Diocese de Cruz Alta

Pastoral do Dízimo

Pastoral do Dízimo

Coordenador: Pe. Flávio Antônio Rohr
E-mail: farrohr@gmail.com

DÍZIMO: UMA RESPOSTA DE AMOR

“Deus ama a quem dá com alegria” (2Cor 9,7).

O que é o dízimo? – O dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da igreja.

Quais são as características do dízimo?

Estar intimamente relacionado com a experiência de Deus e com o amor fraterno;

Ser um compromisso moral dos fiéis com a igreja;

Ser fixado de acordo com a consciência retamente formada;

Ser sistemático e periódico.

DÍZIMO e OFERTA são a mesma coisa? – Não. Dízimo e Oferta são duas coisas bem diferentes. Vamos ver qual é a diferença:

O dízimo é a contribuição com a qual manifestamos a nossa gratidão a Deus. É o valor que colocamos em nome Dele, e que assim passa a ser dele. Não podemos usá-lo para fazer outras coisas, nem mesmo coisas boas.

A oferta que colocamos diante do altar é a contribuição que damos para os mais necessitados, usando o nosso dinheiro. Podemos fazer isso na rua e em qualquer lugar ajudando os pobres, mas se o fazemos na igreja, é porque queremos mostrar a nossa bondade a Deus.

Por que devemos ser dizimistas? – Porque pela fé reconhecemos que Deus é o Senhor de tudo o que existe, e é Ele quem nos presenteia com todas as graças e bênçãos, e por isso, o mínimo que devemos fazer é manifestar o nosso reconhecimento e gratidão, com um significativo dízimo.

Quem deve ser dizimista? – Há uma tradição entre nós do dízimo por família, o que é muito bom. Mas também é possível e aconselhado o dízimo individual, e até mesmo o dízimo mirim, para as crianças.

Que quantia é o dízimo? – A escolha da quantia destinada ao dízimo é uma decisão de consciência. O termo “dízimo” significa a décima parte, ou seja 10%, o que foi assumido pela legislação do Antigo Testamento da Bíblia. Mas Igreja não estabelece como lei nenhum percentual predefinido. “Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria”, diz São Paulo (2Cor 9,7).

Quando devemos contribuir com o dízimo? – A contribuição do dízimo é sistemática, isso significa que deve ser assumida de forma permanente, frequente e periódica, preferentemente mensal, ou ligada às colheitas, ou a venda de produtos, ou ocasião em que se recebe o salário ou outros tipos de ganhos.

Onde deve ser feita esta contribuição? – Diz a Bíblia que levareis, para o lugar que o Senhor vosso Deus tiver escolhido para nele fazer morar o seu nome, ali levareis os vossos dízimos (Cf. Dt 12,11). Portanto, é na igreja onde costumeiramente vamos louvar o nome do Senhor que devemos levar a nossa contribuição. Não em outro lugar (Cf. Dt 12,14). Esse é o melhor lugar de levar o dízimo.

Onde vai o dinheiro do dízimo? – O dízimo é a nossa contribuição de reconhecimento e gratidão a Deus. Mas Ele não precisa e não usa este dinheiro. Por isso a igreja administra-o em quatro dimensões: religiosa para sustentar o culto e a evangelização; eclesial para a manutenção dos bens da igreja; missionária ajudando na evangelização de todos; e caritativa para o auxílio aos necessitados.

Como as comunidades devem se organizar? – Cada paróquia e comunidade deve se organizar para que alguém esteja disponível para receber o dízimo dos fiéis. Definir a forma, preferencialmente com carnê, para cada dizimista, onde se possa destacar um recibo.

Que linguagem devemos usar? – Contribuir é o termo mais adequado, e devemos abolir expressões como “Pagar”, “Ofertar”, “Doar”, “Devolver”, “Consagrar”, “Entregar”, “Recolher” e “Arrecadar”. “Partilhar” é outro termo apropriado, e também pode ser usado.

Na prática: como devemos fazer? – Os fiéis, ainda em casa, podem preencher com o nome, valor, período, etc… para levá-lo, entregando-o na comunidade, onde aquele que recebe o valor, assina e destaca o recibo, devolvendo o carnê. Simples.

O que recebemos em troca? – Deus nos dá tudo de graça, não cobra nada, e por isso as bênçãos de Deus já se chamam: “graça”. A nossa gratidão também deve ser de graça, sem cobrar nada de Deus. Fazer a experiência, sempre com muita alegria e generosidade, e prestar atenção aos resultados.

Como seria o IDEAL? – Seria ideal que cada cristão fiel levasse, uma vez por mês, o seu dízimo até a comunidade, colocando-o diante de Deus como uma verdadeira e profunda experiência de fé, reconhecimento e gratidão, entregando-o com alegria aos responsáveis.

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