
No dia 25 de janeiro de 1963, chegaram de Montevidéu, Uruguai, as primeiras quatro irmãs Capuchinhas para assumirem o hospital Nossa Senhora de Fátima, de Barros Cassal, e, posteriormente, em 1965, iniciaram a construção do educandário Madre Franciscana de Jesus, hoje Casa de Formação e Noviciado.
As obras da atual Igreja Matriz de Barros Cassal foram iniciadas no dia 25 de janeiro de 1965, com a abertura dos valos para o alicerce de pedra. O vigário Frei Mateus, foi quem comandou o início da construção.
A preocupação maior de quase todos os vigários que exerceram seu ministério sacerdotal em Barros Cassal, constituiu apenas numa pastoral sacramentalista. Contentavam-se em rezar missas, confessar, batizar e abençoar casamentos. Paralelamente a esta preocupação, dedicavam a maior parte do tempo à construção da igreja matriz e do hospital.
A partir dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, das orientações pastorais de Medellin e, principalmente, com a criação e o funcionamento do Centro de Formação Pastoral (1977) em Cruz Alta, começou-se um trabalho pastoral de evangelização e de formação de lideranças leigas. As primeiras lideranças leigas, catequistas, animadores de comunidades, Ministros Extraordinários da Eucaristia, Lideranças jovens e coordenadores de grupos de famílias, assessoradas pelas Irmãs Capuchinhas, sentiram a necessidade de elaborar um Plano Paroquial da Ação Pastoral.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia N. Sra. Medianeira, Barros Cassal
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Divino Espírito Santo – Joia
Resumo:
* Capela fundada em 1917
* Paróquia ereta em 1991
* Em 1991 a Paróquia, que se localizava no interior do município, foi transferida para a cidade
* Antes de 1973 pertenceu às Dioceses de Uruguaiana e Santa Maria
Localização:
Endereço: Rua Edmar Kruel, 170
CEP: 98.180-000 – Joia/RS
Comunidade urbana:
Divino Espírito Santo – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
São Jorge – Cará
São Sebastião – Carajá
São Pedro – São Pedro
São Francisco – Potreirinho
Nossa Sra. Imaculada Conceição – Rondinha
Santo Antônio – Santo Antônio
São José – São José
São Roque – São Roque
Santa Cecília – Esquina Nova
- Sra. da Salete – Assentamento
- Sra. de Fátima – Assentamento
- Sra. Aparecida – Assentamento
Santo Antão – Espinilho
São João Batista – Bela Vista
Santo Expedito – Assentamento
Mãe Peregrina – Assentamento
Nossa Sra. do Rosário – Botão de Ouro
Sagrado Coração de Jesus – Assentamento
São Cristóvão – Assentamento
- Sra. Navegantes – Novo Amanhecer
N.Sra. Saúde – São João Mirim
Lista de Párocos:
01 – Padre Silvestre Ottonelli – 1991 a 1994
02 – Padre João Alberto Bagolin (Pároco) – 1995 a 1996
03 – Padre Odilar Vargas (Vigário) – 1995 a 1996
04 – Padre Miguel Rossati (Vigário) – 12/1996 a 1999
05 – Padre Gelson Paulo Bays (Pároco) – 2000
06 – Padre sandro Gianluppi – 2003
07 – Padre Mauricio Deutner – 2007
08 – Padre Gilberto Schimanoski – 2010
09 – Padre Cleverson Nelson Portolan – 2019 a…
Histórico:
A Capela Divino Espírito Santo foi fundada em 1917, sendo que com o aumento da população e emancipação do município, em 1984, Dom Jacó Hilgert, Bispo da Diocese na época, entendeu que a paróquia deveria ser na sede do município. Foi então que, em 1991, a Paróquia foi ereta e decretada sua transferência, que então localizava-se no interior do município, na localidade de São Pedro do Pontão, nome na época da Paróquia.
Quando pertencia à Uruguaiana e a Santa Maria, o Bispo era uma pessoa distante que visitava as comunidades uma vez por ano, quando muito. As missas eram rezadas em latim, e o padre ficava de costas para o povo, e estes rezavam o terço durante as missas. Na década de 1990 um significativo número de famílias vindas de diferentes cidades, foram assentadas no município de Joia. Com o passar dos tempos elas foram construindo suas casas em seus lotes de 17 a 20 hectares por família. As celebrações eram realizadas em um galpão para todas as famílias do assentamento, que servia também como colégio.
Em 1991 a paróquia foi ereta, e, desde então, passaram-se 9 vigários na paróquia, sendo o atual o Padre Cleverson Nelson Portolan.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Divino Espírito Santo, Joia
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São Sebastião – Campos Borges
Resumo:
* Paróquia ereta em 24 de fevereiro de 1959
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada das Paróquias de Espumoso e Soledade
Localização:
Endereço: Rua Maurício Cardoso, 67
CEP: 99.435-000 – Campos Borges/RS
Comunidades urbanas:
São Sebastião – Igreja Matriz
Santa Luzia – Vila Operária
São José – Campos Borges
Comunidades rurais:
São Francisco – Guaxuma
São João Batista – Cpo. Comprido
Santo Antônio – Varame
Nossa Senhora de Lourdes – Linha Ferrari
Santa Rita Campininhas
Santa Terezinha – Rincão dos Toledos
São Luiz – Rincão dos Luiz
Sagrado Coração de Jesus – S. Engenhos
Imaculada Conceição – Volta Vitória
São José – Pose Rosmam
Nossa Senhora das Graças – Borba Gatto
Nossa Senhora de Fátima – Serra Engenhos
São Nicolau – Linha Schneider
Nossa Senhora Aparecida – Esq. Bom Jesus
Lista de Párocos:
01 – Padre Armindo Ferrari – 01/03/1959 – 26/02/1967
02 – Padre Albino Casarin – 26/02/1967 – 1969
03 – Padre Juliano Noal – 20/01/1969 a 17/03/1984
04 – Padre Flávio Rohr (Vig. Ecônomo) – 15/02/1983 a 31/12/1983
05 – Padre Antônio Marcos Fabris – 17/03/1984
Histórico:
A Paróquia São Sebastião de Campos Borges foi criada em 24 de fevereiro de 1959, sendo desmembrada da Paróquia de Soledade e de Sede Aurora. Seu primeiro pároco foi o Padre Armindo Ferrari, que permaneceu na cidade até 26 de fevereiro de 1967.
É formada por 16 comunidades mais a Igreja Matriz. Algumas são capelas constituídas, outras são escolas desativadas, das quais 9 pertencem ao município de Campos Borges, outras fazem parte do Município de Espumoso e Jacuizinho.
No início, muitas dessas comunidades dispunham apenas de celebrações da santa missa mensal. Ao longo dos anos, em especial depois da criação da Diocese de Cruz Alta, as comunidades foram se estruturando através da catequese, liturgia e diretoria, para melhor administrar as finanças. Hoje, muitos fatores nas comunidades a começar por leigos, que de fato dão testemunho de sua fé no serviço às pastorais e ao evangelho. Foram, nos últimos anos, várias comunidades se empenhando para formar novos ministros da Eucaristia, catequistas e liturgistas.
As lideranças das comunidades pedem mais formação em nível de região e local, pois por se tratar de dificuldades financeiras, é difícil se deslocar para Cruz Alta a fim de obter formação. As várias pastorais, em especial, a pastoral da criança e saúde, catequese e casais do ECC, têm contribuído para uma melhor harmonia na cidade de Campos Borges.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São Sebastião, Campos Borges
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São Jorge – Espumoso
Resumo:
* Paróquia ereta em 06 de maio de 1935
* Salão Paroquial inaugurado em 12 de março de 1939
* Inaugurada Igreja Matriz em 16 de fevereiro de 1947
* Inaugurada a Casa Paroquial em 1962
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada da Paróquia de Soledade
Localização:
Endereço: Rua Duque de Caxias, 506
CEP: 99.400-000 – Espumoso/RS
Comunidades urbana:
São Jorge – Igreja Matriz
Nossa Senhora Aparecida – Vila Arroio
Nossa Senhora de Fátima – Vila Martini
Obra Social Santa Júlia Biliart (Asilo)
Comunidades rurais:
Nossa Senhora do Caravágio – Bela Vista
Nossa Senhora de Fátima – Contestado
São Luiz – Depósito
Nossa Senhora de Lourdes – Linha Floresta
Nossa Senhora de Fátima – Dom João Becker
São Paulo – Mangueirão
São João – Pontão do Butiá
São Pedro – Pontão dos Cavalli
Santo Antônio – Pontão dos Manecos
Nossa Senhora Aparecida – Pontãozinho
São Miguel – Prata
São Roque – Pratinha
Santo Antônio – Santo Antônio
Santa Catarina – Santa Catarina
São Domingos – São Domingos
São José – São José dos Pretos
São Lourenço – São Lourenço
São Sebastião – Volta Alegre
Nossa Senhora das Graças – Alto Tigreiro
São Silvestre -Linha Seca
Comunidade Vila Boron
Comunidade Rincão dos Oliveiras
Comunidade Eucaliptos
Comunidade Escadinha do Céu
Comunidade Linha Prenda
Lista de Párocos:
01 – Frei Dimas Wolf (Pároco) – 01/05/1935
02 – Padre Augusto Rizzi (Pároco) – 24/08/1935 a 1965
03 – Padre Severino Zanatta (Pároco) – 14/03/1965 a 1970
Vigários: Pe. Antônio Marcos Fabris, Pe. Augusto Rizzi e Pe. Pedro Sady Franco
04 – Padre Wunibaldo Reckziegel (Pároco) – 15/02/1970 a 1973
05 – Padre João Sênio Wickert (Pároco Interino) – 1971 a 1972
06 – Padre Benito Ceretta (Vigário Paroquial) – 1972 – 1976
07 – Padre Domingos Vercelino (Pároco) – 05/01/1974 a 1980
08 Pe. Silvio Germano Rochembach – 25/01/81
Vigário: Padre Severino Zanatta
09 – Padre Luiz Bruno Kolling (Pároco) – 07/06/1981 a 1988
10 – Pe. Leoclides Claudio Basso – 14/01/1989 a 1992 e 10/08/1991 a 1992
Vigário: Pe. Dino Antônio Ciotta
11 – Pe. João Sebém – 23/01/1993
Vigário: Pe. Leoclides Claudio Basso
12 – Pe. Leoclides Claudio Basso – 08/08/1993 a 1994
13 – Pe. João José Madkoski (Administrador Paroquial) – 05/02/1995
Vigário: Pe. Leoclides Claudio Basso
14 – Pe. Leoclides Claudio Basso – 01/01/1996 e 14/01/1996
Vigário: Pe. Marlo dos Reis
15 – Pe. Florentino Maboni – 12/02/1997
16 – Pe. Silvio Jorge Mazzarolo – 08/02/1998 a 2001
17 – Pe. Flávio Antônio Rohr – 03/02/2002 a 2009
Vigário: Pe. Antônio Marcos Fabris
18 – Pe. José Rodolfo Jantsch – 03/01/2010 a 2015
19 – Pe. Sandro Gianluppi – 29/01/2016 a …
Histórico:
Aos 6 de maio de 1932, em Santa Maria, o Bispo Dom Antônio Reis decretou a fundação da Paróquia São Jorge de Passo Espumoso, que inicialmente pertencia à Diocese de Santa Maria. Em 1º de maio de 1935, foi então nomeado o primeiro pároco para Espumoso, sendo que o mesmo foi o Frei Dimas Wolf.
O Frei Dimas Wolf permaneceu na paróquia até 24 de agosto de 1935, quando então foi transferido, vindo para ocupar o seu lugar o Padre Augusto Rizzi, que iria residir em Soledade, onde ocuparia a função de administrador, vindo a Espumoso apenas uma vês por mês para celebrar missas. Mas em 6 de setembro o Padre Augusto Rizzi foi definitivamente empossado, passando a residir em Espumoso.
Em 13 de dezembro do mesmo ano o vigário expos o seu plano de ação e organização, sendo que então foram fundadas diversas associações com a finalidade de auxiliar o povo no crescimento da fé. Essas associações eram limitadas a várias categorias de pessoas, sendo que as senhoras e moças deveriam pertencer a “Associação da Irmandade das Almas”, e os pais e chefes de família pertenceriam a “Obra Missionária” e ao “Apostolado da Oração”, podendo pertencer todos os que demonstrassem interesse.
Em 12 de março de 1939, foi então inaugurado o salão paroquial, com um espetáculo teatral que alcançou grande sucesso. Neste mesmo mês foi também inaugurado o Colégio São Luiz, que era dirigido pelo Professor Affonso Luiz Spada, auxiliado pelo Vigário. No mesmo ano, foram também iniciadas as obras do Colégio Santa Inês, destinado a formar moças.
Em fins de 1944 foram iniciadas as obras da construção da nova Igreja Matriz e também do Hospital São Sebastião. Aos 20 de janeiro de 1945, chegou à Paróquia o Bispo Dom Antônio Reis, que ali permaneceu em visita pastoral durante vários dias, realizando neste período várias missas e visitas, celebrando inclusive uma missa campal com lançamento da pedra fundamental na construção do Hospital São Sebastião.
No dia 7 de dezembro foi inaugurado o hospital, com a presença de Dom Antônio Reis e do Governador do Estado Walter Jobim. A 10 de janeiro foi celebrada a primeira missa na capela do Hospital São Sebastião. Aos 16 de fevereiro de 1947 foi inaugurada a nova igreja Matriz, com missa celebrada pelo Monsenhor Augusto Rizzi. Em 24 de fevereiro de 1954 foi criada a Paróquia de Alto Alegre, desmembrando-se assim da Paróquia de São Jorge de Espumoso. Em agosto de 1955 foi inaugurada a Escola Doméstica Santa Inês, fundada pelo Monsenhor Augusto, contando a mesmo na época com mais de 20 alunas da cidade, além de várias internas provindas do interior e de outros municípios vizinhos. As encarregadas da escola eram as irmãs da Congregação de Nossa Senhora.
Em fevereiro de 1961 foram iniciadas as obras para a construção de uma nova casa paroquial, que foi inaugurada em 1962. Em princípios de 1967 foram iniciadas as obras para a construção de uma nova Igreja Matriz, tendo em vista que a primeira não apresentava mais condições de uso.
Em 8 de fevereiro de 1970, despediu-se da paróquia o Padre Severino Zanatta, assumindo então o Padre Wunibaldo Antônio Recziegel. Este permaneceu trabalhando na paróquia até 5 de janeiro de 1974, substituído pelo Padre Domingos, que foi empossado na presença do Bispo Dom Paulo Moretto, religiosas do colégio São Luiz e do Hospital, representantes das capelas e dos Padres wunibaldo, José Jungblut, João Wickert, Bebito Ceretta e de um grande número de pessoas presentes.
O Padre Domingos trabalhou em Espumoso durante sete anos, assumindo o Padre Silvio Germano, que foi empossado pelo Bispo Dom Jacó Hilgert, Bispo da Diocese de Cruz Alta. Aos 7 dias de julho de 1981 assumiu o Padre Luiz Bruno Kolling, que organizou a paróquia de maneira que todos fossem bem atendidos, com as capelas com as pessoas residentes na cidade. Foram realizadas grandes reformas na casa paroquial bem como na igreja matriz. Além disso, foram consertados os sinos e instalado comando elétrico. O padre atual é o Pe. Sandro Gianluppi.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São Jorge, Espumoso
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São Pedro Apóstolo – Fortaleza dos Valos
Resumo:
* Paróquia ereta em 29 de junho de 1966
* Em 2 de julho de 1967 foi inaugurado o salão paroquial
* Em 16 de maio de 1976 foi inaugurada a Igreja Matriz
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada da Paróquia da Sede Aurora (atualmente extinta)
* Em 1982 foi inaugurada a Casa Paroquial
Localização:
Endereço: Rua Papa João XXIII, 218
CEP: 98.125-000 – Fortaleza dos Valos/RS
Comunidades urbana:
São Pedro Apóstolo – Igreja Matriz
Nossa Senhora de Fátima – B. Morada do Sol
Comunidades rurais:
Santo Antônio – Esquina Gaúcha
São José – Portão dos Librelotto
Nossa Senhora Perpétuo Socorro – Portão
Nossa Senhora Perpétuo Socorro – R. do Socorro
Nossa Senhora de Fátima – R. dos Valos
Santa Clara – Santa Clara do Ingaí
Santa Terezinha – Santa Terezinha
São Roque – São Roque
Nossa Senhora do Rosário – Sutil
São Vicente Palotti – Col. São João
Cristo Rei – Fazenda Colorado
Lista de Párocos:
01 – Padre Jerônimo Martini – 29/06/1966 a 20/01/1973
02 – Padre Ermélio Rossato – 27/01/1973 a 10/03/1973
03 – Padre Antônio Marcos Fábris – 10/03/1973 a 17/02/1977
04 – Padre José Jungblut – 10/03/1977 a 21/01/1978
05 – Padre Wunibaldo Reckziegel – 28/01/1978 a 17/01/1981
06 – Padre José Jungblut – 31/01/1981 a 31/01/1986
07 – Padre Raphael Jungblut – 01/02/1986 a 01/1987
08 – Padre Jerônimo Martini – 01/1987 a 1992
09 – Padre Antônio Marcos Fabris – 1992
10 – Padre José Jungblut – 1993 a 1998
11 – Padre Neudi Bertonello – 1999 a 2000
12 – Padre José Rodolfo Jantsch – 2001
13 – Padre Sílvio Mazzarolo – 2002 a 2003
14 – Padre José Rodolfo Jantsch – 2003
15 – Padre Cleverson Nelson Portolan – 2003 a 2006
16 – Padre Márcio Roberto Fernandes – 2007 a 2010
17 – Padre Miguel Rosati – 2011 a 2015
18 – João Bernardo Limberg – 2016 a 2018
19 – Padre Estacínio Rocnieski – 2018 a …
Histórico:
A Paróquia de São Pedro Apóstolo foi fundada em 29 de junho de 1966, tendo como seu primeiro pároco o Padre Jerônimo Martins. A inauguração do salão paroquial aconteceu no ano seguinte, no dia 2 de julho e, neste dia, teve ordenação de três padres Palotinos, um sendo filho desta paróquia, o Padre Leandi Stefanello. Neste período o Vigário fez trabalhos pastorais.
O segundo pároco, Padre Antônio Marcos Fabris iniciou seu trabalho fazendo visitas para conhecer as capelas e as famílias da paróquia em 16 de março de 1975, fazendo a benção da pedra fundamental da nova igreja matriz.
Em novembro de 1975 foi dada a pose ao 1º Conselho Paroquial desta paróquia, que substituiu a antiga diretoria, e que passou então a funcionar com a substituição consecutiva dos membros. Este conselho era representado pelos membros de todos os setores existentes, da catequese, liturgia, promoção humana, CEBs, pastoral da juventude e pastoral de família.
No dia 16 de maio de 1976, foi inaugurada a nova Igreja Matriz, pelo Bispo Diocesano Dom Paulo Moretto. No começo do ano seguinte, Padre Antônio Marcos foi substituído pelo Padre José Jungblut. Como novo vigário, o conselho paroquial fez planejamento das atividades pastorais para aquele ano, no qual houve vários cursos, com as catequistas de agente de pastoral familiar e vocações.
O Padre Wunibaldo Reckzigel deu continuidade a estes trabalhos pastorais. Em agosto de 1979 aconteceu a visita pastoral nesta paróquia, que foi um trabalho de grande entusiasmo e êxito. Os trabalhos sempre eram retomados durante o ano, através de reflexões e estudos. Em maio de 1980 aconteceu o encontro de estudo e aprofundamento sobre os modelos de Igreja sobre a orientação do Padre Ernesto Goeth, assessor da CNBB Regional Sul III.
Em 1982, novamente o Padre José Jungblut assume a Paróquia São Pedro Apóstolo de Fortaleza, desempenhando um papel fundamental para seu desenvolvimento, como vigário e coordenador Diocesano de Pastoral das atividades na paróquia. Neste mesmo ano foi construído e inaugurado a Casa Paroquial. O Padre que atualmente é o responsável pela paróquia é o Padre Estacínio Rocnieski.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, Fortaleza dos Valos
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Santa Bárbara – Santa Bárbara
Resumo:
* Paróquia ereta em 22 de abril de 1952
* Em 1963 é iniciada a construção da casa canônica.
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada das Paróquias de Cruz Alta e Ibirubá
Localização:
Endereço: Rua Jacó Limberger, 331
CEP: 98.250-000 – Saldanha Marinho/RS
Comunidade urbana:
Sagrado Coração de Jesus – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Santa Inês -Colônia Nova
São Marcos – Esquina Bom Jesus
Nossa Sra. Aparecida – Linha Aparecida
São José – Passo da Felipa
Santa Tereza – Santa Tereza
São Lourenço – São Lourenço
São Roque – São Roque
São Pedro – Alto do Jacuí
Lista de Párocos:
01 – Padre Lourenço Bosso – 1953 a 1967
02 – Padre Paulo Strey – 1968 a 1969
03 – Padre José Huber Ewers – 1969 a 1971
04 – Padre Henrique Hempel – 1971 a 1976
05 – Padre Guilherme Werths – 1969 a 1976
06 – Padre Paulo Strey – 1976 a 1977
07 – Padre Orestes Heinen – 1977 a 1978
08 – Padre Lourenço Van Der Raadt – 1978 a 1980
09 – Padre Leon Bonikowski – 1980 a 1981
10 – Padre Eduard Vincent Canavan – 1981 a 1982
11 – Padre Lourenço Van Der Raadt – 1981 a 1982
12 – Padre Tiago Birne – 1982 a 1983
13 – Padre Danilo Samori – 1983 a 1985
14 – Padre Alfredo Smuda – 1985 a 1986
15 – Padre Josephus Hubert Evers – 1986
Histórico:
Fundada em 23 de janeiro de 1953 por Dom Antônio Reis, Bispo de Santa Maria, teve como primeiro vigário o Padre Lourenço Bose, que permaneceu até 12 de agosto de 1967. Nesta época haviam 9 capelas no interior. A primeira crisma foi celebrada em 1954. Na ocasião foram crismadas 871 pessoas pelo Monsenhor Aquiles Bertoldo, delegado do Sr. Bispo Diocesano.
Em 1955 foi inaugurada a nova capela de São Marcos em Esquina Bom Jesus. No ano seguinte, começa a visita do Padre Benjamin Copetti como coletor diocesano para obras de vocações. Nesta ocasião foram os três primeiros seminaristas para o seminário de Ivorá e outro para o Seminário de Braga. O casal João e Maria Burtet doaram a primeira bolsa de estudos a um seminarista.
Em 1957 o Padre Lourenço viajou para a Holanda, onde foi visitar seus familiares. Em 1963 houve visita pastoral na paróquia e é iniciada a construção da casa canônica.
Em 1963 foi pregada as missões pela primeira vez pelos padres Capuchinhos. Neste ano foi reinstalado o Apostolado da Oração tendo como primeiro presidente a Senhora Erenita Netto. Em 1965 a paróquia festejou o jubileu sacerdotal de seu vigário Padre Lourenço.
Em 1967, no mês de agosto falece o vigário Padre Lourenço, vítima de um ataque epilético, ocorrido na localidade de Santo Antônio. Foi transportado para o Hospital de Ibirubá, mas veio a falecer após sete dias em coma, no dia 12 de agosto. Santa Bárbara fica em luto oficial por três dias.
No dia 13 de agosto, com a presença do Bispo Diocesano Dom Vitor Sartori e Valmor Battu, e grande parte do clero, oficializou-se a missa de corpo presente, sendo logo em seguida sepultado ao lado da casa paroquial.
Com sua morte, Padre Lourenço deixa a casa canônica concluída e próxima a inauguração do hospital e novo prédio a ser pleiteado pelo governo estadual para o Ginásio Blau Nunes, do qual era diretor.
No intervalo que a paróquia estava sem vigário, ficou como vigário provisório o Monsenhor Floriano Cordenunsi. Em 3 de dezembro de 1967 veio a Santa Bárbara 3 irmãs da Congregação do Horto, para assumir a Direção interna do Hospital. No dia 2 de fevereiro de 1968, foi inaugurado o primeiro hospital de Santa Bárbara, oficializado com a vinda do Bispo Diocesano Vitor Sartori.
A partir do dia 1º de janeiro de 1968, as capelas da Diocese de Passo Fundo existentes dentro do território do município de Santa Bárbara, passaram para a Diocese de Santa Maria, sendo as Capelas de Passo da Felipa, Saldanha Marinho, São Roque, Linha Aparecida e Colônia Nova.
Em 1968, a Diocese de Santa Maria, entrando em contato com os provinciais da Congregação dos Oblatos de São Francisco de Salles, confiaram a missão de se dirigirem a Paróquia de Santa Bárbara, onde, no dia 4 de fevereiro, foi nomeado o 2º Vigário de Nossa Senhora Paróquia Ver. Padre Paulo Strey.
No dia 17 de fevereiro de 1969, foi transferido o Ver. Strey para atender a Paróquia de Braga, assumindo então como Vigário o Padre José Everz, coadjuvado por Padre Guilherme Werths. Em fevereiro de 1970, pela segunda vez, houve missões na paróquia, sendo as mesmas pregadas pelos missionários Capuchinhos, dirigidos pelo Frei Bernardino.
Em 21 de março de 1971 tomou pose o Padre Henrique Hempel, que continuou a obra de construção da nova matriz e organizou o Conselho Paroquial. Em 10 de abril foi celebrada Missa com a participação do Bispo Diocesano da Diocese de Cruz Alta, Dom Paulo Moretto, comemorando também 40 anos de vida Sacerdotal do Padre Guilherme.
Durante a permanência do Ver. Padre Henrique como vigário, ele continuou a construção da igreja, tendo deixado a mesma totalmente coberta, colocadas as janelas, construção da torre e a colocação de 3 sinos. Iniciou o movimento religioso na localidade do Incra, hoje Fazenda da Itaíba. E São Vicente Linha Progresso.
Em 1º de janeiro de 1976, assumiu pela segunda vez a paróquia, como vigário, o Padre Paulo Strey, sendo que o Padre Henrique foi transferido para Braga. Juntamente com o Padre Paulo, veio o irmão João Van Ant Werpen, irmão da mesma congregação, que juntos trabalharam na pastoral. Padre Paulo continuou os términos dos serviços internos da nova matriz com visitas familiares.
Em dezembro houve pela terceira vez, Missões na Paróquia, também coordenadas pelos Capuchinhos.
Em outubro de 1976 foi inaugurada, por Padre Guilherme, a nova capela de São Vicente, e em maio de 1977 foi inaugurada a Capela das 3 comunidades da Fazenda Itaíba, ambas iniciadas pelo Padre Henrique.
Em março de 1978 o Padre Guilherme deixou a paróquia, voltando à sua terá natal na Alemanha, onde faleceu em janeiro de1980. O Padre que atualmente é responsável pela paróquia é o Padre João Bagolin.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Santa Bárbara, Santa Bárbara
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São José – Augusto Pestana
Resumo:
* Paróquia ereta em 9 de março de 1922
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada das Paróquias de Cruz Alta e Natividade de Ijuí
Localização:
Endereço: Rua Bento Gonçalves, 97
CEP: 98.740-000 Augusto Pestana/RS
Comunidades urbanas:
São José – Igreja Matriz Mãe 3 vezes admirável
Boa Esperança
Comunidades rurais:
Nossa Sra. De Fátima – Fundo Grande
Nossa Sra. Da Glória – Ijuizinho
São João Evangelista – L. São João
São Brás – Marmeleiro
Sagrada Família – Paraíso
Nossa Sra. Do Rosário – Rosário
São Francisco – Ponte do Ijuizinho
São Miguel – São Miguel
3 Mártires – Boca da Picada
São João Batista – Formigueiro
Comunidade 25 de julho – Cambará
Lista de Párocos:
01 – Padre Francisco Burmann SAC – 1922 a 1928
02 – Padre Germano Schroer SAC – 1928 a 1930
03 – Padre Francisco Burmann SAC – 1930 a 1942
04 – Padre Carlos Arnaldo Schulze – 1942 a 1943
05 – Padre José Borgert – 1943 a 1945
06 – Padre Francisco Burmann – 1945 a 1946
07 – Padre Agostinho Michelotti SAC – 1946
08 – Padre José Stefanello SAC – 1946 a 1947
09 – Padre Vendelino Bender SAC – 1949
10 – Padre Antônio MIchels SAC – 1949 a 1956
11 – Padre Aquiles Rossato SAC – 1957 a 1958
12 – Padre Francisco Cassel – 1952
13 – Padre José Cancian – 1959 a 1962
14 – Padre Broz Burgnara – 1962
15 – Padre Valmor Righi – ?
16 – Padre Belino Costa Beber – 1967 a 1970
17 – Padre Afonso Rossatto – 1970 a 1972
18 – Padre Vicente Pillon – 1972 a 1974
19 – Padre Valentim Zamberlan – 1974 a 1978
20 – Padre Hugo Antes – 1978 a 1983
21 – Padre Remígio José Milanesi – 1983
22 – Padre Victélio Trevisan – 1987
Histórico:
A Paróquia São José foi criada em 9 de março de 1922, desmembrada das Paróquias Divino Espírito Santo de Cruz Alta e Natividade de Ijuí. O primeiro Vigário foi o Padre Francisco Burmann. A primeira e primitiva igreja, construída de tábuas, data de 1916.
A atual comunidade São João Batista é remanescente de duas outras capelas construídas no mesmo local. A primeira capela, construída de madeira pelos primeiros moradores da localidade, é de data desconhecida. A segunda capela, construída de alvenaria em 1935. A terceira capela, sendo a atual comunidade de São João Batista, foi construída em 1990 e 1991.
A primeira missa celebrada foi a 25 de dezembro de 1904, na casa do morador Miguel Scheneider. Sabendo que naquela época, antes do Concílio Vaticano II, quem fazia tudo era o padre, as missas eram rezadas em latim, de costas para o povo, enquanto a assembleia rezava o terço ou oração no livrinho da missa. A catequese era dada pelo padre com ajuda dos “fabriqueiros”, que saiam visitar as comunidades para benzer as casas, cobrar o anual e então davam santinhos para as crianças.
A comunidade Nossa Senhora do Rosário foi construída em 1908, sendo a mesma feita de madeira, recebendo como doação a imagem de Nossa senhora da Pompéia. Mais tarde, em meados de 1935, foi construída outra capela ao lado, porque segundo o que diziam os antepassados, Pompéia era um lugar na Áustria que, por volta de 1840, Nossa Senhora aparecia para as pessoas daquele local e pedia que rezassem o Rosário. Baseados neste fato os fundadores da capela resolveram colocar o nome de Capela Nossa Senhora do Rosário. Por fim, como a capela ia ficando cada vez menor, foi construída outra capela no centro da vila. No dia 11 de fevereiro de 1968, em uma grande celebração campal, foi dada a benção da pedra fundamental.
No ano de 1921 a comunidade de São Miguel foi fundada. A capela de São Brás de Marmeleiro foi fundada em dezembro de 1932. Na época, era uma capela de madeira que servia como igreja e escola. Eram mais ou menos 20 sócios. A comunidade de Nossa Senhora da Glória, de Ijuizinho, foi fundada em 20 de janeiro de 1942.
No dia 9 de agosto de 1968 foi criada a comunidade de 25 de Julho, somente inaugurada em 29 de setembro de 1970. No mesmo ano também foi inaugurada a comunidade Sangrada Família de Paraíso. A comunidade São Francisco foi fundada no dia 24 de maio de 1987. A comunidade Três Mártires, localizada na Boca da Picada, foi fundada no ano de 1997, com as missões populares diocesanas.
Com a instalação da Diocese de Cruz Alta, em 1973, encurtou-se a distância, mudou a maneira de administrar, com a estrutura da Igreja Diocesana, dividida em setores administrativos e pastorais, a proposta de ação, maior integração e comprometimento com a formação das lideranças legais para manter a unidade. As visitas pastorais se tornaram mais frequentes, a administração do sacramento do crisma, o protagonismo e a valorização dos leigos em todas as atividades da igreja, seja nas pastorais, movimentos ou grupos de serviço, maior oportunidade de formação integral, bíblico e teológico para os leigos.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São José, Augusto Pestana
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes – Mormaço
Resumo:
* Paróquia ereta em 21 de março de 1999
* As comunidades pertenciam à Paróquia de Nossa Sra. da Soledade, antes da instalação da Paróquia
Localização:
Endereço: Rua Wilibaldo Koening, 801
CEP: 99.315-000 – Mormaço/RS
Comunidade urbana:
Nossa Senhora dos Navegantes Capela Santa Rita – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Divino Espírito Santo – Água Branca
Nossa Sra. das Graças – Pose Godoy
Santo Antônio – Santo Antônio do Jacuí
São João – São João dos Prolos
São João – São João dos Delavy
São José – São José
São Luiz – São Luiz
São Miguel – São Miguel
São Roque – São Roque
- José Anchieta – Passo Generoso
Lista de Párocos:
01 – Pe. Edson Roberto Menegazzi – 21/03/1999
02 – Pe. Dino Antônio Ciotta – 13/03/2005
03 – Pe. Silveste Ottonelli – 01/03/2014
04 – Pe. João Sênio Wickert – 11/02/2017
05 – Pe. Tiago Adão Megier – 19/01/2019 a …
Histórico:
A Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes foi criada pelo Decreto de Instalação de 21 de março de 1999, assinado por Dom Jacó Hilgert, Bispo Diocesano de Cruz Alta à época.
A paróquia é formada pelas comunidades de São Miguel, Divino Espírito Santo de Água Branca, São João dos Delavy, São Roque, Santo Antônio do Jacuí, São José, São Luiz, Nossa Senhora das Graças de Pose Godoy e a Matriz, desmembrada integralmente da Paróquia de Soledade todas elas, sendo que todas as comunidades pertenciam ao Município de Mormaço e a comunidade de Santa Rita da Pose Generoso pertencente ao Município de Soledade.
Antes de ser instalada a paróquia, tanto a comunidade de Nossa Sra. dos Navegantes quanto as demais comunidades, pertenciam à Paróquia de Nossa Senhora da Soledade, sendo administradas pelos Freis Capuchinhos.
As celebrações e o atendimento pastoral das 12 comunidades que formam hoje a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes era feito pelos Freis uma vez por mês, ou por ocasião de algum acontecimento religioso especial, como casamento, morte, festa do padroeiro e missões. Em algumas comunidades as celebrações, em forma de culto dominical, eram semanais, com a presença de Ministro Extraordinários da Eucaristia (São Miguel, Divino Espírito Santo, Santo Antônio do Jacuí, Nossa senhora das Graças, São João dos Delavy, São Luiz, São José e Nossa Senhora dos Navegantes).
A catequese era coordenada pela própria Paróquia de Soledade, que proporcionava a formação de catequistas. Nas comunidades, os fiéis escolhiam uma ou mais catequistas conforme as necessidades das mesmas. As catequistas geralmente senhoras, e algumas jovens, realizavam o trabalho catequético com amor e dedicação, embora com muitas dificuldades como de espaço, material, formação, preparando crianças e jovens para os sacramentos da Iniciação Cristã (Confissão, Eucaristia e Crisma).
As associações religiosas existiam em algumas comunidades como a Jucanal (Juventude Católica Navegantes), grupos de jovens de São Miguel, do Divino Espírito Santo e santo Antônio do Jacuí. Alguns destes grupos não existem mais. Outra associação que dinamizou a vida religiosa de alguns casais foi o Cursilho de Cristandade, a Legião de Maria, Renovação Carismática Católica e um grupo de Jovens Emaús.
Com pouco mais de 20 anos de existência, a comunidade paroquial de Nossa Senhora dos Navegantes tem caminhado com muitos avanços, quer pastorais quanto administrativos. Formada por comunidades eclesiais, algumas com mais vivência religiosa, outras com menos. Marcada também por alegrias e realizações, mas também por grandes desafios, especialmente no campo da evangelização e no despertar da fé adormecida em muitos paroquianos.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia N. Sra. dos Navegantes, Mormaço
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Santa Terezinha – Condor
Resumo:
* Em 1937 foi inaugurado o primeiro templo católico da cidade, pertencente à Palmeiras das Missões
* De 1952 a 1955 pertenceu a Panambi
* Em 19 de abril de 1974 teve início a construção da casa canônica
* Paróquia ereta em 24 de fevereiro de 1980
* Pertenceu à Diocese de Cruz Alta desde sua criação
* Desmembrada da Paróquia de Panambi
* Em outubro de 1994 foi inaugurada a atual igreja
Localização:
Endereço: Rua Borge de Medeiros, 157
CEP: 98.290-000 – Barros Condor/RS
Comunidades urbana:
Santa Terezinha – Igreja Matriz
Nossa Senhora de Fátima – Bairro Bom Jesus
Comunidades rurais:
Cristo Rei – Capão da Chave
Nossa Senhora da Paz – Colônia Casch
Nossa Senhora da Luz – Esquina Beck
Nossa Senhora de Lourdes – Mambuca
Nossa Senhora Aparecida – Pontão dos Buenos
Menino Jesus – Linha Divisa
São José – Barra do Barbosa
Lista de Párocos:
01 – Padre Paulo Chiaramonte – 24/02/1980 a 06/06/1980
02 – Padre Mateus Kuzhimullesem – 01/01/1981 a 01/1983
03 – Padre Antônio Marcos Fabris – 01/1983 a 01/1984
04 – Frei Lírio José Hartmann – 26/02/1984 a 01/01/1988
05 – Frei Darcísio Alberto Paetzhold – 31/01/1988 a 1990
06 – Frei Sérgio Dill – 20/01/1990 a 30/01/1997
07 – Frei José Muller – 02/1997 a 31/21/2000
08 – Padre Walmor Steuer – 01/01/2001 a 01/01/2002
09 – Padre Leôncio Lopes dos Santos – 01/01/2002 a 2008
10 – Padre João Alberto Bagolin – 2009
11 – Padre Darci Serafin Rodrigues – 2010
Histórico:
No início, antes de 1937, não havia igreja na cidade, e nem nas áreas do interior do município. O padre que vinha a cavalo de Palmeira das Missões, fazia visitas às famílias mais conhecidas e ali celebrava as missas. O dono da casa, na qual a missa era celebrada, ficava encarregado de divulgar a missa nas redondezas. Este era um dia de festa que se dava pelo menos duas vezes por ano. Nestes dias de missa eram realizados os batizados e, geralmente, o padrinho era o dono da casa em que se realizava a missa. Segundo relatos, algumas vezes chegava-se a batizar até cinquenta crianças.
O primeiro templo católico da cidade de Condor foi inaugurado, aproximadamente, no ano de 1937, com o terreno doado pelo Sr. Guilherme Maurício Fripp. A madeira utilizada foi trazida da localidade de Potreiro Bonito, Palmeira das Missões, onde o doador possuía um engenho. O transporte do material era feito de carroça de boi, e a areia vinda do Rio Alegre. Muitos foram os colaboradores da construção do templo, que levou o nome de “Santa Terezinha”, escolhido elo casal Guilherme e Julieta Fripp, pois ambos eram devotos as Santa, e devido ao grande empenho do casal, eles tiveram o privilégio de proceder a escolha fazendo também a doação da imagem que se encontra na Igreja até os dias de hoje.
Na inauguração, fez-se uma grande festa para comemorar tamanha conquista, e escolheu-se o padrinho do sino, Sr. Fortunato Zavaglia, também grande colaborador para a concretização da obra.
Inicialmente era uma capela pertencente à Palmeira das Missões. Ente 1952 a 1955 passou a pertencer à Panambi. Quando não havia missas ou as pessoas não podiam ir até a igreja nos finais de semana, por dificuldades de locomoção, reuniam toda a família e juntos rezavam o terço, como é de costume de muitas famílias católicas até os dias atuais.
Não há relatos de que naquela época havia diretoria nas igrejas, os maiores colaboradores eram chamados de “festeiros”, que eram responsáveis pela organização das festas, que já aconteciam nas igrejas para arrecadar fundos e mantê-las.
Em 1963 a igreja de Condor teve a felicidade de receber os primeiros missionários. Nestes dias ninguém trabalhava, as escolas eram transferidas para as igrejas e as crianças faziam procissões, catavam e rezavam. Muitos faziam procissões noturnas e se confessavam. Aproveitaram também para fazer os casamentos religiosos que eram realizados em grupos, porque era difícil a presença do padre. Quando havia intriga entre as pessoas ou famílias, as pazes eram restabelecidas através do trabalho dos missionários.
Em janeiro de 1967 foi lançada a pedra fundamental para a Igreja Matriz Santa Terezinha, sendo o pároco responsável o Padre Antônio Broecker e o Bispo da Diocese de Santa Maria era Luiz Vitor Sartori. A diretoria era formada por Jesus Guilherme Fripp (presidente), João de Deus Mattos (vice), Fridolino EWbert (Secretário), Jocely Cardoso Kruger (vice), José Antunes (tesoureiro) e Albino Toebe (vice). Os padrinhos e madrinhas da pedra fundamental foram: Abel Saldanha Martins e Plínio Dutra, Cleni Izolina Zackseski e Hilda Vieria Restel.
No mesmo ano iniciou a construção da igreja ao redor da antiga capela, após erguida as paredes e feito o telhado, foi destruída a capelinha, e as missas passaram a ser celebradas no novo templo em fase de conclusão.
A ideia da criação da paróquia começou a ser estudada em 1968. Em 19 de abril de 1974, teve início a construção da casa canônica de Condor. Em agosto do mesmo ano, uma equipe decidiu levar avante a ideia da construção e para viabilizá-la, resolveram fazer pequenos empréstimos e campanhas junto aos membros da igreja. Em 1979 veio à tona novamente a ideia da criação da paróquia, quando foram feitas várias reuniões da diretoria com o Bispo.
Em fevereiro de 1980, Dom Jacó Hilgert criou a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus de Condor, desmembrada da Paróquia São João Batista de Panambi. Na mesma data, nomeou como primeiro vigário o Pároco Monsenhor Paulo Chiaramonte. Aos 24 de fevereiro do mesmo ano, a nova paróquia foi instada e o novo padre foi empossado. Em janeiro de1990, quando Frei Darcisio Paetzhold era pároco da comunidade católica de Condor, sentiu a necessidade de construir uma nova igreja, maior e mais moderna. A partir daí começou-se a fazer campanhas junto às famílias, pedindo doações de soja, dinheiro e outros à toda a comunidade, tendo em frente o Sr. Arlindo Costa Beber e Fridholdo Keller.
Iniciou-se a construção em meados de 1993 e já em outubro de 1994 foi inaugurada a nova igreja. Foi feita uma grande festa, cujo lucro obtido cobriu todas as dívidas restantes da construção, graças ao esforço e mobilização da comunidade. Na época, o presidente da matriz era o Sr. Erico Emilio Lorenz, e o Sr. Arlindo Costa Beber era o presidente da comissão de construção, e o Sr. Fridholdo Keller, vice-presidente. Também fizeram parte da diretoria os senhores: José Pereira de Freitas, Vilson Kruger, Ardinus Petrus Daandels, Rildo Malheiros Jardim, Luiz Foguezatto, Sérgio Becker, Genoíra Costa Beber, João Alberto Machado e Ilmo Zackseski.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Santa Terezinha, Condor
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Paróquia Santa Terezinha do menino Jesus – 1937 à 2007. Polígrafo. 2007.
Histórico da Paróquia São Pedro Apóstolo – Ajuricaba
Resumo:
* Curato a partir de 12 de dezembro de 1914
* Paróquia ereta em 05/03/1916
* Até 1914 era atendida pelos Padres de Ijuí, Santo Ângelo e Catuípe
* Até 23 de maio de 1919 pertenceu a Diocese de Uruguaiana
* A partir de 1921 pertenceu a Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta, desmembrada da Paróquia da Natividade de Ijuí.
Localização:
Endereço: Rua Avenida da Matriz, 672
CEP: 98.750-000 – Ajuricaba/RS
Comunidades urbanas:
Ajuricaba:
São Pedro Apóstolo – Matriz
Nossa Senhora Aparecida – Bairro Modelo
Divino Espírito Santo – Bairro João Carlini
Nova Ramada:
Santo Anjo da Guarda – Barro Preto
Capela São João Batista – Pinhal
Comunidades rurais:
Ajuricaba:
Santo Antônio – Linha 17
Nossa Senhora Aparecida – Linha 26
Nossa Senhora da Paz – Linha 18
Sagrado Coração de Jesus – Linha 24
Santa Terezinha – Linha 15
São Jorge – Linha 29
São José – Linha 23
São Sebastião – Linha 30
Cristo Ressuscitado – Linha 21
Nova Ramada:
Nossa Senhora das Graças – Formigueiro
Nossa Senhora de Fátima – Madeireira
Santa Rita de Cássia – Monte Alvão
Santo Antão – Esquina Umbu
São Roque – Timbozal
Três Mártires – Planchada
Lista de Párocos:
01 – Padre Stanislau Colomboski – 09/12/1912
02 – Padre Alberto Scheurmann – 14/12/21
03 – Padre Armando Teixeira – 16/06/1924
04 – Padre Paschoal Gomes Librelotto – 10/06/1927
05 – Padre Antônio Revening – 20/08/1930
06 – Padre Germano Schöw – 03/08/1931
07 – Padre Frederico Blass – 01/03/1933
08 – Padre Henrique Ofenhitzer – 16/01/1939
09 – Padre Wunibaldo Vizattka – 01/08/1946
10 – Padre João Luiz Ferigollo – 20/01/1947
11 – Padre Jerônimo Wilibaldo Martins – 10/02/1957
12 – Padre Afonso Corrêa – 26/02/1961
13 – Padre Albino Casarin – 20/10/1963
14 – Padre Olindo Cruel – 18/12/1966
15 – Padre Mario Filippi – 18/12/1966
16 – Padre Antonio Marcos Fábris – 30/04/1972
17 – Padre Severino Zanatta – 30/01/1973
18 – Padre Matheus Kuzhimullorem – 02/05/1980
19 – Padre Wunibaldo Antonio Reckziegel – 15/02/1981
20 – Padre Zbignieu João Guibicki – 26/12/1992
21 – Padre Estacinio Rocknieski – 18/12/1996
22 – Cleverson Nelson Portolan – 20/02/1998
23 – Padre Gelson Paulo Bays – 06/01/2006
24 – Padre João Bagolin – 12/02/2011
25 – Padre Eliseu Lucas Alves de Oliveira – 06/04/2013
26 – Padre Gibrail Wallendorff – 28/01/2018
27 – Padre Luiz Carlos Morari de Campos – 12/02/2022
Histórico:
Quando da chegada dos primeiros moradores de Ajuricaba, terceiro distrito de Ijuí, o ponto alto dessas famílias era a religiosidade. Ela se chamava Linha 19, e pertencia à Diocese de Uruguaiana até 1921. Em 23 de maio de 1919 um decreto determinou a mudança de Ijuí para a Diocese de Santa Maria, o que se estendeu até 27 de maio de 1971, quando foi criada a Diocese de Cruz Alta.
No princípio, os moradores utilizavam suas próprias casas para concentrarem os vizinhos a fim de fazerem suas orações, rezar o terço, fazer novenas e promover procissões. Mais tarde, quando as primeiras capelas se estruturaram, os leigos continuaram assumindo boa parte da formação espiritual em suas comunidades com as rezas da época, cultos dominicais, catequeses e demais festas religiosas.
Enquanto as capelas vinham sendo construídas, seus sinos tinham papel fundamental na comunicação. Eles avisavam a chegada do padre, mantinham a comunidade orientada quanto ao horário, pois a maioria não tinha relógio em casa, e também avisava quando alguém da comunidade falecia.
A comunidade foi se estruturando no decorrer dos anos. A fundação do Curato deu-se em 12 de dezembro de 1914, a Paróquia São Pedro (e Paulo) em 3 de março de 1919, a inauguração de uma Agência Postal em Ajuricaba em 1951, luz para Ajuricaba em agosto de 1954, inauguração da rede hidráulica em 1959, emancipação do município em 1965, melhoramentos na área pública e privada e várias mudanças na área socia e econômica.
A Igreja, como instituição, acompanhava as mudanças e auxiliava o povo nas reivindicações e na organização. O Concílio Vaticano II, na década de 1960, possibilitou várias mudanças na Igreja Católica.
As Irmãs de Caridade, Madre Rosa Corbetta (coordenadora) e as irmãs Luiza Dalla Costa, Irene Antonello, Ester Bonotti, Lúcia Fereira de Almeida, Francisca, Batistina, entre outras, foram acolhidas em 20 de setembro de 1972, passando a residir no prédio destinado a moradia das mesmas (atual Centro Pastoral Santa Terezinha), e a administrar a Escola Doméstica. As irmãs, além de auxiliarem nas atividades religiosas e sociais, eram responsáveis pelo ensino religioso em algumas escolas do município, ministravam cursos de datilografia, pintura, corte e costura, culinária, pré-escola e formação de corais infantis.
Em fevereiro de 1977, durante visita do Padre Severino Zanata, foi realizada em todas as comunidades a organização de sete setores: Batismo, Catequese, Liturgia, Matrimônio, Vocações, Juventude e Campanha da Fraternidade, além de escolhido um coordenador em cada setor. Mais tarde, estes setores foram chamados de pastorais, e foram acrescidos de Pastoral da Acolhida, das Missões, do Dízimo, da saúde, dos Ministros, da Animação, do Movimento do Cursilho da Cristandade e do JUCC (Jovens Unidos com Cristo).
A Pastoral da Saúde se reestruturou na matriz de forma ecumênica, em 26 de junho de 2013, e está em pleno funcionamento. Outra organização pastoral que tem feito diferença nas comunidades é as Missões Populares. Durante os dias de missão, além de missas, orações e cânticos, realizavam-se sessões distintas para crianças, moças, rapazes e casais, com pregadores especializados, onde se tratava da religião e até de aspectos psicológicos, sociais e de saúde. Outro ponto alto das missões aconteceu em 2002, com a presença dos Missionários Diocesanos, quando cada capela teve uma semana de visitação às famílias e celebrações comunitárias todas as noites.
Outro setor de destaque são os grupos de jovens, que muito auxiliaram no processo de conscientização social, evangelização e lazer saudável a partir dos anos 70. Atualmente, o JUCC participa de formações do 72 Peregrinos, e Pastoral da Juventude. Por estarem organizados, conseguem se fazer presentes em atividades importantes como a Jornada Mundial da Juventude.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, Ajuricaba
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
ALVES DE OLIVEIRA, PADRE ELISEU LUCAS (organizador). 100 anos da Paróquia São Pedro Apóstolo. Ajuricaba. 2014.
Histórico da Paróquia São João Batista – Panambi
Resumo:
* Em 1943 foi construída a primeira Igreja Matriz
* Paróquia ereta em 03 de fevereiro de 1952
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada das Paróquias de Cruz Alta e Pejuçara
* Em 10 de março de 1975 foi inaugurada a atual Igreja Matriz
* Em 15 de março de 1987 foi inaugurada a casa paroquial
* Em 19 de novembro de 1988 foi inaugurado o Centro Pastoral
Localização:
Endereço: Rua Otto Kepler, 710
CEP: 98.280-000 – Panambi/RS
Comunidades urbana:
São João Batista – Igreja Matriz
São Francisco de Assis – Bairro Alvorada
Santa Clara – Bairro Esperança
Nossa Senhora Aparecida – Bairro Fensterseifer
São Miguel – Bairro Italiana
Santa Luzia – Bairro Pavão
São Jorge – Bairro São Jorge
São Pedro – Bairro Zona Norte
Sagrada Família – Bairro Érica
Nossa Senhora dos Navegantes – Bairro Serrana
Santa Rita – J.Paraguai
Santa Terezinha – Bairro Piratini
São Vicente Palotti – Bairro Arco Íris
Santa Bárbara – Bairro Klaesener I
Menino Jesus – Bairro Fritsch
São Cristóvão – Bairro Wolgien
São José – Bairro Klaesener II
Nossa Senhora de Fátima – Bairro Fátima
Comunidades rurais:
Sagrado Coração de Jesus – Linha Boa Vista
Nossa Sra. da Conceição – L. Encarnação
Nossa Senhora Salete – Linha Belizário
Nossa Sra. de Fátima – Linha Fiúza
São João Batista – Linha Gramado
Santo Antônio – Linha Iriapira
Nossa Sra. da Medianeira – Linha Maranei
São Roque – Linha Serrana
Lista de Párocos:
01 – Padre Francisco Poppe – 03/02/1952 a 30/03/1959
02 – Padre Lourenço Bosse (Vigário Auxiliar) – 30/03/1959 a 07/02/1960
03 – Padre Cândido Lorini (Pároco provisório) – 30/03/1959 a 07/02/1960
04 – Padre Antônio Broecker – 07/02/1960 a 20/04/1969
05 – Frei Udo Fabeck (Vigário Auxiliar) – 20/04/1969 a 28/11/1969
06 – Frei Otávio Schnorrenberger – 20/04/1969 a 14/02/1971
07 – Padre Severino Zanatta (Pároco provisório) – 14/02/1971 a 20/08/1971
08 – Frei Arno Heck (Vigário Auxiliar) – 28/11/1969 a 07/02/1972
09 – Frei Leandro Weschenfelder – 27/02/1972 a 11/09/1972
10 – Frei José Frey (Vigário Auxiliar) – 27/02/1972 a 28/01/1974
11 – Frei Dagoberto Wolswyijk (Vigário Auxiliar) – 30/01/1975 a 30/01/1976
12 – Frei Lotário Neumann (Vigário Auxiliar) – 01/1977 a 01/1978
13 – Frei Leonardo Braun – 22/10/1972 a 13/02/1983
14 – Frei Geremaro Melz (Vigário Auxiliar) – 01/1978 a 01/1980
15 – Frei Ivo Kuhn (Vigário Auxiliar) – 01/1976 a 01/1982
16 – Frei Jorge Hartmann (Vigário Auxiliar) – 02/1982 a 13/02/1983
17 – Frei Orlando Rabuske (Vigário Auxiliar) – 13/02/1983 a 28/02/1984
18 – Frei Nelson Muller – 13/02/1983 a 24/01/1987
19 – Frei José Kehrwald – 24/01/1987 a 31/12/1997
20 – Frei Roque Ruschel (Vigário Auxiliar) – 24/01/1987 a 13/02/1989
21 – Frei Arthur Agostini (Vigário Auxiliar) – 19/03/1989 a 01/01/1993
22 – Frei Antonio Mariani (Vigário Auxiliar) – 30/01/1974 a 30/01/1975 e 27/02/1993 a 31/12/1995
23 – Frei Pedro Kunkel (Vigário Auxiliar) – 01/01/1996 a 31/12/1997
24 – Frei José Valdir Heinen – 28/02/1998 a 04/12/2000
25 – Frei Flávio José Vivian (Vigário Auxiliar) – 28/02/1998 a 08/09/1998
26 – Frei Plínio Maldaner (Vigário Auxiliar) – 08/09/1998 a 27/02/2000
27 – Frei Ludovico Frohlich (Vigário Auxiliar) – 07/03/1999 a 11/06/1999
28 – Padre Luiz Bruno Kolling – 01/01/2001 a 06/01/2002
29 – Padre Rogério Andrade – 06/01/2002 a 30/11/2002
30 – Padre Leôncio Lopes dos Santos (Vigário Geral) 06/01/2002 a 09/01/2005
31 – Maurício Deutner (Vigário Auxiliar) – 04/01/2005 a 31/12/2005
32 – Márcio Fernandes (Vigário Auxiliar) – 08/01/2006 a 31/12/2007
33 – Márcio Laufer (Vigário Auxiliar) – 04/03/2007 a 31/12//2007
34 – Padre Itamar de Matos Fiuza (Vigário Auxiliar) – 02/01/2009 a 31/01/2009
35 – Cristiano Segabinazzi (Vigário Auxiliar) – 16/12/2007 a 31/12/2008
36 – Padre Tiago Adão Megier (Vigário Auxiliar) – 31/01/2010
37 – Padre João Bagolin – 2010
38 – Padre Gelson Bays – 2011 a 2015
39 – Padre Márcio Fernandes – 2013
40 – Padre Ari Braganholo – 07/2011 a 12/2012
41 – Padre sandro Gianluppi – 2015
42 – Padre Douglas Carré – 2016
43 -Padre Darci Serafin Rodrigues – 2017
44 – Padre Estacinio Rucci Rocnieski – 2016 a 2017
46 – Padre Cristiano Segabinazzi – 2018
47 – Padre Marcos Rogério Denardi – 2018 a …
Histórico:
Em 1910, quando Panambi era uma vila e se chamava New Wurtenberg, os moradores deram início a construção de uma Capela a São João Batista, em terreno doado pela Empresa Colonizadora. A capela situava-se na atual Rua Sete de Setembro, esquina Rua Daltro Filho, mas em 1916 foi destruída por um furacão.
Por volta de 1920, foi adquirido da viúva Ketzner um prédio de madeira, em frente a praça, que havia sido uma casa comercial, com intenção de transformá-la em capela. A reforma do prédio foi concluída em 1926, construída torre e instalado o primeiro sino.
Até 1943 a comunidade era atendida por padres de Cruz Alta e Pejuçara. O Padre José Sponlein se deslocava num burrico e numa charrete. A comunidade pertencia à Pejuçara e era subordinada à Diocese de Santa Maria. Neste mesmo ano, veio de Santa Maria o Padre Pedro Luiz Bottari, que iniciou a construção da atual Igreja de São João Batista, na praça central, erguida pelo pedreiro Gotfried Reuch.
A Paróquia São João Batista foi ereta em 3 de fevereiro de 1952, por ato de Dom Antônio Reis, Bispo de Santa Maria, e deu posse ao primeiro pároco, Padre Francisco Rogério Poppe, da Ordem MSC. A devoção a São João Batista, trazida de Portugal pela família de João Luiz Malheiros, encontrava agora a alegria de ver o santo de sua devoção como o padroeiro da paróquia. Padre Francisco, home culto e zeloso, teve que assumir pagamentos de dívidas existentes e provenientes da construção da igreja matriz. Também deu continuidade a construção de diversa capelas no interior.
Em 18 de novembro de 1961, os Capuchinhos Frei Osório, de Flores da Cunha, Eliseu, de Paim Filho, Norberto, de Flores da Cunha, e Renato, de Veranópolis, chegaram em Panambi para desenvolverem um trabalho de evangelização. Acontecia na paróquia as primeiras missões, que despertou a fé da comunidade.
No ano seguinte, foi inaugurado, no dia 13 de maio, o Monumento de Nossa Senhora de Fátima. A imagem tem 1,5 metros de altura, totalizando, com seu pedestal, 10,5 metros. O projeto e fiscalização da obra foi feito por Adil Alves Malheiros, sob a responsabilidade do Sr. Rudolfo Rehn.
Em 6 de novembro de 1965 é inaugurado o Colégio de Nossa Senhora de Fátima, dirigido pelas Irmãs das Escolas Pias (Escolápias).
Em 19 de abril de 1974 teve início a construção da nova Igreja Matriz, junto ao Monumento de Fátima, coordenada, principalmente, pelo vigário Frei Leonardo Braun e pelos presidentes Tarcísio Weschenfelder e Leonço Malheiros Azevedo.
Dois meses depois foi realizado o lançamento da pedra fundamental, feita pelo Bispo Dom Paulo Moretto. A assembleia do dia 10 de agosto de 1974 foi decisiva. Debatia-se se a construção continuaria ou pararia definitivamente. Aproximadamente 120 pessoas compareceram, representando todas as comunidades da paróquia. Ficou decidido que fariam pequenos empréstimos com os sócios da paróquia e continuariam a obra. No dia 1º de março de 1975, voltou a Panambi o Frei Gervásio Muttoni para um trabalho temporário de ajuda à paróquia. A arrecadação de soja entre os membros da igreja, promovida pelo frei, diminuiu as despesas da construção. Em março a construtora terminou a empreitada. A nova igreja estava pronta, só faltando retoques e limpeza, o que foi feito por setores da paróquia. No dia 23 de março de 1975 a nova igreja foi utilizada pela primeira vez. Toda a celebração foi feita na nova construção. Em meados do ano seguinte a Ordem Auxiliadora mandou rebocar as salas internas do templo.
Em 15 de março de 1987 foi inaugurada a casa paroquial, com as dependências da secretaria da paróquia, que desde o primeiro tijolo até a última telha foram colocadas pelo Sr. Severino de Souza Paula. A planta foi doada pelo engenheiro Milton Schmidt-Prym, ficando a responsabilidade pela construção ao engenheiro Hardy Hartmann. Os recursos saíram do caixa da paróquia.
No início de novembro de 1987, com ajuda da Alemanha, promoções de algumas comunidades e contribuição de famílias de São João centro e Fátima, foi concluída a obra, que foi inaugurada em 19 de novembro de 1988 pelo Bispo Diocesano Dom Jacó Hilgert. O chefe dessa obra foi o Sr. Severino de Souza Paula, com a colaboração de Valeriano Almeida.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São João Batista, Panambi
Jornal Diário Serrano, 30 de janeiro de 1983
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
KUNKEL, Padre Frei Pedro & KEHRWALD, Padre Frei José (organizadores). Paróquia São João Batista – Povo sem tradição é povo sem coração. Sarandi: Gráfica Editora A Região. 1997.
Revista do Centenário da Igreja Católica em Panambi – 1910 a 2010. Santa Rosa: Gráfica Kunde. 2010.
Histórico da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Ibirapuitã
Resumo:
* Paróquia ereta em 22 de fevereiro de 1962
* Até 1973 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada da Paróquia de Soledade
Localização:
Endereço: Rua Frei NIcásio Muraro, 85
CEP: 99.320-000 – Ibirapuitã/RS
Comunidade urbana:
Nossa Senhora Aparecida – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Santo Antônio -Encruzilhada Povinho
Nossa Senhora Imaculada Conceição – Faxinal
Nossa Senhora da Conceição – Gramado da Paz
Nossa Senhora da Salete – Granja Bortoncello
Divino Espírito Santo – Linha Graeff
São Paulo Apóstolo – L. Machado
Nossa Senhora de Fátima – Passo do Portão
São João Batista – São João
Nossa Senhora da Saúde – Mato Alto
Santa Catarina – Passo da Lage
São Pedro – Quebra Dente
São Sebastião – Restinga
Santa Terezinha – Santo Vaz
São Judas Tadeu – Caneleira
Santa Rita – Passo das Cuias
São Sebastião – Bom Sossego
Lista de Párocos:
01 – Frei Gaspar Boaretto – 07/02/1962 a 02/01/1963
02 – Frei Artêmio Sopelsa – 06/01/1963 a 02/01/1963
03 – Frei Nicásio Muraro – 14/01/1968 a 12/01/1976
04 – Frei José Danieli – 03/02/1976 a 1981
05 – Frei Tomé Michelin – 22/12/1981
Histórico:
A região de Ibirapuitã era habitada por povos indígenas. A colonização iniciou-se em 1920, quando vieram os primeiros colonos. Deram-lhe o nome de “Bela Vista” e fazia parte do Distrito de Camargo, pertencente a Soledade.
Passou a ser distrito de Soledade em 28 de novembro de 1928. Depois deram o nome de General Flores da Cunha, todavia, quando interventor do Estado do RS, Flores da Cunha ordenou que fosse trocado o nome porque já existia um município com este nome. Foi escolhido o nome atual, Ibirapuitã, para guardar a memória da grande batalha sobre o Rio Ibirapuitã, afluente do Ibicuí, em Alegrete, em 1923 -a mais sangrenta na vida do General Flores da Cunha, onde ele perdeu seu irmão mais novo, Guilherme Flores da Cunha. O nome Ibirapuitã é de origem indígena e significa “Arroio da Madeira Vermelha”.
A paróquia iniciou em 12 de janeiro de 1962, com o Decreto de Instalação feito por Dom Luiz Victor Sartori, Bispo de Santa Maria, e a pose do primeiro pároco aconteceu no dia 25 de janeiro de 1962, e foi o Frei Gaspar de Sanaduva, capuchinho, que também era o Diretor da Rádio Cristal em Soledade, e permaneceu trabalhando no distrito até 2 de janeiro de 1963.
A paróquia foi atendida pelos Freis Capuchinhos de 1962 até 31 de dezembro de 2000, quando o Padre Leoclides Basso foi nomeado Vigário Paroquial, residindo em Iburapuitã e trabalhando com as comunidades, e o Padre Edson, residindo em Mormaço e sendo Pároco de Mormaço, foi nomeado Pároco de Ibirapuitã no ano de 2001. Em janeiro de 2002 retornou para a paróquia Frei Tomé, para o período de um ano, mas acabou ficando três, até 5 de fevereiro de 2005, quando ele se despediu da paróquia.
A Paróquia foi desmembrada da Paróquia de Soledade no ano de 1982, por Decreto do então Bispo da Diocese de Santa Maria, Dom Luiz Victor Sartori, no mês de janeiro de 1962.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Ibirapuitã
Revista A Voz da Diocese, dezembro de 2005
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São José – Pejuçara
Resumo:
* Paróquia ereta em 19 de março de 1934
* Chamava-se Rio Branco
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada das Paróquias de Cruz Alta (Divino) e Ijuí (Natividade)
Localização:
Endereço: Rua Antônio Alves Ramos, 1227
CEP: 98.270-000 – Pejuçara/RS
Comunidade urbana:
Paróquia São José – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Santa Terezinha – Linha Macuglia
São Pedro – Passo do Inglês
Nossa Senhora Aparecida – Passo do Marmeleiro
São João Bosco – Pedreira
São Paulo – Rincão da Lage
Santa Apolônia – Santa Apolônia
São Miguel – São Miguel
São Valentim – São Valentim
Nossa Sra. de Lourdes – Vista Alegre
Santa Lúcia – Santa Lúcia
Santo Antônio – Santo Antônio
São Sebastião – Jacicema
Santo Antônio – Vila Salto
Lista de Párocos:
01 – Padre José Spoenlein SAC – 1934 a 1957
02 – Padre Cândido Lorini – 10/02/1957 a 02/02/1962
03 – Padre Pedro Rubin – 02/02/1962 a 31/03/1974
04 – Padre Euclides Redin – 01/04/1974 a 01/1977
05 – Padre Luiz Vendrusculo – 06/03/1977 a 01/02/1978
06 – Padre Jeronymo Willibaldo Martini – 02/02/1978 a 02/1987
07 – Padre José Jungblut – 21/02/1987
Histórico:
A Paróquia São José de Pejuçara foi criada por Decreto do Bispo Dom Antônio Reis, da Diocese de Santa Maria, em 17 de março de 1934, tendo como pároco, o Padre José Spoeniein, Palotino, que tomou pose no dia 19 de março de 1934.
Na época, Pejuçara era chamada de Colônia Visconde do Rio Branco, e pertencia ao município de Cruz Alta. A nova paróquia ultrapassava os limites do Distrito, abrangendo comunidades de Panambi e Ijuí. Como marco do novo milênio, foi construído na cidade um Capitel com a imagem de Nossa Senhora da Saúde, resgatando assim a devoção dos antigos moradores de Pejuçara. Pois, segundo eles, antigamente, haviam vários capitéis elas estradas do interior e cada um com sua longa história de angústia, anseios, esperanças e agradecimentos por graças alcançadas. Para quem viveu as mais penosas dificuldades, quase sem aceso aos recursos básicos da vida, estes pequenos símbolos perpetuaram seu grito de socorro e seu canto de felicidade pela misericórdia santíssima de Deus.
Tal devoção se deve aos primeiros imigrantes italianos que chegaram em Pejuçara, trazendo consigo um quadro de Nossa Senhora da Saúde, os quais rogavam a ela pedindo proteção e saúde. A partir da construção desse marco histórico, passou-se a realizar, todos os anos, a Festa em Honra a Nossa Senhora da Saúde no dia 21 de novembro. A referida festa é antecedida por um Tríduo com oração do Terço.
Um forte evento encontramos registrado no Livro Tombo, foi a comemoração do centenário de Aparição de Nossa Senhora de Lourdes, em 11 de fevereiro de 1958, dia Santo na Paróquia. Uma pequena imagem de Nossa Senhora de Lourdes, após ser dada a benção, na comunidade na qual é a Padroeira, deu início a uma peregrinação visitando todas as famílias da referida comunidade, e depois seguindo por toda a paróquia. Como encerramento do centenário das aparições da Santa Virgem e como abertura do Jubileu de Prata da fundação da Paróquia, foi inaugurada a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, ao lado da Igreja Matriz, no dia 19 de janeiro de 1959.
Em 1977 inicia a Peregrinação da Nossa Senhora Três Vezes Admirável, visitando todas as famílias, continuando até hoje. A Paróquia também se destaca pela grande festa popular que é a Festa da Uva e do Trigo, a qual é realizada sempre em fins de janeiro e início de fevereiro, para agradecer a Deus pelas colheitas realizadas. Essa festa teve início em 1952, por iniciativa do Padre Vendelino Bender e Padre José Spoenlein, e um grupo de pessoas ligadas a agricultura, comércio e indústria. A continuidade do evento prevaleceu e vem atraindo um número cada vez maior de visitantes a cada ano. Outro forte momento que se destaca na paróquia é a comemoração do Dia do Colono, Motorista e Imigrante, sendo celebrado no final de semana mais próximo, no dia 25 de julho.
A caminhada da Paróquia de Pejuçara, com seus erros e acertos, sempre feita com vontade de crescer na fé com toda sua hospitalidade e a persistência de um povo cristão, atraiu a atenção da Diocese de Cruz Alta, e assim, na visita pastoral em 1978, surgiu a ideia de formar o Seminário Menor de Pejuçara. E assim, em 9 de março de 1980 foi inaugurado o Seminário Menor Divino Mestre.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São José de Pejuçara
Revista A Voz da Diocese, junho de 2006
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Tunas
Resumo:
* Paróquia ereta em 8 de dezembro de 1959
* Desmembrada das Paróquias do Arroio do Tigre, Sobradinho, Soledade e Barros Cassal
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Em outubro de 1977 foi iniciada a construção da nova Igreja matriz
Localização:
Endereço: Rua da Matriz, 01
CEP: 99.330-000 – Tunas/RS
Comunidades urbana:
Nossa Senhora da Conceição – Igreja Matriz
Imaculada Conceição de Maria – Bairro Floresta
Comunidades rurais:
São Francisco – Despraiado
Nossa Senhora Aparecida – Linha Aparecida
São José – Rincão Comprido
São Sebastião
Nossa Senhora de Fátima – Linha Fantoni
Santa Rita – Rincão Comprido
Nossa Sra. das Graças – Rincão do Caixão
Comunidade São Roque – Serro Preto
São Vicente Palotti
Menino Jesus
Santo Antão
Santo Anjo da Guarda
Nossa Senhora de Fátima
Nossa Senhora de Fátima – Oralina
São Miguel – Poço Comprido
Lista de Párocos:
01 – Padre Ettore Jachemet – 1959 a 1962
02 – Padre Mateus de A. Chaves (Vigário Ecônomo) – 1962
03 – Padre Abel de Sananduva – 1962
04 – Padre Gaspar de Sanaduva – 1963
05 – Padre Ludovico Albert – 1963 a 1977
06 – Padre Antônio Marcos Fabris – 1977 a 1981
07 – Frei Ildo Giordani (Vigário Interino) – 1981
08 – Frei Valdeni Fochesatto -1981 a 1982
09 – Padre Antônio Marcos Fabris – 1981 a 1982
10 – Frei Theo Gustavo da Silva Monteiro – 1983
Histórico:
Em 8 de dezembro de 1959, por Decreto do então Bispo de Santa Maria, Dom Antônio Reis, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Tunas, cujo território é desmembrado das paróquias do Arroio do Tigre, de Soledade, Sobradinho e Barros Cassal, passando a ter 14 comunidades. Neste mesmo dia a festa de inauguração da nova paróquia foi também nomeado o primeiro pároco o Padre Ettore Jachmet.
As a história desta nova Paróquia começa bem antes. Já nos anos de 1915 à 1919, um padre de Soledade celebrava em Tunas, na casa de um paroquiano, e assim foi transcorrendo o tempo e a criação de diversa comunidades, normalmente atendidos pelos freis.
Em 1956 uma comissão formada por lideranças da comunidade local pede ao Sr. Bispo a criação da paróquia. Mas somente em 1958 foi dado parecer favorável e um pavilhão começou a ser construído, e mais efetivamente, em janeiro do ano seguinte o vigário de Arroio do Tigre e, futuramente, primeiro pároco, recebe a incumbência da organização imediata da Paróquia de Tunas.
Nos primeiros anos de existência algumas dificuldades foram sendo superadas, como a construção da casa paroquial, melhor atendimento aos paroquianos, dado a falta de instrução religiosa dessa região. Já em maio do primeiro ano, realizou-se uma festa, a qual esta ocorre todos os anos, e foi com o passar dos anos sendo denominada de Festa das Colheitas.
Em outubro de 1977, tendo à frente o Padre Antônio Fabris, deu-se início à construção do novo prédio da Igreja Matriz.
No ano de 1987, foi criado o município de Tunas, em 12 de dezembro, a padroeira do município é a mesma da paróquia. Hoje tem uma população de aproximadamente 4.395 habitantes, pertencendo à região Centro Serra. Sua economia gira, principalmente, em torno do fumo, soja, trigo e pecuária.
A paróquia realiza anualmente a Festa das Colheitas, sempre no primeiro domingo de maio; a Semana da Família, que no encerramento ocorre missa, palestra, almoço de confraternização e, à tarde, apresentações artísticas e culturais. Este evento ocorre em parceria com a Emater e o apoio da Prefeitura Municipal; em 8 de dezembro ocorre a Festa da Paróquia e enceramento da Semana do Município; e desde 2005 a Paróquia realiza o Natal na Praça, nas semanas que antecedem o Natal, com a realização de eventos culturais, shows, e decoração natalina da praça da igreja pelo comércio local.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Tunas
Revista A Voz da Diocese, setembro de 2006
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia São João Batista – Lagoão
Resumo:
* 1983, chegada das Irmãs Capuchinhas
* Se tornou Quase-Paróquia no dia 4 de abril de 1986
* A partir de março de 2002 a “Quase-Paróquia” passou a ser atendida pelos padres da Diocese de Cruz Alta
* Paróquia ereta em 3 de novembro de 2015
Localização:
Endereço: Rua Thomas Costa, 470
CEP: 99.340-000 – Lagoão/RS
Comunidade urbana:
São João Batista – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
Santa Luzia – Pose do Trigo
Nossa sra. de Fátima – Campestre
Santo Antônio – Gioabal
São Roque – Alta da Serra
São Sebastião – Linha Pasa
Santa Terezinha – Realeza
Nossa Sra. Aparecida – Ronda Alta
Nossa Sra. Conceição – Pinhalzinho
Nossa Sra. da Consolação – Caçador
Santa Terezinha – Sta. Terezinha
Nossa Sra. das Graças – Arroio do Sapo
Nossa Sra. Perpétuo Socorro – Alto Socorro
Nossa Sra. de Fátima – Ronda Grande
Nossa Sra. de Lourdes – Serra Geral do Rio Pardo
São Gabriel – Arroio do Sapo Alto
Colégio Andrade
Colégio Camargo
Colégio Coxilha Alegre
Histórico:
No dia 13 de março de 1983 aconteceu a chegada de uma fraternidade para Lagoão, as Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto, na localidade de Vila Costa, hoje sede do município de Lagoão. Por insistências de lideranças da comunidade, de todos os fieis católicos, povo das demais comunidades da região, atenderam aos apelos do então Bispo da Diocese, Dom Jacó Hilgert, coordenando todos os trabalhos pastorais e uma irmã religiosa junto ao hospital, trabalhando na enfermagem.
No dia 5 de abril de 1986 foi criada a “Quase-Paróquia” São João Batista, de Lagoão, Distrito de Soledade/RS, atendida pelos Frei Capuchinhos da Paróquia Nossa Senhora Medianeira, de Barros Cassal, também da Diocese de Cruz Alta, e pela Irmã Zenir Kniphoff CMR, com jurisdição especial da Santa Sé para assistir a casamentos legalmente encaminhados, bem como fazer os Batizados e todo o trabalho pastoral da evangelização de culto.
Todos os meses era realizada a visita às comunidades da Paróquia do Lagoão, pela irmã e pelo Frei capuchinho, celebrando a Eucaristia e atendendo ao povo da paróquia.
De 9 a 11 de maio de 1986 foi realizada a Pré-Missão, coordenada por um Frei Capuchinho, membro da equipe dos Freis Missionários de RS. As Santas Missões se realizaram de 12 de julho a 9 de agosto de 1986, na Quase-Paróquia de Lagoão. Foram momentos fortes de evangelização e organização dos setores, com as lideranças das comunidades. Foi muito boa a participação de todos.
A organização e a caminhada da nova paróquia, sem dúvida que foi uma grande força para a realização do plebiscito em prol da emancipação do Lagoão. Tornou-se município aos 20 de abril de 1988. Tendo os fiéis se organizado, foram criadas novas comunidades no interior da paróquia, como Santa Luzia (Pose do Trigo), Nossa Senhora de Fátima (Ronda Grande) e Nossa Senhora Aparecida (Ronda Alta), devido às grandes distâncias e difícil aceso. Ainda há locais onde as famílias dos fiéis estão reunindo-se para a oração em comum, celebrando o Dia do Senhor em escolas do município.
Em março de 2002 a quase-paróquia passou a ser atendida pelos Padres da Diocese, vindos da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de Tunas, que dista 40KM, para acompanhar e celebrar a Missa nas Comunidades. As viagens da sede ao interior, às comunidades, eram realizadas com o caro da paróquia de Lagoão.
No dia 15 de março de 2003 retorna à Lagoão a Irmã Zenir, após onze anos, se reintegrando à fraternidade das Irmãs, no Lagoão, para colaborar com os trabalhos pastorais.
Em 10 de agosto de 2003, Dom Frederico Heimler, Bispo Diocesano de Cruz Alta, nomeou o Padre Magnus Camargo da Silva, como Administrador Paroquial da Paróquia São João Batista do Lagoão. Na mesma data, também conferiu à Irmã Zenir, a jurisdição para que na ausência do padre, ela pudesse assistir aos casamentos religiosos e celebrar os Batizados, assim como nos trabalhos de coordenação das pastorais e demais serviços de evangelização.
Por um decreto do Bispo Diocesano de Cruz Alta, Dom Adelar Baruffi, foi ereta a Paróquia de Lagoão em 3 de novembro de 2015, para que fosse um incentivo a todos os fiéis continuarem o processo de construção de comunidades de discípulos missionários de Jesus Cristo, em comunhão com a Diocese e suas orientações pastorais e administrativas.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia São João Batista do Lagoão
Revista A Voz da Diocese, julho de 2006
Histórico da Paróquia Nossa Senhora do Rosário – São José do Herval
Resumo:
* Paróquia ereta em 19 de agosto de 1947
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada da Paróquia de Soledade
Localização:
Endereço: Rua Duque de Caxias, 178
CEP: 99.380-000 – São José do Herval/RS
Comunidade urbana:
Nossa Senhora do Rosário – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
São José – Calha Forqueta
Santa Catarina – Pitanga
Nossa Senhora de Lourdes – Galvão
São Jorge – São Jorge
São Roque – São Roque
São João Batista – Jacutinga
Nossa Senhora das Vitórias – Linha Vitória
Nossa Senhora das Graças
São Brás – São Brás
São Paulo – Picada Silveira
Santa Lúcia – Santa Lúcia
São Cristóvão – Picada Zifa
Santa Catarina – Santa Catarina Forqueta
Nossa Senhora Perpétuo Socorro – Colônia Nova
São Francisco – São Francisco
Nossa Senhora dos Navegantes – N. Sra. dos Navegantes
Imaculado Coração de Maria – Chapecó
São Sebastião – São Sebastião
Imaculada Conceição – Três Pinheiros
Nossa Senhora da Salete – Sete de Setembro
Santa Rita
Santo Antônio
Linha Cosmos
São José – Coxilha
Barra Dudulha
Lista de Párocos:
01 – Frei Alfredo e Bento Gonçalves – 08/02/1948 a 1956
02 – Frei Teodósio de Vista Alegre – 18/03/1956 a 1973
03 – Frei Francisco José Polentes – 15/01/1973 a 1978
04 – Frei Ivo Rossetti – 05/02/1978
Histórico:
A Paróquia foi fundada por decreto do Bispo de Santa Maria, Dom Antônio Reis, em 8 de abril de 1948, desmembrada da Paróquia de Soledade. O primeiro Pároco foi o Frei Alfredo Salton de Bento Gonçalves e falecido em 1988.
São 25 comunidades, a maioria pequenas e pobres. Algumas funcionam em escolas desativadas, cedidas pela prefeitura para fins de culto. Outras estão em terrenos não escriturados e nem canonicamente eretas. A maioria está situada em locais de difícil acesso, sobretudo em tempos de chuvas.
A paróquia atende comunidades de até 40 quilômetros, pertencentes ao município de São José do Herval e Fontoura Xavier.
A região é predominantemente católica, mas coexistem outras denominações cristãs ou não, que até quer parecer, estão aumentando. Encontra-se dificuldades em certas pastorais como Catequese, Dízimo e grupos de famílias. Pelo que relata o Livro Tombo, chegaram a ter até 150 grupos a alguns anos atrás.
Entre as devoções principais da comunidade, destacam-se São Roque, Santo Antônio, Nossa Senhora de Lourdes (com 3 grutas naturais) e Nossa Senhora dos Navegantes. Os recursos econômicos da comunidade baseiam-se no cultivo de fumo, milho, feijão, erva-mate, além do trabalho feito no reflorestamento e trabalho com pedras preciosas e para construção.
Na área social acontece o Encontro dos Idosos, Campanha do Agasalho, Natal da Criança, Encontro da Terceira Idade, entre outros. Funcionam na paróquia Ministros da Eucaristia, das Exéquias e atendimento aos doentes.
Os paroquianos, em sua grande maioria, são descendentes de portugueses, italianos, alemães, africanos e indígenas. Talvez devido ao resultado do asfaltamento das comunidades, registram-se muitos assaltos às famílias.
Por fim, uma pequena efemeridade: na paróquia, às margens do Rio Fão, aconteceu em 1932, por ocasião da Revolução, um combate onde faleceram muitas pessoas. O que resta disso é um pequeno cemitério na localidade da comunidade de Nossa Senhora dos Navegantes.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de São José do Herval
Revista A Voz da Diocese, novembro de 2006
Histórico da Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Ijuí
Resumo:
* Paróquia ereta em 27 de fevereiro de 1987
Localização:
Endereço: Rua Vila Santana
CEP: 98.700-000 – Ijuí/RS
Comunidade urbana:
Sagrado Coração de Jesus – Igreja Matriz
Comunidades rurais:
São João Batista – Vila Floresta
Nossa Senhora dos Navegantes – Vila Chorão
Nossa Senhora de Lourdes – Vila Mauá
São Guilherme – Capão Bonito
Nossa Senhora do Bom Conselho – Linha 02 – Norte
Transfiguração Nosso Senhor – Linha 06 Norte
Nossa Senhora da Salete – Linha 06 Leste
Nossa Senhora do Caravágio – Linha 09 – Leste
Nossa Sra. do Rosário – Linha 11 Norte
Nossa Senhora Aparecida – Macieira
São Francisco de Assis – Assis Brasil
São José – Boa Esperança
Histórico:
A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Vila Santana, Ijuí, foi instituída no dia 27 de fevereiro de 1987, por decreto do então Bispo Diocesano Dom Jacó Roberto Hilgert, com a finalidade de atender diversas comunidades que se situam na parte leste e norte do município de Ijuí.
Até o ano de 2004 a paróquia era composta de oito comunidade: Capela Nossa Senhora dos Navegantes de Vila Chorão, Capela Nossa Senhora do Bom Conselho, da Linha 2 Norte, Capela Transfiguração de Nosso Senhor da Linha 6 Norte, Capela São Guilherme de Capão Bonito, Capela Nossa Senhora de Lourdes de Vila Mauá, Capela Nossa Senhora da Salete da Linha 6 Leste, Capela Nossa Senhora do Caravágio, da Linha 9 Leste, e a Matriz do Sagrado Coração de Jesus, na Vila Santana.
No final do ano de 2004, com a reestruturação das paróquias na região de Ijuí, por decreto do Sr. Bispo Dom Frederic Heimler, depois de consulta aos padres e lideranças, foram acrescidas mais cinco comunidades: Capela São João Batista, na Vila Floresta, e São José de Boa Esperança (desmembradas da Paróquia Nossa Senhora da Natividade), e que não mais pertence à paróquia, Capela Nossa Senhora do Rosário, na Linha 11 Norte, Capela Nossa Senhora Aparecida, na Macieira/Nova Ramada (estas desmembradas da Paróquia São Pedro Apóstolo de Ajuricaba), perfazendo hoje, um total de 12 comunidades, sendo a mais distante em torno de 50 Km da sede paroquial.
Até 2006 havia, aproximadamente, 800 famílias distribuídas nas 12 comunidades, sendo que a Matriz se localiza em Vila Santana, distante 5 quilômetros do centro de Ijuí e composto de 200 famílias.
A mesma constitui-se praticamente de famílias que estão ligadas à atividade rural, com raras exceções. A principal fonte de renda do povo é a produção de grãos como soja, milho e trigo, o leite e a diversificação. Como as propriedades são pequenas, destaca-se a produção de hortaliças, frutas, legumes, criação de peixes e produção de mudas de árvores frutíferas e ornamentais.
Pelo lado espiritual, há um bom número de famílias que participam das celebrações eucarísticas nas comunidades, nos grupos de famílias e que recebem a visitação das capelinhas mensalmente em suas casas.
O primeiro padre a exercer as funções de pároco foi o Padre Jerzy Sowa, originário da Polônia, pois em torno de 60% dos paroquianos são descendentes poloneses. A alegria é que da paróquia nasceram dois padres para a Diocese: Leandro da Silva e o Padre Valmor Steurer, sendo que o carinho e o auxílio às vocações nunca foram negados.
A festa do Padroeiro acontece no mês de junho, sendo que a participação é muito expressiva de todas as comunidades, bem como todas as comunidades promovem seus encontros festivos nas datas para recordar e celebrar os seus padroeiros.
Apesar das intempéries do tempo, do preço abusivo dos fertilizantes e preços baixos dos produtos advindos das propriedades o povo mantém-se de cabeça erguida, atuante e consciente de que nada cai pronto do céu.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Ijuí
Revista A Voz da Diocese, setembro de 2006
Histórico da Paróquia Santa Terezinha – Fontoura Xavier
Resumo:
* Paróquia ereta em 29 de fevereiro de 1964
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Até 1915 fazia parte da Paróquia de Soledade
* De 1915 a 1947 fez parte da Paróquia de Maurício Cardoso
* De 1947 a 1964 fez parte da Paróquia de São José do Herval
Localização:
Endereço: Rua 25 de Abril, 58
CEP: 99.370-000 – Fontoura Xavier/RS
Comunidade urbana:
Santa Terezinha – Igreja Matriz
Menino Jesus de Praga – Vila Candinha
Santo Expedito – Vila Tana
Santa Rita de Cássia – Vila Vaz
São Cristóvão – Vila Assis
São Sebastião – Vila César
Comunidades rurais:
São Paulo – Campo Novo
Nossa Senhora Aparecida – Gramado
São João Batista – Gramado
São Miguel – Gramado
São Miguel – Gramado
São Pedro – Gramado
São Roque – Picada Rosa
Santo Antão – Ponte Tigela
Sagrada Família – Fragatinha
Santa Clara – Carrapicho
Santa Catarina – Guavirova
São Brás – Canga Quebrada
Santo Antônio – Pedras Brancas
Nossa Senhora de Fátima – Formigueiro
Nossa Senhora do Carmo – Linha Fátima
Nossa Senhora da Saúde – Formigueiro
São João Batista – Picada Rosa
Nossa Senhora de Fátima – Linha Fátima
Nossa Senhora do Carmo – Linha São Tiago
Nossa Senhora de Lourdes – Coxilha Bonita
Nossa Senhora do Caravágio – Picada Fernandes
Nossa Senhora Conceição – Picada Casa Grande
Nossa Senhora das Graças – Picada Fernandes
Sagrado Coração de Jesus – Picada Rosa
São Domingos – Pessegueiro
São Judas Tadeu – Formigueiro
Santo Antônio – Formigueiro
São Jerônimo – Monte Claro
Colégio José Tavares – Fragatinha
Lista de Párocos:
1º Vigário Ecônomo: Frei Teodósio de Vista Alegre – 02/02/1964
1º Vigário Cooperador: Frei André de Guaporé – 23/02/1964 a 28/02/1965
01 – Frei André de Guaporé – 28/02/1965 a 27/01/1967
2º Vigário Ecônomo – Frei Timóteo Persici – 15/04/1966
02 – Frei Anastácio de Alfredo Chaves de Veranópolis – 27/01/1967 a 08/09/1970
03 – Frei Marcos Fachinelli – 08/09/1970 a 02/02/1986
04 – Frei Gregório Dezen – 02/02/1986 a 11/01/1987
05 – Frei Agenor Bortolon – 11/01/1987 a 07/02/1988
06 – Frei Reinaldo Bernardi – 07/02/1988 a 27/01/1991
07 – Frei Ildo Giordani – 27/01/1991 a 15/03/1997
08 – Frei Leonel Santin – 15/03/1997 a 10/02/2002
09 – Frei Lauvir José Secco – 10/02/2002 a 08/02/2009
10 – Frei Antonio Pilatti – 08/02/2009 a 16/01/2022
11 – Frei Rafael de Lima – 16/01/2022 a …
Vigário: Frei Antônio Pilatti
Histórico:
Por volta do ano de 1933, na Vila Getúlio Vargas, depois Guamirim, não havia nenhuma capela, então os habitantes desta terá sentiram a necessidade de um lugar para louvar a Deus, fazer suas orações, demonstrar a sua fé. Era preciso construir uma capela.
As lideranças se reuniram em nome de Aristóteles Borges Gonçalves, Dionísio Joaquim de Oliveira, Osório Vaz Pinheiro, Joaquim Borges, entre outros, que fizeram reuniões, debateram o assunto, realizaram festas para arrecadar fundos. Conquistado os objetivos, compraram a imagem de Santa Terezinha e construíram uma capela.
Nesta época, no período de 1915 a 1947, a capela fez parte da Paróquia de Maurício Cardoso, passando logo depois a fazer parte da Paróquia de São José do Herval no período de 1947 a 1964.
Durante esse período o Frei Teodósio de Vista Alegre foi chamado para atuar como primeiro Vigário Ecônomo e o Frei André de Guaporé como o primeiro Vigário Cooperador.
No decorrer destes anos a fé do povo aumentou muito. A devoção a Santa Terezinha atraía toda a população para a Capela, rezava-se o terço, a via sacra, fazia-se procissões com a imagem da Santa, e também naquela época haviam as chamadas bandeiras do Divino Espírito Santo, tambores e louvores ao Espírito Santo.
Essas bandeiras corriam de mão em mão pelas famílias da comunidade, que rezavam, e depois partiam levar a bandeira à casa da família seguinte. Esta primeira capela foi ficando pequena, o número de fiéis vinha crescendo, e fez-se necessário construir uma maior. Novamente as campanhas para arrecadar doações foram feitas, e as lideranças construíram outra capela muito maior. Depois, com muito esforço e dedicação, foi construída a Casa Paroquial, sempre visando o grande sonho, que era transformar a capela em Paróquia Santa Terezinha.
As lideranças locais foram até Santa Maria solicitar ao Sr. Bispo a criação da paróquia, pois eles queriam que um pároco morasse definitivamente na casa paroquial, para atende a população que crescia e desejava a orientação religiosa de um Frei. Os anos passaram e o sonho tornou-se realidade. Em 29 de janeiro de 1964 o Bispo Diocesano Dom Victor Sartori criou a Paróquia Santa Terezinha de Fontoura Xavier. O município viria a se emancipar poucos anos depois, em 9 de julho de 1969.
Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria, e em 1973, com a criação da Diocese de Cruz Alta, passou a integrar a referida diocese. A Paróquia limita-se ao Sul com Gramado São Pedro, Três Pinheiros, Barra do Dudulha e São José do Herval. A Leste, partindo da barra Rio Neff até a barra do Rio Forqueta. Ao Norte, barra do Rio Guabiroba, seguindo até a cabeceira do Rio Simão e Rio Fão. A Leste, barra do Rio Fão até a barra do Galvão.
Em toda a paróquia existem 34 capelas e todas são visitadas mensalmente pelo pároco, Frei Lauvir José Secco, que atende a Paróquia de Fontoura Xavier desde fevereiro de 2002.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Santa Terezinha de Fontoura Xavier
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987
Histórico da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes – Salto do Jacuí
Resumo:
* Paróquia ereta em 20 de outubro de 1968
* Até 1972 pertenceu à Diocese de Santa Maria
* A partir de 1973 passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta
* Desmembrada das Paróquias de Campos Borges, Arroio do Tigre, Tunas e Nossa senhora de Fátima
Localização:
Endereço: Rua Pio XII, 1875
CEP: 99.440-000 – Salto do Jacuí/RS
Comunidades urbana:
Nossa Sra. dos Navegantes – Igreja Matriz
Santa Rita de Cássia – B. Harmonia
Imaculada Conceição – Rua das Lagoas
Nossa Sra. do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora Aparecida – Cohab
Cap. Bom Jesus – CEEE
Comunidades rurais:
Santo Antônio – Passo Real
Nossa Senhora Aparecida – Ivaí
São Luiz – São Luiz
São José – Julho Borges
Nossa Senhora Aparecida – Tabajara
São Francisco – Estrela Velha
Santo Expedito – Oriental
Madre Paulina – Capão Grande
Rainha dos Apóstolos – Capão Bonito
São Roque – Rincão do Espinilho
Nossa Sra. Medianeira – Linha Dalcin
Nossa Sra. dos Navegantes -L. Somavilla
São Sebastião – Rincão da Estrela
Nossa Sra. da Salete – Col. Juvenília
Santa Terezinha – L. Sta. Terezinha
Nossa Sra. das Graças – Vidal Brasil
São João Batista -Itaúba Velha
Nossa Sra. Aparecida – L. Vassouras
Lista de Párocos:
01 – Padre Albino Casarin – 21/10/1968 a 04/01/1969
02 – Padre Guido Paulo Ghesti – 05/01/1969 a 31/12/1978
03 – Dom Jacó Hilgert – 01/01/1919 a 19/02/1979
04 – Frei Teófilo Antoniazzi – 19/02/1979 a 31/12/1080
05 – Dom Jacó Hilgert – 31/12/1980 a 01/03/1981
06 – Padre Severino Zanatta – 01/03/1981 a 31/07/1981
07 – Padre Sílvio Germano Rochembach – 16/08/1981 a 02/04/1982
08 – Padre Vitélio Trevisan – 02/04/1982 a 26/02/1984
09 – Padre Valentim Zamberlan (Vigário Paroquial) – 03/1983 a 04/03/1989
10 – Padre Genésio Bonfada – 22/02/1984 a 1987
11 – Padre Vergílio Costa Beber – 1988 a 1990
12 – Aldoir José Ceolin – 1990 a 1996
13 – Roque Klafke – 1991 a 1995
14 – Padre Ernesto Pradebon – 1995 a 1998
15 – Padre Moacir José Piovezan – 1996 a 2001 e 2011
16 – Padre Vitório Mario Mazutti – 1997 a 1998
17 – Padre José Luis Tomio – 1997 a 2001
18 – Padre Laurindo Zeni – 1991 a 1992 e 2001 a 2011
19 – Padre Bonfilho Stefanello – 2004 a 2007
20 – Padre Paulo Höring Filho – 2013 a 2014
21 – Padre Nereu Borin – 2002 a 2003 e 2008 a 2013
22 – Padre Laercio Rodrigues dos Santos – 2015 a 2017
23 – Padre Augusto Martins de Barros – 2017
24 – Padre Genuir Marmentini – 2018
25 – Elvin Glaico Limberger – 2019
26 – Padre Jocemar Malinoski – 2018 a 2020
27 – Padre Albino Puntel – 2020
28 – Padre Luiz Carlos da Costa Leite de 2020 a …
Histórico:
Por volta de 1877, oito famílias açorianas, vindas de localidades vizinhas, fixaram suas moradas no atual município de Salto do Jacuí, que então chamava-se “Rincão do Jacuí”, depois “Pontão do Potreirinho”. As famílias açorianas carregam uma grande tradição de devoção ao catolicismo. As celebrações na pequena comunidade eram esporádicas, quando da presença de um padre, e as celebrações eram a reza do terço, rezadas em latim. Os espaços eram precários para a catequese não havia serviços de administração na capela. A capela era atendida pelos padres de Soledade e, a partir de 1959, pela Paróquia de Campos Borges.
A partir da década de 1950, em referência a uma queda d’água do Rio Jacuí, a vila passou a ser chamado de “Salto Grande”, “Salto Grande do Jacuí” e “Salto do Jacuí”. E com o início das obras de construção do túnel que liga a barragem com a casa de máquinas, ocorreu um processo de aceleramento da população do local, que vinha trabalhar na usina.
Foi então que em 20 de outubro de 1968, através do decreto de Dom Luiz Victor Sartori, Bispo Diocesano de Santa Maria, foi fundada a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, de Santo do Jacuí, a fim de atender às necessidades espirituais dos moradores dos distritos de Salto do Jacuí e Jacuizinho, do município de Espumoso, pertencentes e agora desmembrados em grande parte da Paróquia de São Sebastião de Campos Borges, e em parte menor da Paróquia da Sagrada Família de Arroio do Tigre, obedecendo os seguintes limites:
Ao Norte, com as Paróquias de Campos Borges e Fortaleza dos Valos, pelos mesmos limites do atual Salto do Jacuí; a Oeste, com a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, de Cruz Alta, pelo Rio Jacuí; ao Sul, com a Paróquia da Sagrada Família de Arroio do Tigre, pelo Rio Jacuí abaixo até a foz do arroio e também da divisa, subindo por este até suas cabeceiras, deste ponto em linha reta até as cabeceiras do arroio Espinilho, descendo por este até sua foz no Rio Jacuizinho; a Leste, subindo o Rio Jacuizinho, até a foz do arroio Lagoão, continuando pelos atuais limites da Paróquia de Tunas e a Paróquia de Campos Borges, retornando os atuais limites do Jacuizinho até os limites com o distrito de Salto Ponto de Partida.
Permaneceu encarregado pela direção da paróquia o Padre Albino Casarin, até princípios de 1969, quando da nomeação do novo e definitivo pároco da nova paróquia, o que ocorreu no dia 5 de janeiro, com a vinda do Padre Guido Ghesti como o primeiro pároco da paróquia.
Na década seguinte, a partir de 1973, a Paróquia passou a pertencer à Diocese de Cruz Alta. O atual pároco é o Padre Luis Carlos da Costa Leite.
Fonte:
Guia Diocesano, 2020
Arquivo Diocesano – Retrato da comunidade paroquial da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes de Salto do Jacuí
Diocese de Cruz Alta. Dados sobre as Paróquias, 1987